Jesuá andava tranquilo, o dia não fora fácil, o trabalho na mata nunca é fácil. O suor, assim como os insetos o circundavam. O dia estava acabando, as sombras agora eram imensas. As árvores gigantescas, pareciam ainda maiores, mais escuras e assustadoras. A pouca luz que restava se misturava num azul bem pesado, cada vez mais negro, assim como estamos acostumados em todo final de tarde. Bastava atravessar o trilho, andar mais uns trinta minutos e estaria em casa. Não é bom andar na mata no escuro. Jesuá sabia disso, mas hoje não teve como evitar.
Ali estava o trilho, eram sete horas, a escuridão já imperava. Ele conhecia o caminho, não temia...mas
Aquela luz.. que luz é aquela?
Ao longe, brilhante como a primeira visão de alguém que não enxergava. Uma amarela e forte luz se aproximava. Jesuá sem entender manteve-se estático ao lado do trilho. Um fio branco, parecendo fumaça subia por cima da luz, estendendo-se até o céu.
Pelo barulho tão conhecido ele pode entender o que acontecia e estremeceu...
Um grande apito ecoou...
Era um trem...
Mas ali não passavam trens há mais 50 anos! Era um trem, sem dúvida, mas não um trem comum, e sim; um verdadeiro trem fantasma.
Jesuá observou a máquina que tampada pela escuridão passou ao seu lado, não muito pode ser visto, além da grande luz e a imensa máquina negra cuspindo uma fumaça azulada.
Entretanto algumas vozes foram ouvidas, Jesuá não poderá esquecer, eram vozes tristes, que entre gritos diziam... "Me leve para casa"..."Eu não aguento mais, me levem para casa"..."Meu filho, eu quero ver meu filho".
Parece ficção não é? Mas acreditem, esse fato ocorreu de verdade.
Duvidam?....Eis o relato:
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