10| Sledgehammer

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Eu não admito, eu finjo estar tudo bem, mas a cada minuto em que estou com você eu sinto uma febre e não vou mentir, eu começo a suar meu corpo está dizendo todos os segredos que ainda não te contei. — Fifth Harmony.

— Vamos passar o dia juntos. — Nicholas anuncia enquanto guarda o celular no bolso da calça jeans quando entra na cozinha. Eu engulo a salada de frutas de repente ansiosa.

— Preciso ir para casa trocar de roupas antes. — Ele assente abrindo a boca em um pedido mudo para que eu coloque a salada de frutas nela, eu faço.

— O que você quer fazer? — Pergunto comendo a ultima colher indo até a pia.

— Eu não sei. — Ele vem ate mim abraçando minhas costas. — O que você gosta de fazer?

— Tirar fotos. — A resposta sai automaticamente, e ele sorri.

— Vamos tirar fotos então.



— Posso colocar música? — Me viro para encarar Nicholas, ele encolhe os ombros.

— Claro, eu nunca usei. — Seu olhar é fixo na estrada então eu não sei identificar o que ele quis dizer.

— Sem música? — Eu pergunto surpresa, ele dá de ombros.

— Eu gosto do silêncio.

— Oh. — Levo isso como um aviso, me escolhendo no banco.

— Não. — Ele toca meu joelho fazendo meu olhar voltar para ele. — Eu gosto quando você fala e eu gostaria de ouvir música com você. — Ele pausa e então liga o som, indicando com a cabeça.

— Ok. — Digo ainda confusa e desconfiada.

— Que tipo de música você gosta? — Seus olhos saem da estrada por um minuto e me encaram.

— Ed Sheeran, principalmente. Rock antigo e não há como fugir do pop, certo?! — Eu me concentro em mudar de estações, ele assente com os olhos fixos na estrada parecendo perdido em pensamentos.

Photograpy começa a tocar e eu me recosto no banco satisfeita.

— Porque você sempre me chama de Nicholas? — Ele pergunta de repente me analisando, o encaro surpresa.

— Esse não é seu nome? — Eu mordo a ponta da unha voltando meu olhar para ele.

— É, mas meus amigos me chamam de Nick. — Ele dá de ombros como se não fosse grande coisa.

Talvez não fosse.

Nicholas tem amigos?

— Somos amigos agora? — Elevo uma sobrancelha sorrindo maliciosa, ele ri fraco.

— Acho que é a categoria que melhor nos encontramos. — Ele diz brusco. — Amigos de foda. — Ele solta um risada seca parando o carro no portão da casa dos meus pais.

— Certo. — Digo magoada.

Foi o que combinamos, eu digo a mim mesma em minha mente mas mesmo quando eu desço do carro, tomo um banho e troco de roupa meu coração ainda dói.



Deito no chão e espero olhando pelo visor. Enquadro a foto. F 5.6. Clique.

Sorrio para o ecrã da máquina com a menina asiática comendo sorvete.

— Porque esse amor por fotografia? — Nicholas pergunta quando nos sentamos no banco do parque. Minha Canon descansando em meu colo.

Ele sorri colocando meu cabelo atrás da orelha, dou de ombros.

— É como pausar um momento, ele vai estar sempre lá sabe? Algo que nunca vai voltar, mas será lembrado. — Ele me encara por um momento e eu coro olhando para baixo.

— Você é uma mulher maravilhosa. — Ele diz ainda serio, eu sorrio.

— Nosso objetivo é satisfazer, senhor Anderson. — Ele ri quando eu cito a frase do meu livro preferido, ele me puxa para ele e me beija.

Eu me afasto e bato uma foto. Ele ri quando eu levanto do banco e começo a tirar varias fotos dele enquanto ele corre atrás de mim.

E assim a tarde se passa. Eu tiro muitas fotos. Ensino Nicholas a tirar fotos. Ele vira a câmera para mim me fazendo automaticamente levar as mãos ao rosto. Ele bufa mudando o foco para a paisagem.

— Por que você nunca tira fotos de si mesma? — Ele pergunta enquanto olha as fotos antigas que eu tinha tirado quando paramos para comer.

— Porque eu gosto de retratara a beleza. — Eu digo rindo, enquanto coloco uma batata frita na boca.

Ele coloca a câmera em cima da mesa e me dá um olhar sério.

— Você é tão linda Laila, me dói que você não consiga perceber isso. —Ele sussurra colocando o meu cabelo atrás da orelha, me dando um beijo na testa ele me liberta quando minha barriga solta um rosnado, ele joga a cabeça para trás e ri.

— Ops. — Eu coro, ele ri ainda mais.

— Hora de alimentar o pequeno monstro. — Ele sorri colocando uma batata frita em minha boca.

E entre risadas e beijos eu faço um pedido baixinho para que seja lá o que for esse meu relacionamento com Nicholas dure para sempre.

Not Good Enough (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora