| 52 - afraid |

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    A M Y

Acordei em um quarto escuro, apenas com uma luz amarelada no centro.

Sentia minha cabeça doer e o meu corpo também.

— Hum, parece que a mocinha acordou.

Um homem de voz grossa disse. Ele tinha seus cabelos castanhos curtos com um leve tom de ruivo e olhos cor de mel. Aparentava ter uns 23-25 anos.

— Porque estou aqui? — perguntei, rastejando para longe dele da forma que eu conseguia.

Encarou-me de cima a baixo.

— Acho que seu namoradinho te explica, huh?

Franzi meu cenho.

— Gilinsky?! — engoli em seco. — Quer dizer... Jack Gilinsky?

Pressionei meus lábios, pensando em milhões de possibilidades sobre coisas que poderiam ter acontecido.

O homem pareceu confuso.

— Não. — riu fraco. — Quer dizer que você está traindo o seu queridinho Theo?

Engoli em seco, sentindo meu corpo gelar. Eu sabia que as coisas as quais Theo era envolvido não eram nada boas, então eu estava... fodida?!

— O que eu tenho que fazer? — perguntei, sentindo meu corpo tremer.

Ele me olhou de cima a baixo.

— Ficar parada e quieta, enquanto esperamos seu namorado chegar.

Minha visão estava ficando turva, eu estava com frio e não conseguia sentir os membros do meu corpo.

Quando o homem em minha frente percebeu isso, ele se aproximou de mim e deu um tapa estralado em meu rosto.

Senti a área formigar, enquanto um nó se formava em minha garganta. Merda, Amy.

— Fica acordada, caralho. — disse, enfatizando a palavra "acordada".

Respirei fundo, até que escutei um barulho estrondoso, era uma porta caindo, fazendo mais luz entrar no quarto.

Eu mal acreditava no que via. Theo parado em minha frente, com uma arma em suas mãos, e seus cabelos bagunçados, ele estava ofegante.

— Não toca nela, Brian.

Por alguns segundos me senti salva, até lembrar o motivo ao qual tinham me sequestrado. O plano de... Brian, estava indo conforme deveria. Meu coração apertou e eu fiquei mais apavorada do que nunca.

— Theo, vai embora. — falei em tom baixo, afinal, era o único que eu conseguia.

— Que belezinha, parece até um filme romântico. — Brian sorriu sarcasticamente. — Mas não é... isso é a vida real, e você está me ajudando, Theozinho.

A cada segundo parecia que minha garganta ia se fechando mais e mais.

O loiro colocou o cano de sua arma da cabeça de Brian, que riu com a situação e retirou uma arma de seu cinto e apontou a mesma para mim. Eu gelei.

— Abaixa a porra da sua arma ou eu atiro nela, e você sabe que não tenho medo de matar, mas você tem.

J A C K G

Eu tinha ido ao primeiro endereço, mas não havia nada lá.

Me sentia como nunca havia sentido antes. Estava com medo, medo de verdade. O pensamento da possibilidade de perder Amy me assustava.

Theo não havia me dado sinal nenhum, eu não sabia o que fazer. Estava rodando todas as ruas ao redor do destino que haviam me entregado, mas não encontrava absolutamente nada.

gangs | jack g Onde histórias criam vida. Descubra agora