*Final 1*

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Ao Farol - Virginia Woolf

"Eles se tornavam parte daquele irreal mas penetrante e emocionante universo que é o mundo visto pelos olhos do amor."

*

Eu - Muito obrigado minha flor. Eu amei a surpresa.

- De nada titia di (Mayara me abraça e eu inalo o cheirinho doce de seus cabelos. Cheiro de criança).

Eu - Eu amo você.

May - Amo você titia di.

- Filha vamos (Uma voz doce atravessa meus ouvidos e encaro a maior perfeição a minha frente).

Ela está com um vestido preto da cor do pecado. Curto, do tamanho de minha felicidade, por não poder fazê-la minha.
Com decote, debochada e matadora.
Cabelos soltos e cacheados. Um boneca.
Corpo tão perfeito, que nem parece que teve uma filha.

Que é uma boneca. Igual a mãe.

Igual o pai também. Não posso negar que ele é bonito. Os olhos dele são grandiosos, a Eve deve se derreter.

E eu aqui, me derretendo por ela até hoje. E agora, pela filha dela. Que é uma boneca e deixa meus dias melhores, mais brilhantes, menos... suicidas.

Eu - Vai lá princesa (Beijo sua bochecha e ela faz o mesmo). Obrigado mais uma vez.

May - De nada titia.

Evellin - Vamos amor. Temos que ir. O papai tá esperando (Ela pega na mãozinha da menina e da tchau pra mim, pra ser educada, e as mulheres mais lindas que já vi na vida, atravessam a porta e saem).

~ Emely narrando ~

Eu - Como foi no escritório?

Henrique - Bem. Consegui as férias e tudo o que tenho direito por todos esses anos lá. Mas não foi fácil.

Eu - Que bom que conseguiu amor.

Henrique - Tudo por vocês (Me beija e acaricia meu rosto).

Eu - Eu gostaria de falar com você sobre abrir um novo negócio.

Henrique - Tipo? (Ele levanta a sombrancelha e meu coração erra uma batida).

Eu - Ah.. é.. u-uma galeria (Falo de uma vez antes que eu me arrependa. E... tarde demais).

Henrique - Galeria? Não tem muitos pintores por esta cidade amor. Talvez tenha um ou dois, mas são fracos, tanto é, que nem sabemos se existem.

Eu - Mas eles podem vim pra cá amor. Somos pessoas reconhecidas. Eles podem querer suas obras de artes em exposição na nossa galeria.

Henrique - Por que essa ideia de galeria agora? Do nada? (Ele cruza os braços já sabendo a resposta).

Eu - Por nada... eu só.. queria reconhecer os trabalhos de pessoas que merecem..

Henrique - Tipo a querida titia Di? Ou, como é mais conhecida, a Ingrid?

Eu - Olha eu não quero que você comece a achar que ainda sinto algo por ela porque nã..

Henrique - Eu sei que não (Fala antes que eu termine a frase). Mas por que esse interesse repentino em querer que os desenhos e pinturas dela sejam expostos?

Eu - Porque eu sou uma pessoa boa Henri. E quando eu sei que alguma coisa é boa, eu não a escondo (Falo firme e saio antes que ele responda e talvez essa conversa vire briga).

(...)

- Uau. Eu.. não sabia que um dia você iria falar tão firme de mim pro Henrique.

Eu - Eu só quero mostrar pras pessoas o quão boa você é (Ela me olha e sorri de lado). Mas não quero que você ache que estou fazendo isso por que ainda existe sentimento.

Destino Complicado ♡ (Romance)Onde histórias criam vida. Descubra agora