Cinema- CAPÍTULO 9

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     Nos dias que se passaram nada demais aconteceu comigo e eu tentei ao máximo me afastar do jasper, a aproximação com ele me deixava nervosa. Brian e Bri me visitavam sempre que podiam, reclamando da distância.

     -Sério Eve, sua mãe poderia ter comprado uma casa dentro do que chamamos de "civilização". Ela colocou aspas imaginárias enquanto pronunciava as palavras. E riamos com esse comentário da Britanny. Brian já morava em seu apartamento que ficava perto da casa da Bri e marcou de nos reunirmos lá na quinta feira -seu dia de folga-.

     Mel nunca ficava em casa, quando não tinha ensaio das The Liders ela saía com o Ken ou para suas aulas de dança. Com relação à dança eu desisti, eu não suporto dançar -como Krystal dizia; "eu não tenho coordenação motora"- prefiro meus livros. Mellany não me falava do Ken e não seria eu a perguntar. No Brasil contávamos tudo uma para a outra. Aqui, era muito diferente. Mamãe apesar de "aparentar" estar feliz se dedicava inteiramente ao hospital, Mellany vivia mais com a esnobe da Rachel e "suas cachorrinhas do que comigo" e Britanny se dedicava a reclamar da distância da minha casa, a falar dos alunos da escola -já que era assistente da psicóloga- e por incrível que pareça se dedicar aos estudos, pois, suas notas caíra em estudos sociais e ela precisava manter sua bolsa.

     -É isso Matheus minha vida aqui, digamos que não é muito agitada. -Matheus havia me ligado pelo Skype e no momento eu estava conversando com ele pelo computador-.

     -Minha menina faz tanto tempo que eu não a vejo. Ele suspirou, me olhou profundamente -apesar de estarmos conversando pelo computador- e mordeu os lábios, de um jeito que eu amava. -Há uns quatro meses não é? Sinto sua falta.

     -É sim, você me abandonou, também sinto saudades. Eu meio que preciso de vocês três aqui comigo, essa cidade é muito chata, não fazemos nada aqui. Nem shopping tem sabia?

     -Se fosse com a Jennifer ela teria um ataque.  E ele me deu outro de seus belos sorrisos. -E quando poderei visitá-la Eve?

     -O dia que você quiser, e se vir traga as meninas, por favor, estou com muitas saudades. E o baile da primavera como foi?

     -Teria sido melhor se você estivesse lá comigo. Mas, minha menina, porque está com esse olhar tão triste?

     -Não é nada Math, só estou um pouco triste por não estar mais com vocês.

     Menti, essa tristeza tinha um nome {...}.

     -Então já arrumou algum namorado por ai? Ele fez uma expressão com o rosto adorável de tédio. -Espero que não.

     -Não Math, eu não tenho.

     -Você me espera? Disse Math com uma esperança no olhar.

     Eu não queria dar esperanças a ele, mas, também não queria decepcioná-lo. No momento estou muito confusa com relação ao Jas.

     -Eve! Fiz uma pergunta, tudo bem se disser não, mas, eu prefiro ouvir um sim. E soltou outro de seus sorrisos sexys.

     -Você sabe que as coisas não são assim, não posso prometer algo do tipo.

     -Tudo bem minha menina, quando eu for visitá-la além de levar as meninas, nós conversaremos. Tudo bem assim?

     -Tudo bem. Dei uma piscadela para ele e nos despedimos.

     Meu celular tocou, mas, não olhei o identificador de chamadas, apenas atendi. Do outro lado da linha ouvia apenas gritinhos irritantemente conhecidos.

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