Capítulo 12

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Rúbia

__Você já jantou? - perguntei vendo ele se sentar no sofá com o Arthur.

Minha vontade era me jogar em seus braços como o meu filho fez.

__Sim, fui intimado pela minha mãe a passar por lá, ela queria notícias do Arthur.

Me sentei na poltrona, observando meu filho todo empolgado com a sua chegada.

__E você carinha, como passou o dia? - Caio perguntou ao Arthur, espalhando o cabelo dele.

__Assistindo televisão com a tia Nora e brincando, ela não quis me levar lá embaixo.

__Nem dava, mocinho, você esteve bem doente. - expliquei mais uma vez.

__Foi o que ela falou, mas amanhã eu vou pra escola.

__Você está bem mesmo? - perguntei.

__Estou sim mamãe, olha tio Caio, vai começar Dragon Ball, você vai assistir comigo?

__Claro que vou.

__Bom, vou arrumar a cozinha enquanto vocês assistem o desenho.

__Tá bom, mamãe.

Deixei os dois entretidos e fui até a cozinha arrumar as coisas.

Quando voltei, meu filho dormia no sofá com as pernas jogadas no colo do Caio.

__Ele apagou. - Caio brincou.

__Vou colocar ele na cama.

__Deixe que eu faço isso, já sei o caminho.

Ele levou meu filho para o quarto e quando voltou se sentou de novo no sofá.

__Ei, sente um pouco aqui comigo. - ele chamou batendo de leve no sofá.

Sem pensar duas vezes eu me levantei de onde estava e sentei com as pernas dobradas por baixo do meu corpo.

__Você está bem? - ele perguntou me vendo bocejar.

__Sim, só cansada, ainda não me recuperei do final de semana.

__O Arthur me perguntou se ainda estamos entre namorados e amigos.

__Ai meu Deus. - gemi.

__O que você andou falando pra ele? - Caio perguntou com ar de riso.

__Ele perguntou se você era me namorado e eu disse que era meu amigo, ele viu você me beijar e disse que amigos não beijam na boca, então eu expliquei que por enquanto estamos estre os dois.

__Entendi, então já que estamos em um estado intermediário, significa que posso te beijar, né?

Perdi o ar enquanto mergulhava no azul de seus olhos, ele era tão profundo que me vi hipnotizada.

Virando de frente para mim, ele me puxou, fazendo com que eu caisse sobre seu peito.

__Ei. - falei rindo.

__Eu estou morrendo por fazer isso o dia inteiro. - ele falou abraçando minha cintura e segurando minha nuca com a outra mão.

Sua boca cobriu a minha em um beijo que me tirou o fôlego, meu sangue correu quente pelas veias enquanto seus lábios acariciavam os meus e sua lingua explorava minha boca.

Chocolate.

Mais uma vez ele tinha gosto de chocolate.

Minhas mãos estavam espalmadas em seu peito e eu pude sentir sua pulsação tão acelerada quanto a minha.

Uma Vida Ao Seu Lado - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora