Amor Pra Recomeçar

Capítulo 15

" O que é amar, se você não mergulhar?"

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Cada hora que se passava naquela sala de cirurgia, eu sentia meu coração apertado. A pequena criança que se encontrava deitada na mesa de cirurgia, parecia alheia a tudo o que se acontecia em sua volta, era como se ela estivesse em um sono profundo e calmo onde sonhava com coisas boas e lá no fundo era tudo o queríamos
que estivesse acontecendo.

Depois de algumas horas conseguimos controlar o sangramento, e durante esse processo descobrimos que ela precisaria de uma doação de sangue urgente, por conta da sua perca do mesmo. Eu tinha saído da sala para ver o que poderia fazer, o banco de sangue do hospital não tinha o do tipo sanguíneo dela, a mãe estava hospitalizada e ainda não tinha notícias dela e se ela poderia doar e Harry, não tinha o mesmo tipo sanguíneo da menina. E foi aí que eu lembrei, que o meu tipo sanguíneo era o mesmo de Lily, eu poderia doar sangue pra ela.

Fui até Amy que se encontrava no balcão analisando algumas fichas dos pacientes e a puxei até a sala para coletar sangue.

- Ei, o que está fazendo? - perguntou Amy enquanto tentava recuperar o fôlego.

- Amy, lembra da criança que eu fiquei responsável pra ajudar? Então, durante a cirurgia eu e os outros médicos que auxiliaram percebemos que ela estava precisando urgente de sangue, então deixe um médico no meu lugar e vim atrás de alguém que pudesse doar para ela e percebi que não tem ninguém que possa ajudar a não ser eu. Então você vai tirar meu sangue e levar pra lá, para os outros médicos reposanveis realizarem o procedimento necessário, e caso perguntem sobre mim diga pra eles que fui resolver alguma coisa em outro setor.

Depois da minha doação não me encontrava pronta pra voltar pra sala, já que fiquei meio fraca depois da doação, mas sabia que tinha feito minha parte e que os médicos que continuaram dentro daquela sala salvariam a vida dela. Algumas horas mais tarde tive a confirmação de que ela já estava bem e se encontrava em um quarto, assim como a mãe. Estava conferindo como ela estava, já que eu era a médica responsável por ela enquanto ela dormia calmamente na maca que estava na minha frente... Ela ainda não havia recebido visistas já que estava descansando, mas logo que acordasse poderia receber todos que a aguardavam do lado de fora

Assim que conferi se estava tudo bem, fui levar informações do estado dela para minha família e Harry, que se encontrava preocupado mesmo sabendo que já estava tudo bem.

- Gina, minha filha, como ela está? Já pode receber visitas? Vai ter alguma sequela?-  perguntou minha mãe preocupada assim que eu cheguei na
recepção e logo todos ficaram de pé.

- Calma mãe o pior já passou fiquem tranquilos, assim que ela acordar vai poder resceber todos. Falei olhando pra todos. Estava de saída quando Harry segurou meu braço e disse:

-Obrigado, não sei o que seria de mim se você não tivesse ajudado em tudo o que ela precisou. - falou com um sorriso simples.

- Não fiz mais que a minha obrigação Harry. - falei dando o mesmo sorriso e saindo  daquele lugar.

Ele não sabia,na realidade ninguém sabia que eu havia doado sangue pra filha de Harry, apenas Amy sabia o que eu tinha feito e ela só sabia pq me ajudou. Eu pretendia contar ao Draco também, mas só contaria pq não sou de guardar segredos com ele.

Algumas horas depois a pequena Lily acordou, estava um pouco molinha mas queria muito rever todos, direcionei quatro pessoas por vez para poder ver ela, sem contar com o Harry que já estava como acompanhante titular.

- Chegamos! - Abri a porta para Ronald e Hemione que estavam juntos com meus pais. Esses que assim que viram a pequena na cama correram para falar com ela e dar muitos beijos. Eu entendia e não julgava a aproximação dos meus pais com a filha de Harry, durante o tempo que eu passei fora meus pais continuaram com a mesma relação com o Harry, já que eu mesma aleguei que não haveria problemas. Não achava justo eles tomarem minhas dores e o Harry precisava de uma família.

Enquanto todos conversavam me encontrava encostada na porta observando a cena e soltando alguns sorrisos quando a menininha falava algo engraçado. Durante esse tempo aproveitei e analisei sua aparência: ela era branquinha e lembrava bastante a mãe mas os seus olhos que mesmo puxados era da cor do olhos do pai, seu cabelo liso e bem preto dava a ela um ar doce e infantil era óbvio que ela era uma criança linda. Despertei quando ouvi  a voz da mesma me chamando.

- Dra Gina, será que você poderia vir até aqui? - falou com uma voz fofa e doce. Caminhei até a sua direção, todos abriaram passagem para eu ficar ao seu lado, enquanto se olhavam com curiosidade diante o pedido da menin.

- Está sentido algo mocinha?- perguntei enquanto acariciava seus cabelos, sorria e a olhava profundamente.

- Não, queria apenas agradecer a senhora e dizer que te achei muito bonita.- soltou um sorriso e logo continuou falando - já que você é a irmã do titio Rony e é amiga da tia Mione e do meu papai, você quer ser minha amiga? E eu posso te chamar de tia? - perguntou com um ar esperançoso.

Quando essas palavras saíram de sua boca, eu não me aguentei e sorri largo. Era estranho? Sim era, mas eu não conseguia não gostar daquela menininha e por mais que tudo tivesse acontecido já era passado.

- Sabe, vai ser uma honra ser a sua amiga e principalmente ouvir você me chamar de tia. Falei sorrindo e pude ver o sorriso em seu rosto na mesma intensidade do meu.

- Ah, tia Gina? Eu tinha esquecido de falar, eu amo a cor do seu cabelo e quando eu crescer vou pintar ingual. - falou e eu logo a apertei em um abraço longo sentido os olhares sobre nós e posso dizer que das 5 pessoas que nos observava um se encontrava vem mais surpreso que os outros.

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Olha quem resolveu dar o ar da graça? Exatamente mores, eu mesma.

Tá aí um capítulo novinho!!! Já sabem né? Qualquer dúvida, crítica, ideias ou sei lá, tô aqui.

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