Capitulo 1 - Mudanças Acontecem.

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Depois de uma longa conversa entre eu e meus pais eles finalmente falaram que tínhamos que nos mudar, como um adolescente na idade de ser rebelde, gritei e falei que eles estavam querendo acabar com a minha vida, não me entenda mal... Moro a 17 anos no mesmo lugar, tenho vários amigos e uma namorada, agora eles veem com esse papo de nos mudar? Não quero ir e pronto. Assim que terminei de gritar o que tinha que gritar subi as escadas que tinham na sala, entrei no meu quarto e bati a porta, quando me vi dentro do quarto respirei profundamente, olhei em volta e descobri que aquele quarto estava uma zona, minha cama estava revirada e com as cobertas sobre a mesma, na mesa do computador havia um prato com um pedaço de pizza de ontem e o computador estava ligado e com um vídeo do YouTube pausado, haviam pôsteres nas paredes de vários tipos de banda o guarda-roupa estava uma bagunça que somente eu entendia, o quarto tinha uma cor azulada com uma parede mais escura que a outra, caminhei e me joguei na cama ficando no meio das cobertas, estava com raiva e não sabia o que as palavras de meus pais significavam, eles não tinham me respondido como assim meu povo e deveres, eles acharam que podiam mudar minha vida da agua para o vinho assim de uma hora para outra? Eu já era quase maior de idade, eles tinham que levar em consideração minhas vontades, mas fazer o que eu era o menor de idade ainda e tinha que obedecer aos meus pais.

Depois de quase 15 minutos em silencio no quarto, ouvi na porta um bater delicado e eu sabia que era minha mãe, afundei a cabeça no travesseiro e resmunguei coisas sem sentido, mas as batidas eram insistentes, sabia que ela não sairia dali então ergui a cabeça e falei alto e em um tom exaltado, mostrando que estava de mal humor.

- Pode entrar! – Não demorou 2 minutos para minha mãe entrar, como eu sabia que era ela? Os passos calmos dela e o fechar da porta não me enganam mais.

Ela já entrou respirando fundo olhando a bagunça que estava no quarto, ela sempre brigava comigo por causa disso o que me fez soltar um riso abafado no cobertor abaixo de mim, não estava olhando para ela, estava olhando para a janela, para o lado de fora do condomínio de casas todas parecidas, era um condomínio de classe alta, se via vários carros estacionados e crianças brincando na rua, meu devaneio olhando a rua foi cortado quando a voz da minha mãe soou tão preocupada.

- Você está bravo Pedro? Você tem que entender o nosso lado também... vamos olhe para mim. – Não me virei para olha-la porque estava fervendo de raiva e sentia o corpo esquentar, me mantive em silencio.

- Pedro, por favor... estou pedindo que olhe para mim.

Virei o rosto com raiva para ela, minha mãe era uma mulher bonita e não aparentava nem de longe a idade que tinha, ela tinha uma pele clara e os cabelos ruivos naturais, os olhos eram verdes iguais os meus, tinha um rosto arredondado e os cabelos curtos na altura do pescoço, ela ficou me olhando com aqueles olhos sempre expressivos como se estivesse lendo meus pensamentos, ela abriu um sorriso doce para mim e isso me fez soltar um suspiro pesado, como quem mostra que está cansado de toda aquela situação, balancei a cabeça e virei o rosto em direção a janela novamente, falei baixo enquanto tentava não parecer arrogante com a minha mãe.

- Mãe, estou bravo sim... Eu fui criado aqui a minha vida toda, tenho a Fernanda e meus amigos... A escola e tudo mais, agora vocês aparecerem com essa história de "Seu povo" e "Suas Obrigações"? – Falei fazendo aspas no vento imitando o jeito que falaram para mim. – Quero que me expliquem o que está acontecendo... quero a verdade mãe!

Depois de falar aquilo minha mãe soltou um longo suspiro e ficou em pé, já disse que minha mãe é uma mulher muito bonita não disse? Pois bem, ela não é alta, deve medir 1,65 de altura e tem um corpo malhado, ela sempre teve um porte físico muito bonito assim como meu pai, os dois dizem que é porque quando eram jovens eles corriam muito, mas ainda não entendi o porquê disso tudo, ela saiu pela porta e logo voltou com meu pai Roger, ele sim era alto, um homem moreno de cabelos pretos como os meus e o corpo musculoso, ela me olhava de cima, devia medir no mínimo 1,90 de altura, não fico muito abaixo dele tenho 1,80 e sou o maior da turma de educação física na escola, – mas voltando ao assunto – ele ficou me olhando de cima e soltou um suspiro pesado de quem guardou um segredo por muito tempo e chegou finamente a hora de revela-lo, ele se sentou na beirada da cama e sua voz era mais grave que a minha enquanto falava.

Uivos de um AlfaWhere stories live. Discover now