Clark olha desapontado Lois se distanciar da fazenda Kent. Algo matutava na cabeça dele, não entendia como Chloe pudera mudar tanto ou seria que ela sempre havia sido assim e ele que nunca enxergou? Os olhos azulados perdiam o brilho e consigo trazia uma intuição nada boa a respeito daquele passeio. Kal-El estava prostrado na janela do celeiro, avistava o ceu e sua imensidão, aquilo de certa forma o confortava e o fazia sentir mais perto de casa. Estava perdido em seus pensamentos, nas palavras de Chloe e nos ensinamentos de Jor-El. Como ele poderia ser o salvador se nem podia salvar a si mesmo de uma guerra contra Lex Luthor?
—Não precisa esperar uma estrela cadente, eu posso realizar o seu desejo. rsrs.
—Lutessa? -Disse Clark ao se virar e percartar-se de sua inusitada presença.
—Já que Maomé não vai à montanha...
—A montanha vai à Maomé. -Completou ele com um meio sorriso.
NO TALON
Lois batia o pé impaciente, mordia os lábios e observava cada detalhe daquele apartamento. Nunca havia percebido o mau gosto nas cores ou o quão pequeno era para abrigá-la. Tudo continuava do mesmo jeito, desde a última vez que o frequentou.
—Meu estômago tá tão ansioso que não pára de reclamar com seus grunhidos irritantes. Tô me sentindo uma selvagem! -Resmungava desde o sofá.
—Calma, Lo.
Enquanto não sai do microondas, eu vou buscar uns cappuccinos pra nós duas. -Avisou a loira com seu enorme sorriso e simpatia de sempre.
—Eu vou com você! -Sinalou.
—Lois, é aqui embaixo. Eu não preciso de guarda-costas!
—Ok!
Não tá mais aqui quem falou. -Disse escondendo seu tédio e gesticulando com os braços.
—Já volto! -Quando a loirinha abriu a porta ficou congelada. Seus olhos ficaram fixados naquela presença masculina.
—Qual é, Chloe. Vai ficar ai feito uma estátua ou vai matar quem me mata? -Perguntou Lois aparecendo por trás da loira. Lois estava levando tudo numa boa, estava impaciente mas era de costume e sua prima a conhecia o suficiente para saber que ela era assim sempre. O olhar de Lois buscou aquilo que se escondia na frente da prima e foi frustante quando se deu conta de quem se tratava.
—Lex? -Titubou a repórter do antigo High School Smallville.
—O que esse cara faz aqui? -Perguntou Lane puxando Chloe para trás e assumindo o lugar dela, a filha de Sam falou de uma forma insatisfeita e investigativa.
—Com licença?! -Pediu Lex segundos antes de ignorar as duas mulheres na porta e adentrar no recinto. Lois sentia que iria pular no pescoço daquele careca à qualquer momento. Sullivan por sua vez não parecia tão incomodada.
—Pode colocar o rabinho entre as pernas e ir saindo da casa da minha prima, Luthor. Você não tem nada o que fazer aqui! -Alegou Lane ríspida e nervosa.
—Se engana, querida.
Eu tenho algo muito precioso neste lugar e só sairei daqui com o que é meu por direito.
—Por favor, não é o momento para...-Chloe foi interrompida.
—Momento para que, Chloe? O que está acontecendo aqui? -Perguntou intrigada e sentindo um arrepio na espinha. Aquilo não lhe cheirava bem.
—Não contaram-lhe a verdade? Típico do Clark.
—Está blefando. Clark jamais me esconderia algo! -Disse com firmeza, encarando-o com desprezo.
—Não, Lo.
Eu sei que é difícil para você mas o Lex esta sendo sincero. -Defendeu-o sentindo uma pontada de culpa.
Lois estava atônita, estava com dificuldade para respirar. Seus batimentos cardíacos estavam descompassados, o coração estava apertado e tinha um nó na garganta. Seus olhos marejaram ao se sentir enganada. Se tinha algo que Lois jamais esperaria, era que Clark Kent, o caipira mentisse para ela algum dia em sua medíocre vida. Chloe estava com olhar fixado na reação da prima, era evidente o impacto daquela conversa, Lois estava pálida e Lex também se preocupou diante do silêncio de uma tagarela como Lois Lane.
—O nosso dia de primas você termina com o Lex. -Disse engolindo o choro e criando coragem para sair dali. O ar estava pesado e ela precisava esclarecer aquilo tudo olhando Clark nos olhos.
—Receio que não seja possível, querida.
O meu lugar é ao seu lado, já que diante da corte, somos um casal! -Disparou Luthor sem nenhuma piedade, ele não a deixaria ir correndo para os braços do seu rival.
—Eu não sei que drogas andou usando, mas com certeza esta alucinando. -Disparou Lane apática sem perder a compostura. Ela não deu trela as provocações daquele careca idiota, como ela mesma se dizia mentalmente e saiu porta afora, mas para a sua surpresa dois homens a seguraram à força e em seguida Lex apareceu novamente com Chloe em seu percalço.
—Não vai à lugar algum sem o seu marido, querida. -Disse sarcástico.
—Você está louco! -Gritou tentando se safar dos "peões" do bilionário.
—Eu não queria chegar a esse extremo, mas você não me deixou outra alternativa, meu bem.
—Você casou com o Lex, Lo.
Há seis meses que estão juntos, você tem que voltar com ele, é o seu dever. -Declarou a loirinha tentando persuadir a prima.
Lois a mirou com olhar frieza e repulsa. Como alguém do seu sangue poderia trai-la? Por que? Era óbvio que o seu lugar era ao lado de Clark. Havia algo muito errado, jamais se casaria com Lex Luthor, ele era tudo o que ela mais rechaçava em um homem. A filha de Sam usou de suas artimanhas e logrou escapar dos dois marmanjos, ela saiu correndo até o lado de fora do Talon. Para onde iria? e como? sua mente estava um caos. Estava sem sua bolsa e sem o celular. A repórter correu até uma cabine telefônica próxima dali...
—Atende! Vamos, Clark, atende! -Dizia quase que sussurrando, enquanto batia o pé esquerdo compulsivamente, sinal de ansiedade e nervosismo. Seu olhar estava preso em direção à avenida que dava acesso ao Talon.
A outra metade de Kal-El desanimou e saiu da cabine telefônica, foi nesse instante em que alguém a segurou por trás e ela viu pouco a pouco as coisas escurecerem. "Droga! Algum "Son Of a Bitch"usou clorofórmio em mim." pensava ela. estava fraca e seu corpo não respondia mais, não demorou muito até perder a razão.
CONTINUA?
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Revivendo o Passado.
Fiksi PenggemarQuando um homem invejoso e poderoso decide acabar com a vida de um extraordinário ser humano, sua ação é fazê-lo sofrer de uma forma que ele não quisesse ter nascido, mas a vida põe tudo no seu devido lugar.