Abnormal Love » BTS × J-Hope ×

TWENTY FIVE

HOSEOK ON

— SHEDOWN! - berro para o carro que já está fora de vista. — Merda! - as lágrimas brotam em meus olhos. — Não tenho tempo para ficar me lamentando. Tenho que ir atrás dela. - com uma decisão tomada, recolho as armas e corro até o hotel. — Shedown disse que aquele desgraçado é dono de um clube de prostitutas. O mais eficiente à fazer é encontrar o lugar.

Chegando no hotel, entro no quarto e vejo a roupa de Shedown jogada encima da cama.

— Ah, Deus! Proteja Shedown… - desabo.

SHEDOWN ON

— A-Ahn? - murmuro. — Quem? Onde? - tento me lembrar do que houve. — HOSEOK! - grito, agoniada.

— Que chato, você ainda fala dele. - uma voz masculina soa.

— Quem é? - pergunto para o escuro.

— Não se lembra de mim? - a voz indaga, parecendo incrédula.

— Kim Taehyung?

— Acertou! Vou te dar uma recompensa por isso! - as luzes se acendem. Consigo ver um garoto moreno usando um paletó formal, sorrindo para mim.

— Por que não me matou? - pergunto.

— Matar? Claro que não! Fico grato por você ter matado aquele velho. - ri. — Como agradecimento, vou deixar você ser minha vadia preferida. Vou lucrar muito com você. - diz, pensando.

— E se eu disser não? - desafio.

— Simples. Matamos seu namoradinho.

— E como pretendem fazer isso? - rio.

— Não será difícil acha-lo. Quer experimentar? - indaga.

— Definitivamente, não.

— Então você aceita?

— Uhum. - grunho

— Hein?

— Sim. - digo, à contra-gosto.

— Maravilhoso! Te vejo na minha sala daqui à uma hora! Não se atrase. - Kim Taehyung estala os dedos e duas mulheres velhas surgem, segurando-me pelo braço.

— Vamos leva-la para se arrumar. - diz uma delas.

— Tá. - se não posso fazer nada para melhorar a situação, então ao menos posso tentar não piora-la.

As duas senhoras me levam até um banheiro luxuoso, mas estou aprofundada demais em meus pensamentos para prestar atração na estética do lugar.

— Oque há de errado, querida? - indaga a idosa.

— Eu perdi a única pessoa que amo. - digo, vendo agora que estou chorando.

— Oh, querida. Eu sinto muito. - ela da tapinhas de consolo em minhas costas.

— Obrigada. - fungo.

— Vamos preparar seu banho. - ela diz e anda até a banheira, ligando-a rapidamente.

Fico olhando para minhas mãos esfoladas por conta da briga e me pergunto se Hoseok está bem. A outra mulher pega meu pulso suavemente, guiando-me até a banheira com uma quantidade enorme de espuma.

Elas me despem agilmente e me ajudam a entrar na banheira.

— Voltaremos daqui vinte minutos. - avisa a mulher.

Elas saem do banheiro e lágrimas solitárias caem de meus olhos. Não emito nenhum ruído de que estou nesse estado, apenas os ollhos marcados e o rosto inchado entregam isso.

Cedo demais, as duas senhoras voltam.

— Ahn… Er… Eu posso saber seus nomes? - pergunto.

— O meu é Mika. - a mulher que me consolou antes diz.

— E o meu é Yana. - a segunda completa. — E o seu, meu amor?

— Shedown. - falo, falhando miseravelmente numa tentativa de sorrir.

— Que nome lindo! - diz Mika.

— Obrigada! - solto um sorrisinho.

— Agora vamos? Está na hora de se trocar. - Yana fala, começando a abrir o ralo da banheira.

Depois de enxugada e limpa, vestindo um roupão, Mika e Yana me conduzem até um quarto também luxuoso.

— Venha, querida. Vista isso aqui. - Mika ergue um cabide com um vestido de renda um pouco curto demais feito de renda branca, quase transparente. Quase.

— A-Ahn… ok.

Com relutância, pego a peça e visto-a. Me vejo no espelho e espanto-me com o reflexo. Vejo uma menina pálida igual papel, com os olhos negros acinzentados, o cabelo, agora levemente ondulado preto como um breu. A única cor que se destaca são a dos meus lábio cor de rubis rachados.

Eu costumava ser melhor. Com Hoseok eu costumava ser feliz. - penso, melancólica

— Vamos leva-la até o sr. Taehyung. - diz uma das mulheres. Estava perdida demais em minha mente para decifrar quem falou.

— Tá. - é tudo que consigo responder.

Os corredores me apertam e nunca me senti tão claustrofóbica na minha vida inteira. Respiro fundo e paramos em frente a maior porta no fim do corredor.

— É aqui. Bata na porta, querida. Não podemos mais ficar com você. - anuncia Mika.

— Vão voltar? - pergunto.

— Claro. - responde.

Tomando coragem, bato na porta e a mesma abre sozinha.

— Kim Taehyung? - chamo.

— Ah! Olá, Shedown! - diz ele, resplandecendo.

— Por que me chamou aqui? - pergunto, direta.

— Queria te examinar para ver quanto vale. - Kim Taehyung desdenha.

— Examinar como? - arqueio uma sombrancelha.

— Você vai ver. - ele anda em minha direção, levantando meu mini-vestido até a barriga.

— E-Ei! - empurro-o, fazendo o maior cambalear para trás. — O que diabos você está fazendo seu degraçado?

— Examinando, oras. Ou você, minha querida Shedown, aceita de bom grado, ou seu Hoseok morre. - diz, sorrindo.