Quando Jackson abre os olhos, o quarto ja está bastante iluminado e falta-lhe um pouco a noção de onde está. Depois de uns segundos observando, consegue assimilar tudo. Ele está num dormitório compartilhado, com um estudante de línguas, na Coreia do Sul. O quarto é um cubículo branco com uma única janela estreita de vidro, uma beliche, um banheiro, alguns armários para guardar roupas e a estante de Jinyoung.Sem perceber e por impulso, procura o seu celular pela cama, mas quando lembra do que fizera com o aparelho, ele grunge de raiva. Terá que pegar um pouco do seu dinheiro para comprar um novo.
Ele senta na casa e observa a janela apenas com um dos olhos abertos. Ele então olha pra baixo e percebe o que está vestindo, e como um ato de nojo tira o pijama o mais rápido possível.
Durou tempos até que Jackson finalmente levantasse da cama e fosse tomar banho. Jinyoung não estava no quarto e sinceramente, Jackson preferiu assim.
x x x
Ele desce para o pátio barulhento ja bem cedo e a maioria das pessoas ali eram estudantes, uns ainda vestidos com uniformes colegiais. Passara apenas uma hora do café da manhã, mas mesmo assim ele não poderia mais recebe-lo, a não ser que pagasse. Ele escolheu ficar com fome mesmo. Para essa manhã ele tem outros planos.
— Bom dia. – Jackson tentou falar em coreano para Jungwoo, o recepcionista, que lançou um olhar férvido para Jackson.
O rapaz faz um gesto com os dedos que lembrava um celular. Era mais fácil assim do que tentar falar em coreano e acabar o desrespeitando. Seu dedão da mão apontava para a sua orelha enquanto o mindinho apontava para sua boca.
O homem no inicio não entendeu o que Jackson queria dizer, depois de alguns minutos ele aponta para uma sala pequena, no final do pátio. Era ali que Jackson conseguiria um telefone.
Ele caminha ate a sala em passos lentos, mas profundos, estava suando frio e não tinha muita certeza se estava acordado ou não.
— Preciso fazer um telefonema, tem como? – Felizmente ele faz o pedido em perfeito coreano, resultado do pequeno conhecimento que teve da ultima vez que veio. Uma das funcionarias o entrega um celular antigo, claramente usado apenas para fazer ligações.
Jackson está gelado, ele mal consegue digitar os números. Sua mão treme e seu coração prestes a saltar pela boca.
Ele então inicia a ligação e está chamando.
Alguem atende.
— Alô?
— Oi, Mark. – A voz de Jackson quase sem som.
Um silencio se formou e Jackson chamou por Mark mais algumas vezes, enquanto olhava no ecrã para ter certeza se tinha discado o numero certo.
— Jackson, é você? Que numero é esse? Onde voce ta?
A voz de Mark leva Jackson ao céu e ao inferno ao mesmo tempo. Ele não sabe se vai aguentar muito tempo sem chorar.
— V-você está bem? – a voz de Jackson é calma e sonolenta, camuflando seu nervosismo.
— Sim, eu estou, mas estou preocupado, voce nao me atende desde ontem, fui na sua casa e vc nao estava la-
— Você foi na minha casa? – Jackson estremece, ele não está preparado pra ter noticias sobre seus pais.
— Sim, eu fui. – Mark responde.
— Como estão todos?
— Porque você fala assim, como se tivesse ido embora ou coisa parecida? – um pouco de ironia na voz de Mark e Jackson respira fundo.
— É por que eu vim mesmo, Mark.
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the answer » markjinson
Fanfiction« A sua verdadeira felicidade pode estar à um passo de distância ou, do outro lado do mundo. »