Capítulo 5

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09h32a.m, 28 de junho de 2025.

Foi estranha a surpresa que tive ao ver minha ex-esposa Colúmbia ali na minha casa. Ela estava mais diferente do que de costume, sua pele estava mais brilhante, seus seios bem maiores e seus lábios mais carnudos.

— Colúmbia, o que faz aqui? — perguntei atônito.

— Cuidando do seu filho, enquanto você estava vagabundeando pelo sítio do seu pai!

— E onde está Teresa?

— Eu a mandei para casa. Disse que poderia tirar o dia de folga!

— Mas ela só vem aqui três dias por semana. Você não podia tê-la mandado para casa. — discordei de sua decisão.

— Scott, essa mansão foi feita para ter só uma mulher de cada vez. Eu nunca quis Teresa aqui e você sabe disso.

— Você está diferente. — comentei ainda incomodado com a sua aparência. — O que foi que fez?

— Ah, você notou? — Colúmbia fez um cachinho no cabelo com o dedo, parecendo ter voltado a ser uma adolescente fútil. — Um milagre da Medicina, meu amor!

— Você fez cirurgia plástica?

— Melhor do que isso, baby. Eu fiz cirurgia com a Nanotecnologia!

— Pensei que isso fosse somente para pessoas voluntárias que precisassem de um milagre.

— Hahahahaha... — deixou escapar sua risada ironicamente. — Para voluntários, e para quem pagar bem, né? Ou você pensou que esse pessoal de Harvard iria ficar por aí fazendo cirurgia por caridade?

Ignorei seu último comentário, pensando somente na pessoa que essa tal cirurgia nano tinha criado.

Colúmbia estava diferente, mas não apenas no corpo melhorado, como também na ironia, na arrogância e na luxúria. Ela já parecia outra pessoa, com todas as suas partes chatas afloradas.

Decidi ignorar o ambiente estranho na minha porta de entrada e agi normalmente.

— Onde está o Steve? — perguntei, entrando na mansão.

— Steve está se divertindo na piscina!

— Tudo bem, eu vou para o meu quarto deixar minhas coisas e depois vou vê-lo.

Subi as escadas para o segundo andar e entrei na segunda porta à esquerda. No meu quarto, joguei minhas bagagens sobre a cama e fui ao banheiro. Após lavar meu rosto, ouvi o som de um esparramar de água e certo alvoroço vindo do lado de fora da casa.

Enxuguei o rosto com uma toalha, e rapidamente me dirigi até à janela, que dava para os fundos.

— Quarto, liberar bloqueio de janelas. — disse ao comando de voz da casa.

Logo em seguida o que era simplesmente uma paisagem montanhosa, se tornou a parte de trás da mansão, com piscina, mesas e cadeiras.

Pela janela, avistei meu filho Steve e seu amigo Matt, os dois dando saltos e mergulhos na piscina. De início pensei ter sido apenas fruto da minha imaginação, mas havia algo de muito diferente no pequeno Matt.

O menino que se movimentava com dificuldades em equilibrar-se sobre uma prótese, agora corria de uma ponta à outra da piscina antes de mergulhar. Era certo que o garoto sempre pareceu ser um peixe na água, mas aquela não era a perna esquerda que o colocava em pé.

NANO-MORTAIS - A TECNOLOGIA DO INFERNOWhere stories live. Discover now