Parecia que Alice estava andando sobre um pedaço de barbante. Ora ou outra, seus pés escorregavam pelo caminho e ela saía de cima da linha. Quando se dava conta que estava fora, corria para voltar e continuar do modo certo. Ela se lembrava do manual do que não fazer, e isso a corroía quando cometia um erro.
Ser a certinha era uma tarefa difícil e, ao mesmo tempo, uma que não cabia à garota cheia de sonhos. Alice não sabia andar a rédeas curtas e o tempo caminhava para sua explosão. Até quando a menina franzina iria aguentar? Chutaria o balde de uma vez ou se retrairia mais ainda pro mundo?
Talvez um certo garoto com cara de pagodeiro, como apontou sua melhor amiga, pudesse lhe dar o empurrãozinho que faltava.
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Caixinha de Sonhos da Alice
PoetryUm conjunto de pensamentos de uma menina chamada Alice, mantidos dentro de uma caixinha infinita de sonhos. Postagens diárias.