My Wolf

capítulo 3

Eu sabia que esses três iriam também, mas não sabia que eles iriam com a gente '-'

-Ah... Eu conheço sim pai, eles são da minha escola.- falei com tédio na voz.

-Que bom que já se conhecem.- ele disse empolgado, acho que não percebeu o nojo na minha voz. '-'

-É...- paramos em frente a uma casa enorme, casa não mansão, toda branca, me apaixonei. Por isso que aqueles playboys se acham tanto.

No momento em que meu pai para o carro em frente ao portão da casa eles saem pra fora rindo, acho que já sabem que estou aqui, por isso, devem estar planejando o que aprontar comigo. Nesse momento já fui até colocando minha capa, eles nunca me viram sem capa por isso dizem que sou uma aberração, e quer saber eles que se danem com essa opinião.

-Eai Celso, como vai ?- perguntou Henrique ao meu pai.

-Eai- falou Henry e Heitor juntos.

-Eu tô bem Henrique, e como vai seu pai?

-Ele tá bem, sabe como é né, sempre viajando, nunca para em casa.- deve ser por isso que esses meninos são assim, não ganham atenção do pai, então vivem implorando pela atenção dos outros fazendo maldades.

-Sei sim- respondeu meu pai, o resto da viajem foi em silêncio, as vezes meu pai tentava puxar um assunto mas acabava ficando quieto.

Aproveitei o caminho longo pra dormir eu estava cansada.
Acordo com meu pai me balançando abro os olhos e vejo uma floresta linda.

-Estamos chegando querida.-disse meu pai.

Não disse nada só fiquei observando as árvores verdes e enormes que passavam quase como um borrão. Paramos em frente à uma casa grande no meio da floresta , lá tinha vários garotos e duas garotas. Fiquei pensando "será que vou me dar bem aqui?". Só de olhar aquele monte de pessoas estou tremendo, são tantos garotos bonitos, mas tem um ali que me chamou atenção, ele tem cara de ser o mais jovem dali mais isso não o impede de ser um deus grego... "Cassiane, foco! no que você está pensando? Ele nunca vai olhar pra você." Saio dos meus pensamentos quando sou chamada pelo meu pai.

-Querida, vamos descer quero te apresentar à uns amigos.- disse ele, os meninos já tinham descido.

-Pai você sabe que eu não gosto de mostrar o rosto, por isso uso capa.-digo com uma certa preocupação.

-Tudo bem filha, não precisa mostrar o rosto eu explico à eles que você não gosta de se mostrar.

Desço do carro já atraindo olhares, da minha capa não dá para a pessoa ver muito bem meu rosto, mas eu consigo ver o rosto de todos e pelos olhares já dá pra saber o que eles pensam.
A morena de cabelo curto tá me olhando com uma cara tipo "o que essa louca tá fazendo aqui tá achando que é a chapéuzinho preto?", a outra mulher que tem uma cicatriz estranha no rosto está me olhando com o olhar acolhedor, os garotos estão me olhando tipo "quem é ela?"
Já o deus grego, não tem reação nenhuma, só me olha com um olhar inocente, parece estar meio distraído, perdido em seus pensamentos.
Fui andando em direção a eles junto com meu pai até que ele fala:

-Gente, essa é minha filha, Cassiane!

-Oi- eu disse de cabeça baixa, com certeza estava corada de vergonha, apesar de não estar olhando na cara deles tenho certeza que eles devam estar querendo rir, ou dizer "tá procurando a casa da vovó chapéuzinho?" Era assim que falavam na escola.

-Oi- responderam em um uníssono.

-Ela não gosta de se mostrar muito, por isso não tira a capa.-disse meu pai.

-Tudo bem querida, não vamos te obrigar a nada- disse a moça da sicatriz, ela veio em minha direção e me abraçou, fiquei sem reação mas retribui. -Prazer em conhece-lá sou Emily!

-O prazer é meu - eu disse.

