Capítulo 6

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10h47a.m, 28 de junho de 2025.

No banco traseiro acomodei os garotos, ainda desacordados, e nesse momento dei graças a Deus pela caminhonete ser de cabine dupla.

Em seguida dei a volta no carro e sentei no banco do motorista, mas antes que pudesse dar a partida, ouvi meu celular tocar de dentro do porta- luvas.

Quando olhei no visor do aparelho a ligação já havia caído, mas no lugar dela apareceu uma mensagem de 15 chamadas perdidas. Ligações que eram do meu amigo e advogado Craig Harrison.

Retornei a chamada imediatamente. Depois de 15 chamadas perdidas, Craig já havia me deixado preocupado.

— Olá, Scott? — disse ele assim que atendeu o telefone.

— Fala cara. — respondi. — O que aconteceu?

— Eu é que te pergunto cara! Acabei de chegar aqui no meu escritório, e quando parei para ouvir as chamadas da secretária eletrônica, uma delas informou que você sofreu um acidente.

— Sim Craig, mas isso já faz quatro dias. E estou bem agora! — respondi tentando não parecer preocupado com a situação dos meninos. — E você? Por onde estava?

— Fui a Washington a trabalho, e participei de algumas audiências importantes! Gostaria até de me encontrar com você para conversarmos um pouco.

— Tudo bem cara. Me liga mais tarde.

— Ok Scott, até mais.

— Se cuida. — desliguei o celular e logo em seguida dirigi o mais rápido que pude para o hospital, mas para minha surpresa o edifício estava mais cheio do que de costume.

Com um pouco de sorte, assim que entrei encontrei o doutor Clark próximo à recepção. Aquele mesmo alemão que havia cuidado de mim há alguns dias atrás.

— Doutor Clark, por favor, eu preciso de sua ajuda. — disse parando o doutor em meio ao corredor.

— Sim, claro senhor McConnell. — disse ele. — Mas o senhor só deveria voltar aqui daqui a três dias.

— Não sou eu, doutor. Tenho dois jovens dentro do meu carro, estão desacordados e feridos.

— Ok, mantenha a calma que já vou providenciar um quarto para eles. — após isso, o doutor acenou para dois enfermeiros que logo foram comigo até à caminhonete.

                                                                         ***

11h28a.m, 28 de junho de 2025.

Quarenta minutos depois, os rapazes já estavam de repouso em um quarto hospitalar. O doutor Clark A. Maxwell havia dito que iria providenciar alguns exames para saber se não havia nenhum ferimento grave nos meninos que escapassem ao olho nú.

Mesmo com tudo já encaminhando, ainda me incomodava a questão do hospital estar tão cheio, e se isso tinha alguma coisa a ver com o surto de raiva que as pessoas estavam tendo.

Havia pessoas entrando e saindo do hospital, algumas se mostravam muito estressadas e outras entravam com ferimentos de possíveis agressões.

— Pai? — chamou Steve acordando aos poucos.

— Oi filho, estou aqui! — disse, me aproximando e segurando sua mão.

— Pai, o que aconteceu com o Matt?

NANO-MORTAIS - A TECNOLOGIA DO INFERNOWhere stories live. Discover now