AUREAS.

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RENESMEE CULLEN.

08:24 Am.

Não pude dormir.
Hoje recebi mensagens dele, na qual ele tentava se explicar, implorava por perdão e me pedia para voltar.
Me manter quieta foi realmente difícil dessa vez, eu queria responde-lo, gostaria de voltar, mas... Não posso!
Se Jacob não pode ser forte o suficiente contra Nahuel, então ele é a mim uma ameaça.
Resolvi manter o foco em coisas comuns, deixar de lado o fato de existir um vampiro controlador de mentes  querendo me matar.
Estamos em agosto, terça-feira. Minha mãe foi hoje mesmo em um colégio em Liverpool para me matricular, sua insistência nesse assunto é perturbador.
"Nada que um Cullen não possa resolver", foi só oque ela disse quando questionei o fato de estar um pouco atrasada com as matérias para o primeiro colegial.
(...)

05:45 Am.

(toque do despertador)

"Você começa amanhã mesmo filha!"
Que maravilha.
Minhas noites não estão sendo boas, não tenho dormido bem, sempre tenho pesadelos.
Levanto-me da cama, vou até a suíte e tomo um banho quente, escovo meus dentes e penteio meus cabelos, aliás eles tem crescido mais rápido, chegam à beirar o final das minhas costas.
Nunca fui de usar maquiagem, exeto o dia da festa na reserva. Mas Alice fez questão de encher-me de dicas de beleza para "o primeiro dia de aula". Passei apenas um rímel, que alongavam meus cílios e um brilho labial básico. Visto meu jeans mais novo e coloco uma camisa preta lisa, faz frio. Então visto um moletom azul e calço meus tênis favoritos. Jogo minha mochila nas costas, pego meus fones e meu celular e vou até a cozinha.

Bella
- Bom dia! Já preparei seu café, sente-se.

- Não estou com fome mãe, só vim tomar um copo d'água.

Bella
- Ah. Coma alguma coisa na escola então. Tudo bem?

- Sim. Vamos?

Bella
- Vamos.

Chegamos à escola e minha mãe me deixou no estacionamento.
Coloco o capuz do moletom, pois está chuviscando. Ando rapidamente até a porta principal e noto que nada será como eu havia imaginado, são muitos alunos! Sinto um rubor mas bochechas e abaixo minha cabeça, coloco meus fones e deixo a música alta me envolver, afastando de minha atenção todos os olhares. Tento passar rapidamente pelo longo corredor à procura do meu armário, seguro em minhas mãos o pedaço de papel onde estão o número do meu armário e o número da sala onde irá ser minha primeira aula.
Armário 156, 156, droga! Onde está?
Olho entre as pessoas e finalmente o avisto. O grande número 156 no pequeno armário que se localiza perto do banheiro.
Mas derrepente, minha cabeça começa a girar, olho para os lados e noto os olhares que permanecem em minha direção.
Cores?
Corro para o banheiro, apoio minhas mãos sobre a pia, olho para o espelho e as cabines de privacidade estão fechadas, respiro e inspiro até me recompor, até que pelo reflexo do espelho, percebo uma das cabines se abrir e um garoto sai de lá de dentro, parece assustado, olho para os lados e:
Mictórios? Puta merda!
Estou no banheiro masculino!!!
Saio correndo de lá, literalmente.
Cores...
Não sei como, mas encontrei a sala em que estava escrito no papel. Sento-me em uma carteira no fundo da sala, afundo minha cabeça entre minhas mãos.
Escuto o sinal. Posso ouvir os alunos entrando na sala, aumento o volume da música e tento me distrair.
Algo toca meu ombro, ignoro. Isso se repete três vezes até que eu resolvo ver oque é.
Levanto minha cabeça e me deparo com um garoto. Alto, cabelos escuros, olhos castanhos chocolate, sorriso largo e gracioso.
Já vi esse rosto...Espera aí, o garoto! É o cara que estava no banheiro! Oh não.
Debruço na carteira, escondendo meu rosto. Ele volta a me tocar. Então sinto a raiva subir à minha cabeça.
Ele está aqui para fazer piada de mim. Imbecil! Ridículo!
Resolvo acabar com esta história, levanto minha cabeça nomente e estou pronta para afronta-lo quando:

- Usar fones de ouvidos são proibidos em sala de aula, sabia?

Ele estreita os olhos e vejo se formar uma pequena ruga entre suas sobrancelhas.
Provavelmente em reação a minha expressão, que deve lhe parecer um tanto confusa.
O garoto coloca sua mochila na carteira à minha frente, e estende sua mão:

- Oi. Sou Dylan.
Dylan Answer.

Ele se senta e se enclina para trás, olhando diretamente para os meus olhos.

- Renesmee Cullen.

Ele parece se assustar.

Dylan
- Wow, nome diferente esse seu, não?

Ele me encara, não recuo.

- É, eu sei.

Dylan
- Lamento dizer, mas é muito complicado, vou te chamar de Cullen.

Eu apenas o observo, acho que ser social não é o meu ponto forte.

Dylan
- Você não é de falar muito não é?

Balanço minha cabeça de um lado para o outro brevemente, indicando negação.
Ele abaixa a intensidade de sua voz:

Dylan
- O que estava fazendo no banheiro masculino?

Sinto meu rosto queimar, o rubor em minhas bochechas deve estar visível.
Droga.
Respiro lentamente, olho para minhas mãos e volto à observa-lo.

- Podemos não falar disso?

Ele sorri.
Minha cabeça volta a doer e minha visão fica destorcida, esfrego os olhos e então a dor passa.
Há algo de errado.
Dylan está vestido com um moletom preto e se percebe um suéter por baixo, pois a gola se estende cobrindo todo seu pescoço, calças também escuras... Mas há cor ali. Ele está exalando cores.
Todos estão!
Sobre Dylan pairava um tom de branco azulado e por volta um verde mais escuro.
Todos estavam em tons brilhantes e variados de alguma forma inexplicável.
Eram chamativas e chega até apresentar beleza.
Olhei em volta com mais atenção, uma garota exalava a cor cinza, ela era a única à possuir apenas aquele tom.
Oque está havendo comigo?
Dylan deve ter notado minha expressão, visto o capuz e deito minha cabeça sobre meus braços novamente.
Dylan volta a me cutucar, mas eu o ignoro.

Dylan
- Hey, não precisa se envergonhar, eu não falarei mais disso, tá?

Não executo nenhuma ação.
Escuto som de passos.

Dylan
- Cullen veja só, esse é o Sr. Veneer, mas eu o chamo de Sr. Topeira, sem ele saber é claro.

Ele ri e isso me chama a atenção.
Levanto um pouco a cabeça até que o homem fique em meu campo de visão.
Ele possui pequenos olhos e é careca, seu nariz tem um tom rosado, o apelido realmente não é atoa.
Olho para Dylan e deixou escapar um leve riso, imaginando a comparação entre o Sr. Veener e uma topeira qualquer.
Dylan me observa atentamente:

Dylan
- Cullen, você é muito bonita.

A Saga Crepúsculo: I'Heure BleueOnde histórias criam vida. Descubra agora