Comunhão

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Quando aquela estrela brilha,

Minha casa a onde sei que regressarei

Um dia, eu aqui

Sou uma pedra estática, um monólito a esperar

Que num dia ou numa noite desperto

De asas abertas,

Venha me buscar aquele que lá deixei,

E que me tomará no colo (ou no lombo)

Com carinho,

Me dará um abraço tão apertado que estremecerei

E me levará de volta com sua cauda azul,

Sua plumagem de seda

Seus olhos verdes de íris

Sinalizando entre as estrelas

(Esta cauda, este enorme rastro opalescente)

O destino apontado que é o meu

E o qual seguirei sem temor, pois sei

Que não mais estarei sozinho.

Poemas por HoraOnde histórias criam vida. Descubra agora