Capitulo 11 - Aprendendo a aceitar.

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Durante o almoço todos riam e conversavam, mas eu via a troca de olhares entre Elena e Henrique, os dois riam junto e desviavam o rosto junto com um corar que me deixava animado com os dois, mas logo eu mesmo recostei na cadeira e suspirei, olhava o teto branco da cozinha e por um momento, rezei para que tudo continuasse como estava, para que nada mudasse, para que o professor que queria nos atacar acabasse nos esquecendo, mas como nada é perfeito eu suspirei e virei atenção por um tempo, todos estavam me olhando e de um jeito até bobo, eu virei a cabeça olhando para trás, procurando o que olhavam e depois falei sem graça.

- O que foi gente? – falei com a cara um pouco irritada enquanto todos me olhavam.

- Quando foi que você fez uma tatuagem? – Falou Elena, ela devia estar vendo a minha marca.

- Isso? Não é bem uma tatuagem... – Falei um pouco sem graça enquanto ergui a regata e mostrei novamente a marca, as garras e onde deveria ser o meio da pata era uma grande cabeça de lobo em forma tribal. – Isso é a marca de um Alfa e também a marca que eu e minha companheira dividimos.

Sarah não disse nada, somente virou um pouco o corpo e deixou amostra a marca dela em seu braço, eu me sentia orgulhoso quanto aquilo.

Mas mesmo com Helena olhando Sarah e eu ela balançou a cabeça e sorriu, ela olhou para Henrique mais uma vez e logo minha mãe irrompeu na cozinha com um bolo nas mãos, eu me perguntava, quando ela tinha saído que eu não tinha visto, mas que o bolo estava com uma cara deliciosa ele estava, então passei a língua nos lábios e falei baixinho.

- Mãe... Esse bolo é aquele de abacaxi? –Falei com agua na boca enquanto Sarah começou a rir da minha forma de agir.

- É sim, mas ele é pra Helena, ela também gosta e estamos recepcionando ela! – Eu quase chorei quando ela falou aquilo e abaixei a cabeça.

Minha mãe colocou a bandeja sobre a mesa e logo cortou um grande pedaço para Helena, ela se levantou com o pratinho na mão e me levou, colocou o bolo a minha frente e deu um beijo sobre a minha bochecha, ela sorriu e bagunçou meus cabelos com a mão pequena.

- Toma, Pe... Por você me ajudar, como sempre me ajudou e porque está do meu lado! – ela falou de modo tão emocionado que eu senti meu rosto queimar e meus olhos encherem de lágrimas, eu me levantei e abracei-a rapidamente.

- Obrigada baixinha! – Dei um beijo na cabeça dela e respirei fundo enquanto ela me abraçou eu senti o corpo dela tremer como se ela chorasse. – Você sempre vai ser minha baixinha, sempre vai ser a melhor parte de mim, so você Baixinha, você é a que me salvou quando eu precisava de alguém pra falar... Eu que tenho que agradecer.

Ela fez um não com a cabeça e não disse nada, ela então afastou o corpo e cortou um pedaço para cada um, quando ela entregou um para Henrique, ela se demorou nele e abaixou os olhos com a bochecha vermelha, fazendo o cabelo dela naturalmente bagunçado cair no rosto o que fez ele tirar a mecha do rosto dela e colocar atrás da orelha, quando ele fez isso eu respirei fundo e logo falei para ele com um sorriso brincalhão, mas ao mesmo tempo feroz.

- E você, Henrique... Cuide bem da minha baixinha... Se não é um lobo morto! – Falei e ri de modo maléfico, mas logo comecei a tossir o que rendeu risadas de todos os lados, eu desviei os olhos e comecei a comer.

- Pode deixar Alfa... Ela sempre vai ser a minha prioridade, prometo render somente sorrisos para ela! – Depois que ele falou isso eu olhei para ele e coloquei o rosto de lado. – Aqui é Pedro, não precisa me chamar de Alfa...

Falei baixo e fiquei pensando nele, depois olhei para Sarah, minha mente ligada sempre a dela, passava o que eu pensava, eu queria um Beta pra mim, imaginava se ele serviria como beta, depois que suspirei olhei meu pai e mandei o mesmo pensamento, ele abriu um sorriso e fez um sim com a cabeça, imagino eu que ele passou a informação a minha mãe e logo revirei os olhos brevemente, aos poucos eu me levantei, era inevitável que a magia da nossa raça não se expandisse, quando pensávamos naquilo, eu olhei o teto e coloquei a mão atrás da cabeça e falei baixo, mas a voz forte e expressiva.

Uivos de um AlfaWhere stories live. Discover now