| 25 - phobia |

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A M Y

Guys my age don't know how to treat me
don't know how to treat me

É, eu estava na tão famosa e odiada bad, graças a quem? É, ele mesmo: Jack Gilinsky. E a pior parte disso é que não tinha como fazer parar, ou ignorar.

Após os acontecimentos do parque o garoto não havia feito absolutamente nada para falar comigo. Mas também, eu fui um pouquinho escrota em chutar o pau dele como se fosse algo insignificante, para mim de fato era.

— Amy McGowan com fones? Não prestando atenção? No fundo? Uau! — o causador de todos meus pensamentos disse em um tom falso de surpresa.

Olhei-o nos olhos, tentando não emitir nenhum sentimento. Então apenas retirei meus fones e disse:

— O que você tá fazendo aqui? — perguntei ríspida.

— Não escutou o Lewis? Nós vamos fazer o trabalho de laboratório juntos. — afirmou.

Merda. Lewis era o melhor professor dessa escola, e justamente o único que sabia que eu dava aulas a Jack -ou dava- então provavelmente pensou que tínhamos intimidade para fazer um trabalho bom.

Analisei Jack de cima a baixo, negando com a cabeça. Deixei meus materiais na mesa e comecei a andar com o nariz arrebitado até a mesa de Lewis, recebendo olhares curiosos de todos.

— Professor do meu coração. — chamei-o, apoiando meus braços na mesa e inclinando meu corpo. Com certeza minha bunda estava se destacando por ali, afinal eu usava um shorts com não muito pano.

Se eu estava me reconhecendo? Óbvio que não. Mas pude escutar meu subconsciente dizer um "girl power!" e aquilo me animou. Lisa ficaria orgulhosa de mim.

— Diga, McGowan. — o mesmo respondeu mexendo nos papéis em cima de sua mesa.

— Tem como você trocar meu par? Eu e Gilinsky não nos damos muito bem. — tentei explicar sem me enrolar nas palavras.

— Não — respondeu sorrindo cínico —, foi sorteio. Eu não vou mudar de forma alguma, e vocês já podem ir indo.

O professor apontou para a porta, eu respirei fundo e assenti.

Sem mesmo eu chamar, Jack já estava ao meu lado e saindo da sala.

— E ah, vão no laboratório do porão! — Lewis afirmou enquanto saíamos.

Senti um arrepio percorrer pelo meu corpo. Primeiramente: aquele porão era escuro, eu tenho fobia do escuro. Literalmente, quase desmaio.
Segundo: eu assisti It: a coisa e sei muito bem o que acontece no porão!

— Vai dizer que tá com medo? — o garoto falou em um tom desafiador quando chegamos no destino.

— Eu? Com medo? Até parece! — disse tentando parecer confiante enquanto entrava naquele lugar asqueroso.

Aquilo era pior do que eu me lembrava, mais sujo e escuro.

Jack veio atrás de mim, ele fazia umas caretas de nojo também.

A única luz que iluminava o local era a que vinha atrás da porta, pois no porão em si não tinha nada.

— Isso é precário. — murmurei.

— Não quando você tá fazen... — começou a dizer com um sorriso malicioso e eu senti meu estômago embrulhar.

— Sem intimidades. — mandei. — Vamos fazer isso logo, pelo amor de Deus!

O menino riu da minha fala.

— Isso pareceu muito um porno. — falou naturalmente.

Realmente tinha parecido um gemido, mas onde já se viu ficar falando?

— E você assis... — ia perguntar, quando um barulho estrondoso me interrompeu e em seguida tudo ficou escuro, me fazendo soltar um gritinho um tanto vergonhoso.

A única luz que tínhamos agora não chegava mais no local, graças a porta pré-histórica que fechou com o vento.

Já conseguia sentir o meu corpo em choque, minhas bochechas esquentavam.

— J-jack. — supliquei. — Eu tenho medo do escuro.

— Sabia! — falou convencido soltando uma risadinha.

— É sério. — tentei forçar a minha voz, que saia como um sussurro.

O garoto só fazia piadinhas toscas e não percebia meu estado. Eu corri até a porta, tentando abri-la, mas a mesma estava emperrada.

Senti minha cabeça tontear e meu corpo ficar mole.

— Gilinsky! — foi tudo que consegui exclamar.

J A C K G

Fui até onde o barulho tinha indicado, afinal tudo estava escuro. Logo senti Amy desmaiando em meus braços. É, foi aí que eu me desesperei.

Ela tava gelada e imóvel.

Segurei a mesma no colo, e graças a Deus ela não era pesada, fui até a porta e dei um chute forte na mesma, e nada adiantou. Outro, e nada adiantou. Quando fui dar o terceiro, a porta foi aberta bruscamente, revelando Felicity bem ali.

— Mas que brutalida... — começou a falar, mas quando viu o estado da sua amiga mudou o humor irônico. — Puta merda! O que aconteceu?! Não, não me responde.

A garota se aproximou de Amy, e deu um tapa estralado na cara dela.

— MAS O QUE VOCÊ..?! — fiquei em choque com aquela atitude.

— Calma, little Jack. — e assim ela contou até três com os dedos.

Exatamente quando o terceiro dedo foi levantado a McGowan abriu seus olhos.

— O que? — ela falou confusa. — Eu ein, tarado. Sai!

Exclamou se soltando de mim com uma cara de nojo, em seguida foi andando com Felicity como se nada tivesse acontecido.

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Eu ri horrores escrevendo esse capítulo.
Juro que não uso drogas para ter essas ideias loucas.

perguntinha: Vocês gostariam de uma maratona de Gangs?

• Old ou New Magcon?
me: Old (vou começar a responder às perguntas também)

• Qual o último livro que você leu/está lendo?
me: Éramos Seis e Os 12 Signos de Valentina.

• Qual sua cor favorita?
me: azul.

• Eu to escrevendo uma fic com o Cameron, acho que vai ser bem legal. Vocês gostam de fics com ele?
(isso não é mt bem uma pergunta, abafem)

gangs | jack g Onde histórias criam vida. Descubra agora