THIRTY FIVE

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HOSEOK ON

Estava voando para o alto já fazia um tempo, sendo guiado pelos demônios que, anteriormente, tinham me aprisionado.

Cinco minutos depois, sinto uma pontada de dor na coluna. Algo me diz que era uma sinal de alguma coisa. Alguma coisa muito ruim.

HOSEOK! - ouço um grito sussurrado.

— Shedown! - procuro-a com o olhar por todo o espaço.

Siga seu coração, filho. - ecoa em minha mente.

Concentrando-me, fecho os olhos e silencio o mundo à minha volta como se tivesse um interruptor de liga e desliga.

Meus olhos e mente vagaram por todo o lugar, dês de o subterrâneo mais profundo até o pico mais alto do lugar.

E, naquele pico, tive um vislumbre de Shedown. Estava aprisionada em uma gaiola forjada rigidamente pelo titânio e aço, ela estava exaurida, o poder arrancado injustamente. Envenenada.

A gaiola que a tranca é visivelmente maior do que a que eu fui mantido, pontiaguda no topo, como se fosse uma cadeia enfeitada mas ao mesmo tempo, traidora e mortal, para pássaros que ali pousassem e mordessem a isca.

Lúcifer havia feito algum mal a Shedown. Isso era quase palpável de tão óbvio. A raiva mantida em meu corpo, se libertou furiosamente. Incontrolável, soltei um rugido grotesco e me lancei rumo até onde meu coração batia por Shedown.

Eu estava sim, fora de controle nem percebi quando uma presença inesperada se acomodou em minha mente.

Vai querer lutar, garotinho? - disse Lúcifer.

— Entregue-me Shedown. - digo, forte.

Você sabe que está no meu reino, não sabe? - ataca.

— Isso para mim não significa nada. - rebato, sem parar de voar.

Não brincar com fogo, ele pode te queimar. - fala.

— Digo o mesmo. - respondo.

Pena que Shedown teve um comportamento tão mal-educado. - ele tenta outra abordagem. Eu queria ter aproveitado mais dela. - diz, provocando-me uma explosão.

— Seu desgraçado! - paro no ar e urro, apertando as mãos até ficarem dormentes. Um calor cresce nelas que lambe meus antebraços.

Olho para elas e uma substância vermelho escarlate começa a fumegar, como lava. Aprecio essas labaretas de lava até decidir testá-las. Isso pode ser útil.

Aponto com a mão fechada para o nada e abro-a, fazendo um jato de lava e labaretas dançantes emergirem da minha palma e avançarem como foguetes em alta velocidade até uma rocha distante.

Uau. Foi muito mais longe do que eu esperava.

Enquanto retomava o caminho, veloz e confiante, treinava as novas habilidades com a lava flamejante, aprimorando-as cada vez mais.

Melhor se preparar, Lúcifer. - penso, querendo poder transmitir esse pensamento para ele.

× † ×

Não passado mais de meia hora, começo a ouvir chiados, muitos chiados. Esse barulho parece ser de milhões de cigarras, zumbindo em uníssimo.

Paro por um instante, temendo o que pode vir pela frente. O zumbido se intensifica. O que quer que seja, está se  aproximando, e rápido.

Cercado, consigo ver qual é meu inimigo. Ou melhor a horda de inimigos. Demônios  de baixa estatura aparecem de todos os lados, encurralando-me.

Quase mil dessas criaturas que querem, ambiciosamente, se divertir comigo.

— Não comigo. - falo, só para mim.

O que está achando agora, jovenzinho!?  - ecoa Lúcifer, com ar de triunfo.

— Demônios de terceira classe? Sério? - provoco. O mesmo solta um grunhido.

Vamos ver se ao menos consegue sobreviver! - diz, e no mesmo segundo, as aberrações avançam.

— Eu vou te alcançar! - berro, antes de partir para a luta.

Abnormal Love » BTS × J-Hope ×Onde histórias criam vida. Descubra agora