Caio
Sábado de manhã__Já vai? – minha mãe perguntou quando me viu ajeitando a camisa diante do enorme espelho que havia na sala de jantar do meu irmão.
__Mãe, eu não esperava ficar por aqui ontem, preciso tirar essa roupa. – expliquei apontando para a minha camisa.
__Se você já tivesse mudado para o nosso apartamento, não teria esse problema. – ela me cobrou mais uma vez.
__Dona Estela, dona Estela, já combinamos que quando acabar os seis meses do contrato de aluguel eu entrego o apartamento e me mudo, por enquanto eu vou ficando por lá. – falei rindo, enquanto a abraçava.
O jantar se estendeu por horas na noite anterior, me entreti bebendo e conversando com os primos da Camila e quando dei por mim, não tinha condição de ir embora.
__Vou em casa rapidinho e já volto, até lá todos já devem ter acordado. - expliquei me afastando enquanto pegava a chave do carro e os documentos que estavam sobre um aparador.
__Tio Caio, me leva pra brincar na sua casa? – a voz veio da escada.
Olhei para cima e dei de cara com a Gabi parada lá.
__Eu levo querida, vamos marcar um dia, quando você quer ir? - perguntei.
__Agora.
Olhei para a minha mãe, procurando ajuda, ela apenas sorria.
__Gabi... - tentei argumentar.
Como se eu não soubesse que já era uma causa perdida.
__Você falou que vai na sua casa se trocar. - ela me lembrou.
__Mas eu vou rápido e volto pra cá.
__Por favor, tiooo... - ela acabou de descer a escada e veio parar perto de mim, me olhando com uma cara que merecia um Oscar.
__Gabiiii...
__Só pra mim falar oi pro Arthur, vai tio, por favooooor.
Suspirei derrotado, eu nunca soube dizer não a ela.
__Eu não vou demorar. - expliquei.
__Tá bom. - ela respondeu sorrindo, sabendo que havia me dobrado mais uma vez.
__É rapidinho. - frisei, para ela não esquecer.
__Tá booommm. – ela falou me seguindo para fora da casa.
Abri o carro para ela entrar, mas ela voltou correndo para dentro da casa.
__Vovó, você avisa a minha mamãe? – ouvi ela gritando.
__Pode deixar, querida. - minha mãe respondeu.
Voltando correndo, ela sentou em sua cadeira e ficou quieta, olhando o trânsito.
Quando chegamos ao condomínio, como eu previ, fui arrastado até os brinquedos, Arthur estava sentado sozinho em um balanço parado e olhava para o chão, Gabi correu até ele, chamando o seu nome e foi recompensada com um sorriso do menino que se animou e levantou na mesma hora.
Uma senhora o observava sentada em um dos bancos e fui me juntar a ela, eu já a havia visto pelo prédio segurando a mão do menino.
__Finalmente ele se animou. – ela falou quando me sentei.
__Ela me pediu para vir dar oi a ele. – expliquei indiquei a Gabi com a cabeça.
Os dois começaram a correr e foram em direção ao escorregador.
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Uma Vida Ao Seu Lado - Degustação
ChickLitO livro foi parcialmente retirado (ficaram apenas 12 capítulos disponíveis) e seu e-book já está na Amazon. Série Vidas - Livro Dois Não recomendado para menores de 18 anos Caio sempre levou uma vida tranquila ao lado de sua família, aos 21 anos, e...