Nos dias seguintes, foram inúmeras as tentativas de reconciliação da parte de Benedict, mas foram todas em vão, certamente, já que ele havia ferido tão cruelmente o orgulho de Zoey, coisa que ela não permitiria que viesse de pessoa alguma do mundo.
- Você está sendo infantil. - Elizabeth dizia, enquanto andava de um lado para o outro. - Não vê que isso está te ferindo mais do que a qualquer um?
- Liza, você precisa entender o meu lado. - Zoey tentou.
- Não, eu preciso deixar claro o quão idiota você está sendo. Ele está a sua disposição agora, mas não pelo resto da vida. E fora que ele é o pai do seu filho.
- Não quero falar sobre isso.
- E por que não?
- Você precisava ver a reação do Tom quando soube. Ele sempre disse que o nosso primeiro bebê seria uma menina, e que seria tão linda quanto eu.
- Já entendi tudo.
- Tudo o quê?
- Tá dispensando o Ben, porque prefere o Tom.
- Patético.
- Nem vem, você sabe que é verdade.
- Mas e se for?
- Aí só te dando uns tapas pra você acordar pra vida.
- Elizabeth, o Benedict errou tanto quanto o Thomas!
- Mas o esperma dele acertou direitinho. - Disse, e depois soltando uma longa e sonora risada.
- Sem piadinhas, esse assunto é sério.
- É claro que é, mas você piora tudo.
- Não enche.
- Agora eu sou a errada de reclamar?
- Eu não volto pra nenhum dos dois, assim não temos problemas.
- Nenhum problema, exceto você chorando pelos cantos e depois com um bebê nos braços pra cuidar sozinha.
- Eu não vou proibir o Benedict de ver o filho.
- Ah, quer saber? Faz o que você achar melhor. - E saiu em passos pesados para outro cômodo do grande estúdio de fotos de Zoey.
Ela posicionou sua câmera no tripé, e tirou mais algumas fotos das paisagens que pretendia para sua nova exposição. Testou algumas posições e locais, mas nada parecia ficar bom.
- Espero não estar atrapalhando. - Uma voz masculina e muito conhecida se tornou cada vez mais próxima, até que o seu dono, Benedict, aparecesse e se sentasse ao lado da moça que parecia estar com a cabeça em outro mundo.
- Benedict?! O que...?
- Espera, me deixe falar antes. - Ele cortou. - Só vim me desculpar.
- Pelo o quê?
- Ah, você sabe. Andei pegando no seu pé durante a semana toda, devia ter te dado um tempo.
- Sim, você devia. - Ela disse, mais fria que um cubo de gelo. - Mas que bom que não fez. - E esboçou um sorriso tímido.
- O que? - Ele parecia confuso. - Eu ouvi direito?
- Se ouviu que eu fiquei feliz pela sua insistência, sim, ouviu corretamente.
- Mesmo?
Ela aceitou com um gesto feito pela cabeça.
- Mas então por que nem ao menos falou comigo?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Miss Atomic Bomb
RandomA quem ela deveria afinal, entregar o seu amor: o primeiro, que no passado a feriu; ou ao segundo, que para conquistar o seu amor, traiu a promessa que fez ao melhor amigo?