05| Touch

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Então, você não vai pegar? Eu sinto, pela primeira vez, que não estou fingindo. Com os dedos nos meus botões e agora você está brincando comigo, mestre da antecipação, não guarde tudo pra você. Apenas um toque do seu amor é suficiente, para me satisfazer por toda a semana. Apenas um toque do seu amor é suficiente. Para assumir o controle de todo o meu corpo. — Little Mix

— Eu não posso acreditar na cara de pau desse cara. — Charlotte enrola meu cabelo enquanto edito um projeto no computador.

— Sim. — Eu digo sem prestar atenção no que ela diz.

— Estou realmente ansiosa para ver o rosto de Nicholas quando vir você. — Ela puxa meus cabelos para trás.

— Certo.

— Laila! — Ela bufa trazendo o babyliss para perto do meu rosto.

— Estou ouvindo. — Minto, salvando o projeto.

— Você esta pronta. — Ela ignora minha mentira e sai pulando até o espelho, reviro os olhos indo atrás.

O vestido que Charlotte fez realça minha pele. O decote e mais aberto que eu normalmente uso, mas não a ponto de parecer vulgar, ele é colado no busto e solto logo abaixo indo ate o meio da minha coxa. Meu cabelo tem alguns cachos. Minha maquiagem era leve com um delineador marcando bem os olhos.

Certo, eu parecia bem.

— Você está linda. — Charlotte apoia a cabeça nas mãos cruzadas e sorri, reviro os olhos.

Mas sou impedida de responder quando a campainha toca.

— Deve ser seu encontro. — Ela cantarola seguindo para a sala. — Como ele sabe onde moramos? — Ela pergunta confusa.

Mordo o lábio lembrando como nos conhecemos.

— Vou pegar minha bolsa. Abra a porta. — Eu sigo para o quarto pensando se passo ou não batom, decidindo por não eu jogo dentro da bolsa junto com meu celular e carteira. Espero para ouvir vozes na sala, mas se Nicholas e Charlotte conversam é realmente muito baixo.

Coloco o salto que eu adoraria não precisar usar e sigo até a sala.

Paro na porta, com o olhar vidrado nas costas de Nicholas, que olhava pela janela. Minha pulsação acelerou, seu reflexo no vidro revelava uma expressão contemplativa, seus olhos estavam perdidos, e ele tinha um sorriso nos lábios. Os braços cruzados revelavam certo desconforto, como se ele estivesse fora de seu habitat natural. Parecia distante e distraído, um homem irremediavelmente solitário.

— Onde estamos indo? — Pergunto notando apenas Nicholas na sala. Ele se virou ficando de frente para mim, mas permaneceu imóvel, aproveitei a oportunidade para examiná-lo por inteiro, percorrendo todo o seu corpo com os olhos. Ele tinha toda a aparência de um poderoso magnata. Ele era tão sensual que eu não podia parar meu cérebro de perguntar: O que eles está fazendo saindo comigo? Qual sua intenção?

— Preciosa. — Ele vem até mim com seu andar gracioso e determinado. Pega minha mão e leva até a boca. Seu olhar era intenso passa pelo meu rosto.

O toque dos lábios contra minha pele fez um arrepio se espalhar por meu braço e a lembrança do nosso beijo faz minha pele esquentar ainda mais.

— Erm oi. – Murmurei sem graça.

— Oi. — Ele passa as costas da mão por minha bochecha e eu prendo a respiração. — Você está maravilhosa. – Ele disse sorrindo me fazendo sorrir e por um minuto esquecer as inseguranças que rondam minha cabeça.

— Já está pronta pra ir? — Perguntou passando os olhos mais uma vez por mim.

Ele assente e me puxando com ele até a porta ele suspira profundamente.

— Ah foda- se.

Seu corpo prensa o meu e minhas costas bate na porta, solto um gemido sem saber ao certo se pela surpresa ou por sentir novamente seus lábios nos meus. Eu o sentia todo contra mim, e aquilo era maravilhoso, e tudo que eu pensava naquele momento era que essa noite eu realizaria todos os meus desejos, sem arrependimentos.



— Sinto muito. — Nicholas diz para o silencio do carro.

Depois de finalizar o beijo, Nicholas me levou até seu aston martin sem uma palavra e ligou o carro saindo do terreno dos meus pais e a única coisa que passava pela minha cabeça era que meu pai não tivesse visto sua filha e funcionaria saindo com um cliente.

— Pelo o que? — Pergunto confusa, tirando o olhar da paisagem.

— Por te atacar antes mesmo de sairmos da sua casa. — Ele suspira passando as mãos pelo cabelo castanho. — Eu apenas não consigo me controlar perto de você.

A declaração me choca. Esse homem, esse deus grego acabou de admitir que eu o deixo descontrolado. Deus, se isso for um sonho, por favor, não me acorde!

— Esta tudo bem. — Digo tão baixo que não sei se ele ouve. Ele não responde ou demonstra querer iniciar nenhuma conversa. Estamos em silencio e o som do carro também não está ligado.

Olho para fora me perguntando onde estamos indo.

— Minha casa. – Ele diz como se acabasse de ler meus pensamentos. Eu o encaro surpresa. — Você perguntou aonde iríamos antes, vamos jantar na minha casa.

Assinto franzindo a testa, e ele percebe.

— A menos que você queira ir para outro lugar. — Ele volta rapidamente o olhar para mim antes de voltar a se concentrar no transito. – Achei que seria mais reservado se jantássemos na minha casa. – Ele não me olha, mas eu sinto o tom malicioso em suas palavras e bufo.

Reservado, minha bunda.

Not Good Enough (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora