02| You again

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Eu estou olhando para você, e posso fazer isso à noite toda. Você parece um anjo com esse tipo de corpo que merece holofotes, ninguém sabe o seu nome, mas com esse seu rosto, poderia ser famoso. Eu poderia nos imaginar fazendo "ôlas" desde o fundo de uma balada até uma cama em um lugar escuro. Eu não sei quem você é, mas você parece uma estrela e todo mundo aqui está pensando: "Quem é esse cara?" — Demi Lovato.

Enquanto eu ouço o barulho dos meus saltos batendo no chão e faço careta por trás dos grandes óculos, Minha cabeça parece que vai me matar e o domingo não foi suficiente para melhorar isso. Fazendo um lembrete mental de nunca mais sair com Charlotte eu paro na frente da mesa secretaria do meu pai, ou pelo menos onde Sarah deveria estar, dando de ombros eu sigo para a sala dele, batendo na porta eu espero.

— Entre. — A voz grossa do meu pai me faz sorrir.

— Hey, velho. — Eu sorrio ao entrar, mas o mesmo cai quando eu vejo que me pai não esta sozinho, sentado à frente da sua mesa está o modelo da GQ.

— Querida, — Meu pai se levanta da sua cadeira vindo em minha direção, mas meu olhar esta fixo no moreno de olhos azuis. — Laila. — Meu pai toca meu ombro quando para a minha frente, volto meu olhar para ele que sorri.

— Pai. — É tudo que eu digo quando ele me sufoca em um abraço.

— Você está tão linda, cada vez que te vejo você está mais linda. — Ele se afasta de mim se olhando. — Minha filha não é maravilhosa, Nicholas? — Meus olhos se arregalam em choque com a indiscrição do meu pai.

O moreno flexiona a mandíbula e com um olhar demorado ele percorre meu corpo parecendo me despir, e quando seus olhos se fixam nos meus ele sorri.

— Sua filha é uma mulher maravilhosa, David. — Ele não desvia o olhar de mim e meu pai assente voltando a sentar na sua cadeira alheio a tensão na sala.

— Eu só vim dar um oi, muito trabalho a fazer. — Eu sorrio para meu pai, ele assente.

— Você recebeu meu e-mail com o projeto da sorveteria? — Meu pai assume o tom serio.

— Sim, estive em reunião pelo Skype com a cliente até agora pouco. — Eu pauso passando meus olhos pela sala, desconfortável com o olhar fixo em mim.

— Oh, que grosseria a minha. — Meu pai levanta. — Nicholas essa é minha filha mais velha, Laila. Laila esse é nosso novo cliente Nicholas Anderson, estamos trabalhando no novo projeto para a construção da nova sede da Anderson Technology.

Eu já tinha ouvido falar na Anderson Technology, todos tinham afinal, eu estava a meses namorando um novo tablet NEA33, claro que eu imaginei que o gênio por trás da grande marca era um senhor baixo, calvo e gordinho não o grande espécime de homem jovem que estava a minha frente.

Eu aceno pronta para fugir, mas Nicholas levanta esticando a mãos não me dando alternativa a não ser apertar a sua.

Eu sou uma leitora de romance ávida, mas eu tenho que admitir que nunca experimentei qualquer sensação descrita neles. Eu já amei alguém e mesmo que foi tudo um desastre eu nunca me senti do jeito que me senti quando minha mão tocou a de Nicholas Anderson , como se um pequeno choque elétrico percorresse todo meu corpo, me deixando animada e excitada.

— É um prazer, senhorita Bürckler. — Ele dá um ultimo apertão em minha mão antes de solta-lá.

— O prazer é todo meu, senhor Anderson. — Seus olhos azuis claro se tornam mais escuros e ele me dá um sorriso de lado mais pecaminoso que eu já vi, e meio tonta e sem me despedir direito eu saio por aquela porta com a mesma sensação que eu tive quando o vi pela primeira vez.

Uma colegial risonha.

— Eu sei que é uma grande honra, e eu estou agradecida, mas ela é o inferno. — eu apenas aceno as palavras de Charlotte com o olhar focado no liquido roxo em minha taça — eu estou serialmente pensando em matar ela com meu exercito de minions alienígenas, o que você acha?

— Interessante. — Sorrio dando um olhar rápido para Charlotte para ver ela me encarar com os olhos em riste.

— Você é uma idiota. — Ela bufa, espetando o garfo em uma grande quantidade de salada. — me dê uma grande e boa razão para estar viajando durante meu monologo

— É só que... — Eu olho para ela e suspiro — eu conheci um dos amigos do meu pai.

— Oh, meu poupe, Lai, o que tem de bom nos velhos amigos do seu pai?

— Esse é o problema, ele não tem nada de... velho — Eu bufo quando a imagem de Nicholas Anderson se materializa em minha mente.

Não, nada velho.

— Hmm — Charlotte de repente está interessada, ela se mexe na cadeira e me olha especulativa. — ele é gostoso?

Eu nego olhando para meu prato com um sorriso sem graça e ela grita fazendo a atenção de algumas pessoas se virarem para nossa mesa.

— Ele é gostoso! — Ela exclama batendo palmas, eu bufo tomando um gole do meu vinho me sentindo quente de repente. — o quão gostoso estamos falando aqui, vamos fazer uma escala sendo que zero corresponde a Steve Buscemi e dez a Channing Tatum. Qual o numero dele?

— Steve Buscemi é um grande ator. — Eu quase cuspo meu vinho tentando parar a risada.

— Ele só atua em filmes do Adam Sandler. — Ela revira os olhos pegando o suco, eu abro a boca para discordar mas ela bufa apontando a faca. — Não mude de assunto.

— Ok. — Eu faço uma pausa mentalizando a imagem de Nicholas. — Quinze. — Eu sorrio e minha melhor amiga grita animada, e é quando minha atenção se volta para a porta onde o grande espécime de homem entra no restaurante, com um terno azul e uma camisa de listras Nicholas Anderson recebe toda atenção enquanto passa.

— Senhorita Bürckler. — Ele sorri parando em frente a nossa mesa.

— Senhor Anderson. — Minha voz sai sem fôlego e seus olhos escurecem encarando o decote do meu vestido.

— E você seria? — Seu olhar se volta para a minha melhor amiga e por um momento me sinto totalmente insegura, Charlotte é linda, tem um sorriso arrasador e um corpo de matar, com pernas quilométricas, e milhões de vezes melhor que eu.

— Charlotte. — Ela estende a mão arregalando os olhos quando a mão de Nicholas toca a dela.

— Nicholas Anderson. — Ele se vira para mim e sorri. —espero não estar atrapalhando.

— Não, já terminamos, na verdade. — Charlotte mente, me fazenda franzir a testa para ela.

— Ótimo. — ele passa a mão no rosto e me encara. — Eu gostaria de ter uma palavra com a senhorita Bürckler, se não se importa. — ele não tira o olhar do meu e me deixando ainda mais confusa.

Comigo?

— Na verdade, eu já estava de saída. — E sem esperar uma resposta minha melhor amiga levanta levando a bolsa e corre para a fora do restaurante.

Epa, e a conta?

— Vamos. — Ele diz e sai sem esperar para ver se eu o seguiria, bufo, ele faz um sinal para o garçom e quando vou entregar meu cartão ele nega. — por minha conta.

— Eu posso pagar minha própria comida, senhor Anderson. — Eu nego estendendo meu cartão para o garçom indeciso.

— Eu insisto. — Ele pega meu cartão jogando na pequena abertura em minha bolsa, eu bufo irritada.

— O que poderia ser tão importante que você precisa me falar, senhor Anderson? — Pergunto quando paramos no estacionamento olhando o relógio. Sem me responder ele me puxa e me prensando contra um carro ele me beija.

Not Good Enough (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora