Miss Atomic Bomb

2º Capítulo

- Um belo nome. – Ele disse – Combina com você.

- Nossa, veja o que temos aqui. Um galanteador de mão cheia!

- Não é verdade. – Ele deu uma risada tímida – Não sou bom com isso.

- Minha primeira impressão foi das melhores.

- Você é gentil.

- Ah, muito obrigada. – Ela sorriu e ele notou o sarcasmo dela, o que o inibiu um pouco.

Ela estava tão segura de si, enquanto ele estava medindo cada palavra que usaria. Se via aos pés dela, totalmente enfeitiçado e qualquer olhar de outro homem sobre o corpo daquela mulher já despertava incomodo da parte dele.

- Será que posso te pagar uma bebida? – Ele pediu.

- Seria um prazer.

Ele se levantou e foi até o balcão. Dentro de alguns minutos voltou com um drink e o entregou.

- É o meu favorito. – Ela observou – Como adivinhou?

- Eu sou Sherlock Holmes. – Ele deu uma risada longa.

- Boa piada.

- Não foi uma piada, eu realmente interpreto o papel dele em uma série.

- Ei! Eu bem que estava reconhecendo você de algum lugar.

- Agora já sabe de onde.

- Isso não é bom. – Ela desviou o olhar.

- O quê? Por quê?

- É um ator famoso.

- Sim. Isso é ruim?

- Pra mim é.

- Não estou entendendo o seu ponto de vista.

- Desculpa, mas eu não vou sair com um ator de novo.

- De novo? Então já esteve com um antes?

- Eu preciso ir. – Ela pegou rapidamente a sua bolsa e já estava se levantando, quando ele se pôs a frente dela.

- Zoey, por favor, fique.

Ela o examinou da cabeça aos pés, e deixou um sorriso aparecer. O formato do rosto dele a deixou intrigada, mas os seus olhos a hipnotizou.  

- Tudo bem. – Ela disse – Antes vou avisar a minha irmã que ficarei um pouco mais.

- Vou te esperar aqui.

- Certo. – Ela o contornou e logo se perdeu no meio da multidão. Ele ainda tentava a encontrar no meio de tantas outras pessoas, quando sentiu uma mão pesada em seu ombro.

- Benedict, eu já estou indo. – Era Tom Hiddleston.

- Ah, mas já, cara?

- Sim, eu estou cansado e eu não estou gostando muito daqui.

- Como não? Você sempre se diverte tanto.

- Eu te disse que não estava no clima. Não dá, Ben.

- Bom, então vamos.

- Não, você fica. Cadê a garota?

- Já está voltando.

- Ah, então, não vai embora.

- Tudo bem, mas olha, desse jeito vai acabar entrando em depressão.

- Eu vou ficar bem.

Benedict assentiu, e Tom pegou um carro de volta para casa, onde bebeu mais um pouco e dormiu no sofá, sem antes trocar de roupa.

- Demorei? – Zoey se aproximou.

- Não, foi até bem rápida. – Ele mentiu, o que fez ela rir.

- Ei, está tocando Human! – Ela disse, ao ouvir os primeiros acordes – Meu Deus, é de uma das minhas bandas favoritas! Vem!

Ela pegou a mão dele e o arrastou até a pista antes mesmo que ele pudesse pensar em tomar alguma atitude. Ele observava o jeito que ela dançava e cantava, tudo parecia divino, enquanto ela achava engraçado os passos do rapaz que tanto tentava impressioná-la.

Depois daquela música, todas pareceram ser animadas o suficiente para mantê-los elétricos sob as luzes fortes e coloridas.

Durante as batidas das músicas, as bebidas tomaram o seu lugar, e os dois perderam rapidamente a conta de quantos copos viraram. Logo tudo estava um tanto quanto zonzo para ambos, o que levou a eles saírem do local.

- Está bem mais frio aqui fora do que eu imaginava. – Ela reclamou, enquanto se encolhia e esfregava as mãos nos braços.

- Por favor, fique com o meu casaco. – Ele disse, já retirando o agasalho.

- Não, Benedict, não é necessário.

- Eu faço questão. – Insistiu, enquanto já o colocava sobre os ombros da moça.

- Sendo assim, obrigada. – Ela sorriu – Vou pegar um táxi.

- Vamos no meu carro.

- Você está bêbado. E minha casa fica há dois quarteirões.

- Você também está.

- Eu disse que vou pegar um táxi.

- De qualquer forma, eu vou de carro.

- Bom, eu não vou deixar que você arrisque sua vida sozinho.

- É uma aventureira?

- A maior.

Eles entraram no carro, e com dificuldade Zoey o conduziu até o seu endereço. Ele estacionou o carro um pouco acima da calçada, bem na frente da casa dela.

- Estacionou direitinho. – Ela disse ao observar o carro, já do lado de fora, e tendo uma crise de risos.

- Boa noite, Zoey. – Ele se despediu.

- Eu acho melhor você passar a noite aqui.