Capítulo 08

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Tomei banho, passei meu perfume pra ficar cheirosinho, vesti roupa nova e fiquei na sala esperando o Daniel ir me buscar, ansioso para ver aquele rostinho inocente que ele tinha. Quando eram quase 21h a campainha tocou, fui atender correndo, eu já quase nem tinha mais unha de tanto que roí, ao abrir a porta ele entrou com tudo me beijando, prendeu meu corpo junto à estante da sala, eu adorava quando ele fazia isso, seus beijos eram selvagens, quentes, mas ao mesmo tempo carinhoso, às vezes ele fazia um estilo cafajeste que me levava à loucura.

- Como você está cheiroso...

- Estou cheiroso pra você!

- Mas você já é cheiroso sem passar perfume...

- Te amo, sabia?

- Eu também te amo, "petit"! Vamos?

- Sim.

Fui pegar minha carteira que estava no criado-mudo do meu quarto, Daniel abriu a

porta da sala e ficou segurando até eu sair, sempre gentil comigo e com todo mundo, isso era mais um de seus encantos. Fomos até o estacionamento de visitantes do condomínio onde ele havia estacionado seu carro, entramos na caminhonete dele e seguimos pelas ruas de São Paulo, com os vidros do carro fechado em uma noite quente liguei o ar condicionado:

- Nossa... Tá muito calor, vou ligar o ar...

- Por favor...

- Sabe que eu adoro essa parte da cidade?

- Eu também gosto muito do Centro à noite, pena que não se pode arriscar muito

andando por essas ruas...

- Olha essa vista do Municipal...

- Vamos tirar uma foto?

- Eu não estou com a câmera aqui.

- Deixa que eu tiro do celular...

- Vou parar o carro.

Daniel parou o carro em frente ao Teatro Municipal e tiramos uma foto com o Teatro de fundo, apesar de ser pelo celular a resolução ficou ótima, as ruas estavam vazias e haviam alguns casais de namorados passando de mãos dadas, deveria estar tendo algum

evento no Municipal, pois havia uns canhões de luz na porta, tapete vermelho e uns

seguranças, ás vezes batia uma brisa fresca, mas a noite continuava quente. Entramos no

carro e seguimos para o lugar onde iríamos comemorar nosso aniversário de namoro, deixei que ele escolhesse, não dei palpite em nada porque sabia que o Daniel tinha bom gosto.

Chegamos ao lugar onde ele havia programado me levar, era uma espécie de bar/ restaurante com música ao vivo, o lugar que ele escolheu era muito agradável, sofisticado e a comida era ótima, muita gente bonita e os funcionários bastante simpáticos.

- Boa noite!

- Boa noite. Eu tenho uma mesa reservada em nome de Daniel Marzin.

- Podem me acompanhar.

- Obrigado.

Fomos acompanhando o garçom até chegar na mesa reservada para nós, caminhando entre as mesas eu ia observando o lugar, notei que o pessoal que freqüentava o local era um público jovem e bonito, a decoração era em estilo rústico/moderno, havia mesas para duas, quatro, seis e oito pessoas, a mesa que estava reservada para nós estava

bem no canto, uma vela em cima da mesa que boiava sobre um recipiente com água, a

música que tocava era ambiente, uma garota muito talentosa cantava “Teto de vidro” da

Uma História de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora