Capítulo 21: Dia inesquecível

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Falta exatamente Vinte minutos para ela chegar. Estou super hiper mega multi nervosa, por que meu tio entrou de férias ontem, LOGO ONTEM, e está em casa. O que irá acontecer meu Deus?
O desespero toma conta de mim e eu só espero a hora chegar.
E sem esquecer, o remédio começou a fazer efeito durante a madrugada. Senti péssimos efeitos colaterais, mas vale a pena.

Tia - Emely, arruma a casa tá?! O Carlos (meu tio) vai sair. Ele vai no fisioterapeuta.

Eu - Tá. Mas o tornozelo dele melhorou com as outras fisioterapias?

Tia - Tá melhorando. Tchau. Tô atrasada.

Eu - Épico (sussurro). Ele vai que horas?

Tia - 14:00.

Bem.. 14:00 é a hora que Ingrid vem, e eu estou sem a chave. Que droga. O que vou fazer?
Meu tio tá se arrumando quando ouço o interfone e corro para atender.

Eu - Quem é?

- É Ingrid (responde pelo interfone).

Eu - Ata! Tô descendo.

Tio - Quem é? (Aparece na minha frente com a boca cheia de creme dental).

Eu - É uma menina que estuda comigo.

Tio - Ata.

Corro e desço as escadas e dou de cara com ela.

Eu - Ah.. oi! Carlos ainda tá aqui.

Ingrid - Que merda.

Eu - Pois é. Vai entrar? (Ela balança a cabeça dizendo Não e ouço pés descendo as escadas com pressa).

Eu - Ah.. certo. Tem certeza que não quer entrar?

Ingrid - Tenho.

Meu tio pega a bicicleta, lhe dá um oi e se olha no espelho antes de ir.

Tio - Vai precisar da chave?

Eu - Não. N-na verdade vou. Pode levar. N-n-ã-o-o. É... vou querer a chave. Pode ser. Pode deixar (Gaguejo e ele percebe meu nervosismo). Merda! (Exclamo baixinho).

Tio - Tá... (Ele ergue a sombrancelha e percebe que estou escondendo algo). Quando eu chegar, eu chamo no interfone.

Eu - Tá.

Ele vai embora e Ingrid finalmente entra.
Ficamos no sofá, dandos longos beijos, mas a puxo para o quarto.
Não consigo esconder minha excitação, é sempre muito intenso ao seu lado.
Ficamos nuas, apenas de calcinha. Ela me tortura com seus lábios e dedos, o que me deixa mais frenética.
Passo minha perna entre as suas e encaixo nossos quadris.

Eu - Isso, é por que você está me torturando demais. (Puxo sua calcinha para baixo, mas ela me para).

Ingrid - Não. Eu que vou te torturar.

Eu - Ata.

Ingrid - É sério. Posso?

Beijos longos e fortes. Uma lenta tortura vai subindo.
Não consigo evitar os sons que faço, por mais embaraçosos que sejam.
Ela fecha os olhos enquanto me cobre com sua boca, e o gemido que acompanha esse gesto faz meus ossos vibrarem. Ela se apressa e tudo o que posso fazer é fechar os olhos e agarrar os lençóis. Eu não tenho ideia do que ela está fazendo com a língua, mas a sensação é incrível.
Ela sabe o que faz. Está segura de si. Ela é boa. É incrível. Quando me contorço em resposta, ela enrosca nossos dedos e me chupa com mais força. Nunca senti nada igual. Para uma garota virgem, sua habilidade é... ah, Deus...
Um calor sobe meu pescoço, enquanto o prazer gira por dentro de mim. Ela agarra mais minha mãos, e aquela língua está tão magicamente fantástica, que quase quebro seus dedos. Não consigo fazer nada, então me contento em ofegar. A adrenalina corre pelo meu corpo enquanto estou numa corda bamba de sensações. Ela usa muito bem a língua, e eu já estou praticamente vibrando com a contenção. Isso é mais que desejo, é até mais que amor. É imperativo. Necessidade irracional animal.

Último toque de língua e um gesto dos dedos, me faz desabar, tonta e sem fôlego. Não consigo me mexer. Meu cérebro desligou. Ela sobe e me beija. Consigo juntar forças para passar os dedos pelos seus cabelos.
Não consigo falar. Palavras são irrelevantes aliás. Como se isso pudesse ser descrito. Eu poderia falar todas as línguas do mundo, mesmo assim, não teria palavras suficientes para explicar como me sinto em relação a esta garota.
Isso é precioso. É amor. É algo que nunca estaremos seguras, por que sabemos como é ficar sem isso.
Ela fica tensa e imóvel, pelo o que parece minutos, e depois o alívio pesado toma conta e ela afunda e me envolve. Com o corpo todo. Ficamos abraçadas, respirações ofegantes. Em êxtase. Mais apaixonadas uma pela outra do que jamais imaginaríamos ser possível. Penso em como estávamos a alguns dias e fico maravilhada com o lugar onde estou hoje. É difícil acreditar.
Nenhuma de nós é perfeita, isso é certo, mas quando estamos juntas nossas deficiências são complementadas pelos pontos fortes da outra.
Quando olho para Ingrid agora, não vejo apenas a jovem sofrida que me machucou em uma tentativa equivocada de me proteger. Vejo a garota que lutou contra a dúvida e a escuridão interna, e esforçou-se com todas as suas forças para mudar.
Estamos de lado. Nos beijamos e nos roçamos, e é tudo tão gostoso. Nossas bocas são delicadas, mas todo o resto está pesado de tesão. Essa é a parte que me deixa nervosa. Quero-a mais do que já quis qualquer pessoa.
Eu a amo. E todas as coisas que estou sentindo por ela neste momento, é como se eu estivesse à beira de explodir.
Ela tira a calcinha e lhe chupo por um pouco, ela fecha os olhos com força. Ela é perfeita.
Quando paro, deito-nos de lado e enrosco minhas pernas em torno dela e apenas a mantenho imóvel. Consigo sentir seu pânico borbulhando e subindo.
Subo em cima dela e a beijo profundamente. Beijo seu pescoço, mordo sua orelha.

Eu - Eu te amo (Sussurro em seu ouvido).

Ela não responde. A beijo e enfio o rosto em seu pescoço. Ficamos em silêncio, ouvindo nossas respirações ofegantes.

Destino Complicado ♡ (Romance)Onde histórias criam vida. Descubra agora