Casado com o Humano

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Do pó veio e

Ao pó voltará.

A poeira acumulando-se nas

Frestas, as teias de aranhas caras,

As traças na tábua, nos papeis,

Nos retratos de agora, nos bibelôs

Sobre o criado-mudo.

Compaixão! Compaixão é o que resta

Para os rostos inexpressivos, para os acenos

De chegada, para os apertos frouxos das mãos.

Compaixão por tudo e todos

Filhos genealógicos do efêmero,

Mesmo que seja pouco o abraço e o beijo,

Aqui, nas cidadezinhas, nas metrópoles,

Nas igrejas em seu badalar de horas,

AGORA.

Sim, estamos viventes e o que verdadeiramente importa...

Perpetuamente.

Poemas por HoraOnde histórias criam vida. Descubra agora