gangs | jack g

| 14 - don't mess with her feelings |

      A M Y

Acordei com o corpo doendo, como se tivesse sido pisoteada por alguns elefantes. Olhei para o teto do quarto e senti tudo girar. Eu estava péssima.

— Amy? — escutei gritarem meu nome, tudo pareceu ecoar.

— Já vou, Dorota. — afirmei em uma tentativa falha de sentar na cama.

— Não me reconhece? — a voz havia ficado mais próxima e então eu percebi quem era. Claudia, minha mãe.

— Mãe. — sorri fraco, eu sentia muito a falta dela.

A mesma veio para mais perto, me abraçando forte, e eu retribui.

— Querida, você está quente! Deve ser febre... — fez careta. — Vou buscar o termômetro.

Eu assenti e assim ela foi. Minutos depois, voltou com a caixa de medicamentos.

— Como foi de viagem? Cadê meu pai? — perguntei enquanto Claudia posicionava o aparelho na minha boca. — Isso é horrível. — resmunguei.

— Não se mexe para não interferir no resultado. — mandou e eu revirei os olhos. — Ahm, a viagem foi boa. Seu pai está trabalhando. — falou levemente tensa, eu não entendi o motivo.

— Já? — disse cabisbaixa.

— Você sabe como as coisas são. — afirmou no mesmo tom que eu, enquanto tirava o termômetro, vendo a temperatura. — Trinta e oito. Sem aula para Amy hoje.

Dei de ombros. No fundo eu até estava gostando da história de ter um dia de folga. Pois, o acontecimento de Jack com Emma não saia de minha cabeça, esse tempo seria bom para esquecer disso.

J A C K G

Levantei em um pulo, assustado com o horário. Eu estava atrasado. Olhei para a cama, e puta merda.

— NASH! CADÊ A MERDA DAS MINHAS COISAS? — é, eu estava como vim ao mundo.

— EU SEI LÁ! A EMMA FOI EMBORA DE MADRUGADA. — ele gritou de volta.

— O QUE ACONTECEU AQUI? — eu comecei a ficar preocupado, enquanto corria para um quarto aleatório, pegando roupas aleatórias para usar.

— VOCÊ SABE MUITO BEM. — ele já estava ficando sem paciência, e eu também.

Vestia uma cueca qualquer, quando a porta do banheiro fez um barulho, revelando Hayes.

— AI QUE NOJO. — o Grier mais novo fez careta.

— Até parece que você não tem. — resmunguei colocando uma calça jeans.

— Porque você tá colocando as MINHAS roupas? — deu ênfase e eu bufei.

— Porque eu não sei como vim parar aqui, e nem onde estão minhas coisas. — dei de ombros.

— Bem que eu escutei uns gemidos ontem. — sorriu malicioso e eu bati de leve na cabeça dele.

— Eu tô rindo mas é de nervoso. — comecei a falar enquanto descia as escadas. — Sou novo demais para ser pai. — afirmei indo a cozinha, vendo uma maçã e mordendo a mesma.

— Acho que não aconteceu nada demais. A Emma saiu com uma cara de bunda. — Nash se intrometeu e eu respirei aliviado. Acabei me lembrando que havia expulsado-a quando as coisas ficaram "quentes".

Arremessei a maçã para o lixo e corri para a porta.

— Não tá cedo para ir para a escola? — Hayes perguntou.

— Tenho que falar com a Amy. — eu disse e eles riram. — Qual a graça? — cruzei os braços.

— Ela não vai querer falar com você.

— Vou falar sobre as aulas particulares... e porque ela não falaria comigo? — questionei.

— Porque você deixou ela na festa e foi pegar a Emma?! — falou como se fosse óbvio.

Eu fiquei pensativo por um tempo, mas logo tornei a dizer:

— Ah... tchau! — e assim eu sai de lá.

Rapidamente cheguei na escola, os corredores estavam praticamente vazios. Mas eu sabia que Amy e suas amigas chegavam cedo. Então fui até o auditório, vendo somente três meninas.

— Cadê a Amy? — perguntei ríspido.

— Ué. Agora você quer saber dela? — Felicity se levantou, cruzando seus braços.

— Você não respondeu minha pergunta. — fiz o mesmo que ela, as outras garotas somente observavam.

— Ela não vai vir hoje. — afirmou.

— Porque? — falei em um tom mais calmo.

— Não te devo explicações. — a menina virou mas eu puxei o braço da mesma. — Me larga. — praticamente rosnou.

— Eu me preocupo com ela. — falei e Felicity riu sem humor.

— Preocupa? Não se faz de idiota, você sabe muito bem que a Amy está a fim de ti e teve a cara de pau de pegar a Emma e agora tá aqui falando que se preocupa? — jogou tudo na minha cara e eu dei de ombros.

— Eu não tenho culpa se ela se apaixonou. —falei alto sem prestar atenção.

— Você é um babaca. — ela falou incrédula, foi aí que me toquei do que havia dito.

— Não foi isso que eu queria falar. — tentei me arrumar.

— Tá. Mas se você não gosta da Amy, chega para ela e diz. Não fica brincando com os sentimentos dela. — explicou e eu fiquei pensativo.

— Quando ver ela, manda vir falar comigo? — pedi.

— Não. Você vai atrás dela. — disse e sorriu falsa, se virando para falar com as amigas, enquanto eu saia pensando todas as merdas que tinham acontecido só para um final de semana.

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          Felicity vai jogar bem na sua cara.

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