| 6 - problems |

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     A M Y

— Emma? — perguntei assustada e ela sorriu cínica.

— Vocês se conhecem? — Jack perguntou e ambas assentimos juntas. — Huh, acho melhor irem para a arquibancada agora. Logo começa. — ele disse observando o seu redor, e eu concordei.

— Vamos, eu quero conversar com você. — ela disse do jeito grosso de sempre.

Emma e eu éramos muito amigas, e do nada nos afastamos. Nunca entendi o motivo. Na época que éramos as melhores amigas do grupo, me afastei muito de Betty, Lisa e Felicity. As meninas não gostava dela, assim como Emma não gostava delas, por puro ciúmes – da parte dela –.
No fundo eu sempre soube que havia um certo ciúme dela sobre mim, da minha condição de vida e currículo escolar. Emma era assim como eu, invisível. Ela sumiu, nos afastamos, e bom, agora ela está popular. Porém, sua personalidade não muda. Seus lábios mantém um sorriso típico, ela adora das respostas grossas, falar mal de todos é seu passatempo, e o pior, minha ex amiga é completamente manipuladora e possessiva.

— Pode falar. — eu disse, assim que sentei na arquibancada.

— Primeiro, o que você está fazendo aqui? — perguntou rindo, achando graça da minha situação.

— O mesmo que você. Vendo o racha, Emma. Alias, tu sabe que eu sempre gostei de carros. — afirmei, em um tom calmo, porém provocador.

— Lógico, Ams. — falou me chamando pelo antigo apelido. — Agora me fala outra coisa, como tu veio parar com o Gilinsky? As meninas estão todas te encarando feio, ninguém nem sabia que você existia. — a garota disse como uma víbora, querendo me provocar.

Aquilo me fez eu olhar ao meu redor, vendo realmente as pessoas me encarando. Afinal, não é normal uma nerd aparecer com um cara da killah.

— Eu tô ajudando ele com umas coisas. — respondi sem dar muita atenção.

— Virou prostituta agora? — brincou com um sorriso cínico, ela estava se divertindo com toda aquela situação.

— Você sabe muito bem que não. Agora por favor, me deixa aproveitar. Mas se não quiser ficar quieta, eu mudo de lugar. — esbravejei e a mesma levantou os braços para o alto, se rendendo.

— Tudo bem. Já volto. — Emma disse saindo.

Agradeçi mentalmente por aquilo. Essa garota consegue me irritar em um nível que ninguém mais sabe.

Segundos depois, as pessoas começaram a gritar. Sinal de que estava começando. Senti meu corpo arrepiar, eu realmente amava rachas. Mas só tinha ido em dois em toda minha vida, por falta de coragem. Logo todos os competidores entraram em campo, justamente os participantes os killahs. As pessoas só vibravam mais e mais, enquanto eles acenavam de leve, entrando nos carros.

— Trouxe umas coisinhas. — a garota de antes apareceu ali novamente, com dois copos vermelhos, cheios de vodca pura dentro.

— Não vou beber. — disse ríspida e ela revirou os olhos.

— Tá bom, mimada! — resmungou virando seu copo.

E logo ouvimos um barulho de buzinas. Uma mulher se posicionou em frente aos carros e levantou a bandeira. Rapidamente os carros aceleraram, fazendo todos vibrarem. Eu apenas sorri de canto, aproveitando.

A toda velocidade, os participantes estavam mais ou menos na sexta volta, quando escutamos um barulho de sirene. Olhei rapidamente para Emma, que engoliu em seco.

— Isso não é o que tô pensando, né? — perguntei apreensiva.

— Talvez seja, é melhor a gente sair daqui. — a garota falou me puxando pela mão, mas eu neguei com a cabeça.

— E Jack? Eu vim com ele. — afirmei.

— Isso eu sei, mas fala sério, o menino sabe se cuidar sozinho. — deu de ombros.

Observei a pista, e confirmei meus pensamentos. Realmente haviam policiais ali. Senti meu corpo gelar, eu não poderia me envolver em nada disso.

Conforme os meninos estacionavam na linha de chegada, a polícia chegava mais e mais perto. Aquilo estava me deixando aflita. As pessoas começaram a correr para ir embora, e os corredores também saiam.

— A gente tem que ir, se não vamos nos ferrar, Amy! — Emma falou me puxando bruscamente, sem chances de eu escolher.

Descíamos rapidamente, até que quando cheguei perto dos carros participantes do racha, o de Jack estava com alguns amassados. O garoto estava deitado com cortes no rosto.

— Emma? — chamei-a. E percebi que a menina não estava mais lá. — Droga. — falei sozinha.

Corri rapidamente para o banco do passageiro, onde Gilinsky estava.

— Ei, ei? — disse chacoalhando-a.

Ele apenas murmurou coisas sem sentido. Me deixando aflita. Sua respiração estava ofegante, e eu estava nervosa.

"Você consegue" pensei sozinha. E tirei forças da onde não tinha, retirando ele do banco do motorista e levando para o lado, no lugar de passageiro. Coloquei o cinto nele. Em um único movimento, entrei no carro e comecei a dirigir rapidamente pelas ruas de Los Angeles. Meu coração estava acelerado, meu corpo todo estava gelado, afinal, eu estava correndo contra a polícia. Mas por minha sorte eles não vieram atras.

Eu não sabia para onde ir, um hospital não estava nas hipóteses, eu não teria uma história plausível para contar o motivo dos machucados de Jack. Pensei na minha casa também, mas Dorota me encheria de perguntas. Então segui para casa de Gilinsky, sem pensar muito.

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Vocês estão gostando? Eu tô apaixonada
nessa fic/crossover <3

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— Kisses, Rafa

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