| 7 - taking care |

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A M Y

Ao chegar em frente à casa de Gilinsky, estacionei rapidamente. Em seguida peguei a chave, que estava ao lado do painel do carro.

— Jack? — tentei acorda-lo novamente, com algumas batidinhas no rosto.

Ele abriu seus olhos lentamente, me fazendo soltar um ar que eu nem sabia que estava preso.

— Amy? — perguntou confuso, passando as mãos pelo rosto, em seguida fazendo uma careta de dor.

— Você tá bem? — eu disse preocupada.

— Nossa, tô ótimo. — falou cínico. — Merda, o que aconteceu? — Jack disse, ao perceber que eu estava ao seu lado esquerdo.

— Tu bateu o carro, certo? Então, os policiais chegaram lá e eu tive que dirigir. Já pode me agradecer. — expliquei, me gabando no final. Ele revirou os olhos.

— Agradecer? Você podia ter fudido meu carro todo. — o garoto disse arrogante e eu respirei fundo, mantendo minha paciência.

— Quem bateu o carro? Quem desmaiou? Quem poderia ter sido pego pela polícia? — comecei e ele ficou calado. — Acho bom você entender que garotas também podem dirigir, alias, podem fazer o que quiserem. — pisquei, abrindo a porta do carro, mas ele puxou meu braço.

— Onde acha que vai?

— Para sua casa, ué. Seus pais estão aí? — perguntei e ele arregalou os olhos.

— A-am, eles estão viajando. — respondeu engolindo em seco.

— Para de maliciar, Jack. Eu só vou cuidar desses machucados, antes que eles inflamem. — falei dando de ombros, saindo do carro, ele veio atras.

— Você sabe que não precisa, né? — Gilinsky reforçou e eu revirei os olhos.

— Sim, eu sei. Mas tá ardendo? — exclamei, em seguida mudei o foco da conversa.

— O que você acha? — foi cínico novamente, enquanto eu abria a porta da grande mansão.

— PORRA! Tô te ajudando, será que dá pra ser legal uma vez na vida? — explodi e ele deu um passo para trás.

— Desculpa, sra. Amy. — se desculpou, ainda fazendo graça.

— Meu sobrenome é McGowan. — cruzei os braços e ele engoliu em seco.

— McGowan? — perguntou assustado e eu dei de ombros, assentindo.

— Algum problema? — bufei.

— Nenhum. — sorriu tentando amenizar a situação estranha. E que sorriso, meu Deus. — Eu vou pegar a caixinha de primeiros socorros, vai para meu quarto, é melhor fazer o curativo lá. — disse, eu assenti.

— Qual andar? — perguntei confusa.

— Terceiro, última porta. — falou e antes de eu sair, piscou.

Revirei os olhos com aquela atitude. Não entendia o porque de ele ser tão assim, tão... tentador, confiante e gostoso.

Balancei minha cabeça, retirando esses pensamentos da minha mente. Em seguida segui até seu quarto, que tinha uma decoração escura, moderna e completamente diferente do usual. Gostei.

Me sentei na cama, pegando meu celular para olhar o horário 01:00. Eu ainda tinha tempo. Fui ver e Felicity havia deixado umas dez chamadas perdidas, mas eu não respondi nenhuma, não queria que ela se preocupasse.

— Tá aqui. — Jack chegou no quarto, me fazendo dar um pulo de susto. Ele riu fraco com aquilo, me passando a caixa de medicamentos.

— Eu até faria o curativo assim, mas vai dar muito errado. Você tá um nojo, todo suado. Vai tomar um banho. — fui sincera e ele fez uma careta.

— Tô lindo e cheiroso. — falou convencido, vindo me abraçar, eu fui me encolhendo para a outra ponta da cama.

— Espaço pessoal. — bufei e ele deu uma risadinha entrando no banheiro para tomar banho.

Respirei fundo ao ouvir a porta do banheiro trancando. Aproveitei para me deitar naquela cama imensa, consegui sentir um cheiro forte do perfume de Jack e confesso, era muito bom.

Fiquei esperando, até que o mesmo saiu do banho, somente com uma toalha amarrada no quadril. Gotículas de água escorriam por todo seu abdômen desenhado, o cabelo molhado deixava ele cada vez mais lindo. Engoli em seco, olhando para outra parte do quarto, enquanto me virei de cabeça para baixo, de bruços.

— Só esqueci a roupa aqui e você já me mostra a bunda? — ele perguntou descaradamente.

— Eu só não quero te olhar, agora vai se trocar. — afirmei com a voz trêmula e ele riu safado, indo colocar sua roupa.

Jack estava em minha frente, fazendo caretas de dor enquanto eu passava o metiolate para limpar os cortes. Até que fui limpar um machucado de seu maxilar, e que droga de maxilar definido. Estávamos perigosamente perto, enquanto eu focava em colocar um band-aid no local, ele respirava fundo – certamente por conta da dor – fazendo seu hálito quente se chocar contra meu pescoço.

— P-pronto, terminei. — finalizei, ainda paralisada.

— Você me salvou, ein. — sorriu e eu sorri também.

Quando fui sair de lá, tropecei no pé de Gilinsky, e acabei parando com meus braços em seus ombros, fazendo ele se desequilibrar, e seu corpo cair sobre a cama, e eu cai por cima. Mais uma vez estávamos tão próximos, nossos lábios estavam na mesma direção. Aquilo era completamente loucura, mas eu realmente adoraria beija-lo, mesmo sabendo que me arrependeria depois.

Até que meu celular começou a tocar, olhei no visor e era Dorota. Em seguida vi o horário, exatamente 02:00. Me soltei de Jack, mordendo os lábios de nervoso.

— Tenho que ir. — avisei enquanto corria para descer e abrir a porta.

Mas antes de eu sair, ele disse:

— Você me ajudou demais hoje, valeu mesmo. E depois a gente vê os negócios do racha feminino, okay?— ele perguntou e eu assenti, Gilinsky beijou minha bochecha, em seguida se despediu de mim.

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obrigada por todo o apoio na fic :)

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— Kisses, Rafa

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