-Esses são Leah e Seth eles são irmãos -apontou pra garota de cabelo curto e para o deus grego.- esses são Paul, Ambril, Brad ,Quil, e Sam meu marido- Ela foi falando e apontando pra cada um.

-Prazer em conhece-los!- eu disse tentando ser a mais gentil possível.

-Prazer! - responderam em um uníssono.

-já vou fazer o almoço, porque não almoçam aqui?- perguntou a Emily gentilmente.

-Seria uma boa, oque acha filha?- perguntou meu pai.

-Tudo bem... posso andar pra conhecer aqui um pouco?- perguntei pra que só meu pai escutasse.

-Claro filha, só não vai muito longe.- disse ele.

-Tudo bem.- disse e fui entrando na floresta. Estranho é que senti sendo observada , mas acho que não é nada.

A floresta é linda, quanto mais eu andava, mais eu admirava. Senti uma enorme vontade de tirar os sapatos pra aproveitar melhor esse momento, a grama molhada deu uma sensação de energias renovada que à tempos não sentia. A minha volta há várias árvores grandes, suas folhas amareladas e pouco secas, algumas caem enquanto caminho observando cada detalhe, mais pra frente perto de uma árvore caída abre um caminho para um riacho, suas águas são tão claras que é possível observar os peixes nadando tranquilamente. Ele está calmo, a vontade que tenho é de pular ali e ficar pra sempre. Senti uma conexão enorme com esse lugar, sinceramente estou apaixonada, essa floresta vai ser um ótimo refúgio pra mim. Eu estava sentada naquela grande árvore caída quando esculto um som de passos, olho pra trás e é o Seth, paralisei. Ele parou em minha logo atrás de mim e pôs as mãos no joelho, ofegante, deve estar cansado por ter corrido me procurando. Ele respirou fundo e enfim disse:

-Emilly pediu pra avisar que o almoço já está pronto!

-Ah...Tudo bem, já estou indo- eu disse vendo ele se virar e ir pra lá, eu fiquei tão admirada com a beleza da floresta que nem percebi o tempo passar. Não sei mas eu tenho uma ligação forte com a floresta, acho que é por causa do meu lado lobo.

-Até que enfim lembrou pelo menos de falar de mim né, porque tô esquecida aqui. -Disse minha loba, ela nunca mais apareceu desde que parei de me transformar.

-Não se preocupe vou arranjar um jeito de se transformar sem sermos vistas- eu disse.

-Tá. Sei...

Estou chagando na casa da Emily, quando vejo Henry e Heitor correndo pra lá, devem estar aprontando...
Chego perto da área quando do nada, como se alguém tivesse jogado, um sapo pula em cima mãe mim ( não sei se já disse, mas eu odeio sapos, eu sei que sou uma loba mas tenho pavor) dei um grito bem alto como nunca tinha dado na vida , todos vieram correndo ver oque aconteceu, e lá atrás vejo os dois palhaços rindo da minha cara.

-Cassi, oque aconteceu? -perguntou meu pai.

Não respondi apenas abaixei e peguei o sapo na mão, não tava nem aí se eu tinha medo na hora nem pensei, joguei o sapo que era enorme nos dois acertou na cara de Henry, todos começaram aí rir. Ele me olhou com a cara vermelha e amarrada , já tinha certeza que ou ele iria me bater a qualquer hora ou ia fazer pior. Tô ferrada...

-O que aconteceu Cassi?-perguntou meu pai denovo.

-Esses dois sabem que tenho pavor de sapos, e jogaram o sapo em mim.-disse e os garotos estavam segurando o riso.

-Se você tem pavor, porque pegou o sapo com a mão e tacou neles?-perguntou Henrique.

-Na hora eu nem pensei...Onde posso lavar minhas mãos?-eu disse.

-No banheiro, vem eu te mostro.-disse Emily e caminhou na frente me guiando pro banheiro.

Lavei as mãos e voltei para o carro do meu pai. Não quero mais almoçar perdi a fome, que ódio.