Capítulo 23

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Alan narrando:

Estou almoçando na minha casa, e olho para a cozinha com uma pilha enorme de louça, pra mim já deu. Sei que tenho que ser um bom amigo, mais o Matias já estava quase me matando de raiva, parece que ele não tem casa, já não aguentava as mulheres que ele trazia para minha cá, os barulhos no quarto de hóspedes não me deixava dormir, sem contar as roupas jogadas por toda casa, eu não iria mais aturar isso, eu sou amigo dele, não pai, ele precisa encontrar logo sua companheira para me deixar em paz. Neste momento vejo o Matias descer as escadas de bermuda, a cara totalmente amaçada, e o cabelo pior que a cara.

- Bom dia, bela adomercida- digo ironicamente, já são duas horas da tarde.

- Hum, que fome, o que tem pra comer?- diz olhando para o meu prato.

- Não sei, já que eu só cozinhei pra mim- digo e jogo uma camiseta para ele, que aliás, estava em cima da mesa- Se quiser comer algo cozinhe- aponto para o fogão.

- Qual é cara? Eu estou cansado, Thaina de deixou exausto ontem...

Taco uma a primeira coisa que estava na minha frente, que no caso, era uma maçã.

- Eu não quero saber o que ela fez, ou deixou de fazer Matias. Faz uma semana que você só dorme aqui, e ainda por cima, bagunça toda minha casa, não me deixa dormir, e come minha comida. Eu já estou farto Matias.

- A Maria vai vir limpar hoje- diz dando de ombros, ele escutou algo do que eu falei?

- Não, não vai- falo firme fazendo ele me olhar- Eu cancelei com ela, quem vai limpar tudo é você.

- Perai... O que? Eu não vou limpar nada.

- JÁ CHEGA- bato na mesa fazendo um grande barulho, e a quebrando- Você se esqueceu quem é o Alfa? VOCÊ vai limpar tudo, VOCÊ vai trabalhar comigo, e VOCÊ vai voltar para sua casa- digo com a voz de Alfa o assustando, Matias nunca me viu bravo desse jeito, até eu me surpreendo, normalmente eu sou calmo até demais.

Sinto meu lobo gritando querendo atacar, eu quase não consigo me controlar, saio de casa correndo e me transformo em direção a floresta, algumas pessoas da alcatéia se assustam com o quão rápido eu estou correndo, minha raiva não tem limite, e acabo percebendo que ela não estava direcionada diretamente ao Matias, mas sim em outra coisa, uma com cabelo loiro, eu não estava entendendo essa raiva. Mas eu sentia como se cada vez que eu falasse com ela, ela me rejeitasse, eu não aguento mais esperar por ela, meu corpo, meu lobo, minha mente, tudo em mim pede por ela, eu estou com raiva por não tê-la. Sem perceber eu estava no caminho para o apartamento dela, paro quando vejo uma estrada, eu estou perto demais da cidade, ninguém pode me ver assim, dou meia volta e corro para outro local, paro perto de um rio, olho meu reflexo e vejo meus olhos vermelhos brilhando, volto a me transformar em humano, começo a encarar o rio, e sinto vontade de nadar um pouco para esfriar a cabeça, tiro minha roupa e pulo na água funda, sinto meu corpo relaxar e minha mente esfriar, é uma ótima sensação, enquanto estou aqui sentido a água em mim, o tempo para, minha mente para, es esqueço todos os meus problemas.

Passa uma hora desde que estou aqui, acho melhor voltar para casa. Saio da água relutantemente e coloco minhas roupas, quando termino me transformo e vou em direção a alcatéia, começo a correr quando ouço barulhos de galhos quebrando, eu paro e fico atrás de uma árvore e vejo um vampiro... No meu território? Ele não deveria estar aqui, saio de trás da árvore e paro na sua frente rosnando, ele mostra suas presas e sai correndo. Eu não o sigo, não vejo porque matar alguém que pelo visto não fez nada. Continuo pelo meu caminho e chego em casa em alguns minutos.

Entro e vejo a casa totalmente arrumada, Matias desse as escadas com sua mochila.

- Já arrumei tudo cara, agora estou indo.

- Espera Matias, quero que você junte 10 lobos e vasculhem a floresta, encontrei um vampiro lá e gostaria de me certificar de que não tem mais nenhum- Matias acena- E se encontrar não mate, traga para a alcatéia, eu quero fazer algumas perguntas.

- Ok, mais alguma coisa Alfa?- sinto que ele ficou um pouco abalado pelo o que eu disse.

- Cara, você está na minha casa, só quero que entenda que aqui tem limites. Certo?- Ele ri e sai da minha casa.

Suspiro, às vezes é difícil ser severo. Mundando de assunto, amanhã é o aniversário da Malia, e eu estou apreensivo, não sei se ela vai gostar do que vai acontecer, eu contratei um buffet e um DJ, não sei que tipo de coisas ela gosta, é difícil de imaginar ela se divertindo. Mas mesmo assim eu quero fazer algo legal por ela, esse é o seu primeiro aniversário comigo... Se bem que ela nem festejar deve. Paro de pensar nisso e faço meu trabalho pelo computador.

~'-'~

Acordo animado e feliz, é o aniversário do meu anjo raivoso, me arrumo e saio de casa em busca de uma boa loja de flores, quero alegra-lá com belas rosas, tão delicadas quanto... Esquece, ela não é delicada, mesmo assim vou comprar o maior, e mais belo buque de flores, e colocar um bilhete. Começo a andar e passar por várias lojas tentando achar o buque ideal, até que entro em uma e vejo "ô" buque. O compro e escrevo um bilhete, que dizia:

"Bom dia para mulher mais linda, quero fazer do seu dia um dos melhores da sua vida, espero que você goste destas rosas! Parabéns Anjo! ❤"

Arrumo as rosas e levo ao seu prédio, peço para o porteiro para levá-las e dou um dinheiro a mais por esse favor, tenho que terminar de resolver uma coisa no buffet que é aqui perto e depois eu chego com um café da manhã para Malia

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Arrumo as rosas e levo ao seu prédio, peço para o porteiro para levá-las e dou um dinheiro a mais por esse favor, tenho que terminar de resolver uma coisa no buffet que é aqui perto e depois eu chego com um café da manhã para Malia. Vou rapidamente ver se está tudo certo no buffet e pago pelo serviço, volto para o apartamento da Malia, mas antes passo numa padaria e pego algumas tortas, bolos, e uma caixa de bombons. Vou para o prédio e entro no elevador, estou louco para ver sua reação com as flores que eu dei para ela, a porta do elevador abre e saio ao mesmo tempo que alguém do seu apartamento, era Malia com as rosas na mão.

- Parabéns Anjo, trouxe isso para você!- ela olha para mim, para sacola, para as rosas e assim vai.

- É... Valeu- pega a sacola da minha mão- Eu vou ficar com isso- assim que pega a sacola joga o buque em mim- E eu odeio ser comprada, e odeio rosas- entra na sua casa betendo a porta na minha cara. E o buque que eu passei horas para escolher não serviu de nada, ela simplismente jogou em mim. Saio do seu prédio e antes de entrar no meu carro dou as rosas para uma senhora que estava passando, pelo menos ela pareceu gostar. Entro no meu carro e vou para casa meio chateado.

A Loba SolitáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora