09h49p.m, 30 de junho de 2025.
O barulho de um pequeno objeto vibrando de forma intermitente diante de minha cabeça foi o que começou a me despertar da inconsciência. A escuridão confundia a minha mente, mas a pouca lucidez me permitiu entender que já era noite. E isso me fez perder qualquer noção de quanto tempo eu estive desacordado.
Então notei estar sozinho no quarto do hospital, e dessa vez, quem passou por aqui fez questão de deixar o lugar totalmente revirado, como se procurasse por algo.
Apesar do quarto estar um caos, o hospital estava mergulhado em um absoluto silêncio, no qual somente as sirenes dos carros de polícia eram audíveis. Pelas ruas e becos da cidade havia pessoas em perigo.
"Aí... Minha cabeça." — pensei, levando a mão à testa.
Depois de ter levado algum tempo para me levantar e me recuperar do que havia acontecido, notei que fui despertado pelo meu celular vibrando entre meus pés. Agarrei-o em tempo de perder a ligação. O visor mostrava que já tinha 132 chamadas perdidas.
— Ah meu Deus. — sussurrei assustado. — Eu não acredito nisso.
Já eram 09:53pm, do dia 30 de junho de 2025. E eu havia desmaiado por dois dias consecutivos, e não fazia ideia do que tinha acontecido pelo mundo.
A primeira coisa que me veio à cabeça foi a preocupação com a segurança de Steve e papai. Considerando o que Natásha me dissera e o estado atual do quarto onde estava agora, rezava para que estivessem bem.
Rapidamente procurei o número de Joseph na agenda e disquei para chamada de voz, torcendo para que atendesse o telefone e me desse boas notícias referentes à sua segurança e à de Steve. Seguiram-se várias chamadas sem resposta, o que só contribuiu para o meu desespero.
Quando o celular novamente começou a vibrar na minha mão. Fiquei feliz pelo nome que estava na tela ser conhecido. Craig estava me ligando.
— Alô. — apressei-me em atender.
— Alô, quem está falando? — era mesmo Craig do outro lado da linha, mas dessa vez ele estava assustado.
— Ora Craig, sou eu, Scott!
— Tá Ok. Para minha segurança eu preciso que prove que é você, que está bem e não infectado.
— Como assim? — confesso que a preocupação dele me assustou. O que tinha acontecido com ele, que o fez esquecer até de minha voz?
— O que conversamos na última vez que nos falamos? — perguntou.
— Você me disse que tinha ido para Washington, e que lá teve que participar de várias audiências importantes para sua carreira!
— Jesus... Então é mesmo você. — desabafou, aliviado.
Deu para ouvir o forte suspiro que Craig deu do outro lado da linha, parecendo que um peso havia saído de suas costas e dado lugar à tranquilidade de estar falando com um amigo.
— Scott, por onde você esteve? — antecipou-se em perguntar.
— Alguém me acertou na cabeça, quando vim atrás de Steve aqui no hospital. E parece que fiquei desacordado por quase três dias!
— Scott, eu procurei você por toda parte. — continuou ele. — Já estava quase perdendo as esperanças de que...
— De que... O quê Craig? — insisti que continuasse.
— Você encontrou o Steve?
Sua mudança repentina de assunto me deixou extremamente preocupado, fazendo com que toda aquela calma e paciência que eu tentava manter fosse para o espaço.
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NANO-MORTAIS - A TECNOLOGIA DO INFERNO
Teen FictionEstamos em 2025. No auge da "Era Tecnológica", um renomado médico-cientista chamado Nikolai Engerhoff, foi aperfeiçoou a milagrosa Nanotecnologia capaz de curar qualquer doença já diagnosticada. Ao menos, esse era o plano inicial. Após os primeiros...