Capítulo 12

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Alan narrando:

Já havia andado pela alcatéia por cerca de meia hora com a Isabel, estavamos procurando sua mãe.

- Tio?...- olho pra ela.

- Que?

- Eu tô com fome... Minha barriguinha ta roncando muito- diz colocando a mão na barriga fazendo um biquinho fofo.

- Vamos comer al...- antes de eu ter a chance de responder, uma mulher vem correndo e abraça a Isabel.

- Mamãe, que saudade- ela olha pra sua mãe com lágrimas nos olhos, e vejo que sua mãe está chorando.

- Meu amor- abraça a menina novamente e eu fico lembrando da minha mãe, como era bom o abraço dela- Nunca mais saia correndo daquele jeito... Eu fiquei desesperada.

- O tio Alan me ajudou mamãe- a mulher me olha, e quando percebe que sou o alfa faz uma reverência.

- Muito obrigada alfa, eu devo minha vida a você- me olha com certa admiração, e me sinto gratificante por poder ajudar as pessoas.

- Você não me deve absolutamente nada. E se me lembro bem, a pequena Isabel disse que estava com fome...- olho para as duas e penso por um breve segundo- Posso convidá-las para tomar um lanche. Que tal?

- Eu quero tio- Isabel diz batendo palminhas e pulando.

- Eu não quero atrapalhar, tenho certeza que tem coisas importantes para fazer- Isabel olha pra mãe que recusou o convite, de uma forma triste.

- Eu preciso de um tempo de qualquer forma, meu trabalho esta me deixando louco. E uma companhia para lanchar não seria nada mal- dou um sorriso e vejo Isabel contente novamente.

- Tudo bem então- a mãe de Isabel diz e precisa se segurar para não cair com os pulos da pequena, que está segurando sua mão.

Levei elas na melhor lanchonete da alcatéia, quando acabamos de comer fui para casa, foi uma tarde cansativa e ainda tive que organizar tudo para voltar em breve na empresa... E confeço que estou morrendo de vontade de ver a Malia, minha bravinha. As vezes penso que ela realmente me odeia, mais ela parece gostar de se soltar comigo. É tão confuso que acho que até ela não entende. Paro de pensar e organizo algumas papeladas, termino e tomo um banho quente pra poder relaxar um pouco, e quando sinto a água quente nas minhas costas relaxo com uma sensação de conforto, nunca me imaginei tão cansado. Após o banho durmo com uma certa loirinha na cabeça.

~'-'~

Acordo com o corpo mais relaxado e uma leve impressão de paz, saio da cama me sentindo ótimo e vou tomar café no Starbucks... Já cansei de tomar café sozinho. Chego e pesso um café sem açúcar, quando viro vejo Isabel, e sua mãe conversando animadamente. Ando até elas e quando Isabel me vê corre e me dá um abraço.

- Tio Alan!- ela olha pra mim e eu pego ela no colo.

- Tudo bem pequena?- ela faz uma carinha zangada.

- Pequena não, eu já sou bem grandona- coloca a mão em cima da cabeça- Tá vendo?

- Há. Tô sim, me desculpa- essa menina e muito espertinha- Posso chamar você de que então?- ela pensa um pouco e olha pra sua mãe que continua calada nos olhando.

- Já sei... Isa é bom, né mamãe- sua mãe se pronuncia pela primeira vez dizendo "sim querida"- Então vai ser Isa, ok tio?- aceno e ela sorri.

- Já tomou café Isa?- ela confirma com a cabeça e aponta a mesa que estava sentada com sua mãe- Tudo bem?- pergunto pra mãe dela pra puxar assunto.

- Sim alfa, e com o senhor?

- Senhor não por favor, apenas Alan... Sem alfa também.

- Ok- agora percebo que não sei o nome dela, e acho que ela percebeu por que disse:

- Meu nome é Gracielle, mais prefiro Graci.

- Tudo bem então, Graci- a Isa pede pra descer e eu coloco ela no chão, ela vai pro lado da mãe e pergunta se já está na hora da escola, sua mãe diz que sim e elas se despedem de mim. Aproveito para pegar meu café que já estava pronto. Tomo meu café e vou correr em forma de lobo para não desacustumar, vou pra uma montanha próxima da alcatéia e corro por lá até que ouço um uivo que reconheço sendo do Matias. Corro para a minha casa e o encontro na porta com uma cara de indignação.

- Cara você não vai acreditar- corro até ele preocupado já na forma de humano.

- O que houve?- digo suspirando de cansaço da pequena corrida até minha casa (isso que dá parar de praticar).

- Eu perdi a merda da chave da sua casa- diz pisando duro no chão. E eu achando que era uma coisa séria... Espera... Não acredito que esse desgraçado me fez correr até aqui por nada.

- Vai se fuder- ele me vê com raiva e dá risada- Porra, você me fez correr 150 quilômetros por causa de uma chave?- ele explode de dar risada.

- Você acha mesmo que eu iria ficar aqui esperando sua boa vontade?- estou com tanta raiva que dou um soco no seu braço, e pelo barulho acho que deslocou- Aí seu filho da puta, se eu não fosse regenerar eu te matava.

- Agora ficou bravo? Eu deveria ter feito pior- ele reclama dor, eu entro na minha casa e como um belo bife.

- Eu quero... Faz ai pra mim- Matias diz deitado no sofá com controle na mão (cara folgado).

- Se você já se regenerou posso dar outro soco? Folgado- ele intende o recado e vai pra cozinha fazer o seu bife.

- Eu sou visita, me trate melhor vagabundo- taco uma faca que vejo no balcão e ele abaixa, "merda".

- Eu vou te demitir, ai você vai ver quem é o vagabundo- ele me olha com raiva.

- Quer me matar taca uma faca de prata, idiota- pego a faca de prata na gaveta com digital.

- Quer mesmo morrer?- levanto a faca de prata, ele se assusta mais logo sorri.

- Só vem.

Assim que ele responde taco a faca e ele desvia, bom... Taco várias facas e ele desvia. Vou pra cima dele e dou um soco que ele protege com o braço, ele tenta me chutar mais eu desvio jogando ele no chão. Ele levanta pega uma faca joga em mim, eu desvio facilmente, pulo em cima dele que consegue me arranhar com as garras de lobo, me cicatrizo rapidamente e eu dou risada.

- Tá melhor- ele sorri.

- Estou treinando... Melhor pegar outra camisa- olho em volta a casa.

- E alguns móveis e vassouras... Você vai ajudar a limpar- faz uma careta.

- Que merda, eu não sou seu faxineiro particular cara.

- Ajudou a quebrar- pego uma vassoura e coloco na sua mão- Ajuda a arrumar também.

- E você vai fazer o que?- me olha duvidoso.

- Colocar outra camisa... Ou quer fazer isso pra mim também.

- Credo. Sai viado- rio e vou me trocar, e em seguida arrumo a casa com Matias, a bagunça foi tanta que eu nem conseguia mais raciocinar. Terminamos tão tarde que dormimos logo em seguida.

A Loba SolitáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora