dois.

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O caminho da sua casa na colina até a cidade estava coberto por neve. Jackson agradeceu pelo seu carro ter potência o suficiente para ultrapassa-la.

Depois de um certo percurso a neve ja não estava tao acumulada no asfalto e ele pôde fazer sua viagem até o aeroporto sem precisar se preocupar tanto.

Tudo na cidade estava enfeitado em tema natalino. O café-livraria preferido de sua mãe continha luzes piscantes de cima a baixo, e Jackson sorriu por um segundo antes de lembrar que nunca mais a veria novamente, nunca mais sentiria a sensação de ver o quão feliz e animada ela ficava quando eles visitavam o lugar.

— Seja forte, lembre-se que é pro seu bem que você está fazendo isso. – pensou.

Ele ouve uma vibração, olha para o lado rapidamente pois não podia tirar os olhos da estrada, principalmente nas condições chuvosas em que ela estava.

Era o seu celular, ele vibrava por conta de uma ligação que recebera. Jackson então, visto quem tinha ligado, pensou muito antes de decidir parar, ou simplesmente jogar o celular pela janela.

Ele então para o carro num estacionamento, perto de um posto de gasolina. Por conta do frio ele corre para dentro da loja de conveniência e escolhe a mesa do canto.

Olha para o celular e novamente ligam.

Jackson atende.

— A-alô?

— Feliz véspera de natal, jack. – Uma voz masculina fala através do celular, animada apesar de um pouco sonolenta.

Era Mark.

O coração de Jackson quase para. Ele nao conseguia segurar o aperto no peito sobre o que estava fazendo e ouvir a voz de Mark o fez desmoronar.

— Hey, jack? O que é isso? Está chorando? – Mark fica confuso assim que compreende que o namorado está chorando do outro lado da linha.

Jackson apenas desliga a ligação, sai da loja de conveniência e encaixa o celular em baixo do pneu do seu carro.

Em segundos ele entra no automóvel e da a partida. Seu celular completamente estraçalhado deixado para trás.

the answer » markjinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora