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É véspera de natal e neva bastante. O dia apenas iniciou, o sol mal aparecera e Jackson já está fora da enorme mansão de cor marfim onde mora. Ou pelo menos, costumava morar.

Ele põe cuidadosa e silenciosamente suas duas malas de tamanhos distintos no grande porta-malas do carro esportivo preto, que ganhara da mãe no seu tão esperado aniversário de vinte e dois anos. A neve e toda a chuva por si só ja fazem bastante barulho, mas ele foi cuidadoso em não chamar atenção. Não queria e não podia ser notado ali.

O rapaz entra as pressas no carro, temendo pegar um bruto resfriado se não saísse debaixo da neve. Ele então entra, senta-se no aconchegante banco de couro de cor marrom e apalpa seus bolsos.

A chave nao está lá. — Inferno! – ele sussurra para si, movendo rápido seu corpo para fora do carro e correndo direto para a porta da casa, ja bastante coberto por neve.

Devagar ele entra, bate os pés calçados com botas pretas pesadas no tapete luxuoso da porta de entrada.

Um suspiro de alivio sai de seu peito quando ele entra. Ali dentro está tao quentinho...

Ele olha em volta. Olha mais uma vez, e depois mais uma.

— Sou grato por tudo o que fizeram, mãe e pai. – Jackson fala sozinho, enquanto observa cada canto daquela sala vazia, cada momento que viveu com a familia ali naquela casa passa como um filme em sua mente. — Eu gostaria de poder ficar, mas vocês não me deram outra escolha.

Ele passa o dedo na única lágrima que escapou de seu olho, agarra a chave do seu carro em cima do móvel robusto de madeira ao lado da porta, e vai embora. Embora, dessa vez, pra sempre.

Ele olha uma última vez para a sua casa, já de dentro do carro.

— Feliz natal.

Sussurrou, e deu partida no carro.

the answer » markjinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora