Prefacio

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A vida nunca é fácil quando se tem que seguir regras, veja bem, me chamo Pedro e tenho 17 anos, uma casa boa uma família unida, – estranha, mais ainda assim unida – temos negócios na cidade, uma empresa de advogados e meu Pai Roger quer que eu siga os seus planos e não os meus, já minha mãe Bruna insiste em que tenho que seguir meus sonhos, vê? Eu não sei o que fazer, afinal um lado aponta que eu siga as vontades de meu pai e outra pede que eu siga o meu coração, mais complicado impossível... pelo menos eu pensava assim antes de tudo de mais estranho começar a acontecer em minha casa.

Em um dia aparentemente normal, estávamos eu e meus pais sentados na sala, parecia que ele teriam aquela famosa conversa de quando os filhos se mostram mais desenvolvidos e com os hormônios a flor da pele, pense junto comigo, sou um jovem que as garotas acham bonito, tenho cabelos pretos que caem nos olhos e me deixam prender em um rabo-de-cavalo ralo atrás da cabeça, uma pele morena de sol e tenho alguns músculos a mostra, os olhos são de um tom verde muito claros e os lábios volumosos, voltando ao assunto de antes, meus pais acham que eu ainda não dei um beijo... ou quem sabe algo a mais, porém estão enganados, eu tenho uma namorada e o nome dela é Fernanda, ela mora no mesmo condomínio que eu e estudamos juntos, é um romance juvenil, mas não vim falar disso, estava eu pensando que meus pais falariam desse tipo de conversa, mas nada disso fui surpreendido.

- Pedro, precisamos conversar... - Disse meu pai com um tom preocupado, isso estava me deixando impaciente já. – Eu e sua mãe precisamos contar algo para você... não faça essa cara estou falando sério!

Meu pai falava enquanto eu fazia uma careta de quem não estava gostando do que ele falava, minha mente pensava somente em Fernanda, em como ela se encaixava perfeitamente nos meus braços quando nos abraçamos, de como ela era tão radiante e como conseguia me acalmar em todas as minhas crises de raiva.

- Está me ouvindo Pedro? Menino estou falando com você! – Falou minha mãe com uma cara impaciente enquanto ela se remexia no sofá, ela parecia inquieta. – Estou mãe, pode falar... - Falei sem animo algum em minha frase.

- Filho, precisamos contar sua origem e explicar que precisamos voltar para onde vivíamos antes... Temos afazeres... E você tem obrigações com seu povo... - Ouvi direito ou ele falou "meu povo" e "você tem obrigações"? Olhei como quem não entendia nada, não imaginava que naquele dia minha vida toda iria mudar.

Uivos de um AlfaWhere stories live. Discover now