Capítulo 8: Vamos fingir que estamos bem

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~ Quem nunca foi dormir chorando e acordou sorrindo só pra disfarçar?
- Autor desconhecido ~

Abro os olhos com dificuldade e o sol quase que perfura meu crânio. Me levanto e uma tremenda dor de cabeça me sobrevem.
Olho os lados da casa e todos estão jogados no chão, junto com toda a bedida.

Me espreguiço e vou para o banheiro fazer minha higiene e tomar um banho quente.

Quando saio, me visto e vou em direção a gaveta de remédios, pois todos nós estamos precisando.

Começo a ter flashs da noite de ontem, e lembro de som alto, todos nós gritando no ritmo da música, e parece que os vizinhos não gostaram muito.

Frito um ovo para comer, e escuto barulhos vindo da sala.

Eu - Alguém acordou? (Falo alto pois estou na cozinha).

- NÃO GRITA! (Alexia responde, gritando).

Eu - Sério que é eu que tô gritando? (Falo pra mim mesma e solto uma risada baixa).

Alexia - Falou alguma coisa?

Eu - Não, nada.

Começo agora, a fritar ovos para todos, pois estão acordando, e começo a fazer café.
Eu odeio café, mas eles amam. Então, nada contra.

- Que ressaca do caralho! (João fala com a mão na cabeça). Vir pra casa da Emely só dá nisso.

Eu - Ei! Eu não te obriguei a beber (Respondo incrédula).

João - Mas você comprou e colocou elas perto de mim.

Eu - Você estava sentando no frizzer!

Alexia - Sério? (Ela começa a gargalhar e senta na cadeira, da mesa).

João - Pois eu queria refrescar minha bunda. Não posso?

Eu - Não no meu frizzer (Jogo um pedaço de pão dele, mas ele se esquiva).

~ Ingrid narrando ~

Agora de manhã, arrumei todas as minhas coisas, poucas.

Preparei um café da manhã agradável, e preparei meu psicológico para mais um dia difícil.

Quando entro no avião, entro decidida a voltar para aquela faculdade e só voltar aqui, daqui a três meses.
Entro decidida a deixar os ventos e as lembranças voarem.
Decidida a viver, por mim.

- Passaporte moça.

Lhe entrego e ela sorri. Ela tem lindos olhos verdes, cabelos loiros e um lindo sorriso. Mas não se compara ao sorriso da Emely.
Mas hoje, estou decidida a deixar tudo pra trás, e enxergar que sim, existem sorrisos mais lindos, mulheres mais lindas, e um romance mais lindo para que eu posso viver.

Quando recolho meus documentos, corro para meu assento no avião, e partindo, para novas descobertas.

~ Emely narrando ~

Eu - Quando que vocês vão crescer em? (Bufo e eles continuam rindo).

Nah - Quando você deixar de ser chata! (Ela joga outra pipoca em mim, e eu bufo outra vez).

Henrique - Relaxa amor (Ele acaricia meu braço e eu o encaro). Temos algo guardado.

Eu - Temos?

Henrique - Ah. Temos sim (Ele sorri maliciosamente e retira um travesseiro de detrás das costas e acerta a cabeça do João).

João - Puta merda! Agora você vai ver! (Ele joga um travesseiro, que acidentalmente acerta a Nah, e ela não fica muito alegrinha não).

Nah - Nossa! Seu filho da mãe! (Ela voa em cima dele e agora Alexia que está jogando travesseiros nela).

Alexia - Chega de mortes não acha?

Nah - Rum (Ela bufa e sai de cima dele, para lhe acertar com uma travesseirada).

E é assim que termina a manhã.

* Uma semana depois *

~ Ingrid narrando ~

Quando termino meu banho, pego minhas roupas jogadas ao chão, e me visto rapidamente.

- Já vai amor?

Eu - Já (Falo seca e ela me encara).

- Não quer outro programa? (Ela caminha de quatro pela cama, vindo até mim).

Eu - Não. Obrigado.

- Vai amor. Você é tão gostosa (Ela morde os lábios, mas fixo meus olhos nos meus sapatos desamarrados).

Eu - Obrigada pelo elogio. Mas eu não quero. Não você.

- Então por que me escolheu para te satisfazer? (Ela levanta brava e cobre o corpo com o lençol).

Eu - Porque eu queria ver se conseguia fingir que você era a minha ex. Mas não deu. Você nunca vai ser melhor que ela. Em nada. Isso não passou de um sexo de uma noite.

- Ok. Tá ótimo. Mas quando quiser transar com uma garota de programa, não venha aqui, procurando uma garota baixa, de cabelos cacheados, só porque parece com a sua EX! (Ela grita a ultima palavra, mas ignoro tudo o que ela disse).

Abro a porta e saio daquele lugar. Ainda não acredito que me submeti a tal ato.
Transar com uma prostituta, só pra ver se ela me dava o prazer que a Emely dava? Passei dos limites!

Corro para minha cama, assim que chego na minha casa. Começo a limpar meu corpo para tirar vestígios daquela mulher.
Lágrimas começam a querer sair e eu não as impeço.
Limpo meus braços e pescoço, e as lágrimas banha-os também.
Não acredito que tô fazendo isso.
Não consigo esquecê-la. Posso transar com quantas eu quiser, mas não vou esquecê-la.
Ela foi a primeira. Meu primeiro amor, minha primeira amante, a primeira alma a quem me entreguei..

~ Emely narrando ~

Corro para a faculdade, para que eu não ganhe uma bela bronca por estar atrasada.
As aulas e ensaios estão MUITO pesados, quase não durmo, nem respiro.
Henrique tenta me aliviar com massagens e um pouco de brincadeiras obscenas, que eu amo, mas não cura tudo.
Estou muito cansada e dolorida de Tantos ensaios e mais ensaios.
É uma peça gigante de mais de SEIS HORAS. Sou a protagonista, o que faz com que eu sempre tenha que ficar no palco, o que me cansa.

Mas no meio de tudo isso, está os preparativos do casamento. As alianças já foram encomendadas, as medidas do meu corpo já foram tiradas, para arrumar o vestido.
Os convites estão sendo feitos e estamos guardando dinheiro para os outros detalhes.

Flores, Juíz, Chácara, damas de honra, os padrinhos, as escalas, a cor de tudo..

Mas vai ser lindo. O casamento dos meus sonhos!

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Oiii Gente!!

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