Abnormal Love » BTS × J-Hope ×

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HOSEOK ON

— Como vai, jovem? -uma sombra pergunta.

— Quem é você? -estreito os olhos tentando enxergar.

— Um amigo. -ele ri maldosamente.

Ouço passos vindo em minha direção, olho imediatamente vendo a sombra de antes virar o homem que invadiu a casa de Shedown.

— Oquê você quer? -indago seco serrando os punhos.

— Minha princesa de volta. -o sujeito sorri mostrando os dentes amarelos.

— Eu não vou entregá-la a você, nunca. -enfrento-o.

— Ah, você vai. -ele gargalha. — Então… vamos resolver do pior jeito. -Lúcifer me encara.

Estreito os olhos e o homem vem em minha direção andando rapidamente, desferindo um soco em meu estômago. A dor parece ser tão real que arfo, me recomponho e corro até ele dando uma rasteira no mesmo e o chutando com força nas costas, virilha, barriga e maxilar. Devo ter quebrado algum osso, pois deu para ouvir o estalo.

Ele começa a se contorcer e a urrar de dor, mas, do nada todo esse sofrimento se torna uma risada malvada.

— Vamos tentar de outra maneira. -o demônio tenta se levantar.

— Mas, o que… -digo sendo interrompido por um estralo de dedos.

Uma névoa negra surge das sombras me envolvendo na mesma. Ela me agarra forte me deixando sem ar algum, em seguida jogando-me contra uma parede de aço que não fazia ideia de como surgiu ali. Sem nem ter tempo de levantar, uma força invisível me ergue pelo pescoço sufocando meus pulmões, sou arremessado para o outro lado da sala caindo com um impacto doloroso nas costas. Olho para cima e Lúcifer sorri abertamente ao ver meu sofrimento.

— E agora, jovem? Vai contar ou não? -o demônio indaga, ameaçador.

— Nem morto. -sorrio tossindo. Sinto o gosto de ferrugem do sangue escorrendo.

— Isso é um desafio? -a aberração indaga com uma expressão debochada.

— Não. Uma promessa. -digo certo de que  irei proteger a qualquer custo minha menina.

— Sinto lhe dizer mas, você não vai conseguir protegê-la. -Lúcifer reflete, e eu me pergunto se ele pode ler minha mente. — De qualquer modo. -o "homem" suspira. — Quando eu encontrar vocês, vou dar-lhes um castigo. Por serem tão egoístas. -ele sorri, achando ter a razão.

— Desgraçado. -cerro o cenho.

— Foi muito agradável, a conversa mas, preciso ir. -o demônio sorri. — Há almas esperando para serem condenadas até a morte. -Lúcifer gargalha ruidosamente e saí da sala com um vulto negro.

Fico sozinho no lugar, sentindo de repente um arrepio depois, a dor agoniante de parecer ter os ossos se quebrando um por um me domina.  Berrando, me contorcendo a cada estalo que ouço. Agora, uma nuvem vermelha surge do chão, agarrando e apertando meu peito, abdômen e garganta empedindo-me de respirar completamente. Tento sair mas não posso me mecher, à voz de Lúcifer ecooa na sala dizendo: "Aguardem por mim"

Depois disso tudo se torna um breu e escuto alguém gritando desesperadamente. Esse alguém, era eu.

SHEDOWN ON

Acordo sobressaltada, o sol ainda não venceu os prédios altos. Sinto um toque e vejo Hoseok. Está suando, suando muito. Ele se contorce sem parar. Tento acordá-lo mas em vão. O maior solta gritos altos, agoniantes, parece estar sendo torturado. Tenta procurar algo, tateando o ar, o mesmo me encontra e lágrimas emergem de seus olhos fechados. Hoseok percorre a mão sobre meus braços e ombros chegando no meu rosto ele o coloca entre suas mãos trêmulas, de modo abrupto abraçando-me fortemente como se quisesse me proteger. Afim de acalmá-lo acaricio suas costas e aos poucos seu tremor cessa e sua respiração começa a se regular.

Ele enfim abre os olhos vermelhos e inchados, suspirando forte ao me ver. Incrédula, acaricio sua face e ombros afim de lhe dar conforto.

— Fiquei com tanto medo de morrer sem ter como te proteger. -Hoseok enterra o rosto em meu pescoço.

— Shhh… calma. Eu estou aqui. -faço um cafuné em seus cabelos, resolvendo deixar as perguntas para depois.

— Tanto medo… -ele chora, fungando ruidosamente.

— Pronto, pronto. -acalmo-o.

O mesmo enlaça minha cintura aperntando-a contra sí, enquanto massageio suas costas.

— Depois, você vai me dizer oquê aconteceu mas agora, precisa descansar. -falo lentamente e ele assente.

— Dorme comigo? -Hoseok pega meu pulso com cara de bebê manhoso.

— Durmo sim. -o mesmo abre um sorriso, e sinalizo para se deitar ao meu lado.

O menino abraça minha bariga e enterra o rosto no meu peito soltando um suspiro pesado em seguida. Acaricio seu pescoço e Hoseok fica sonolento.

— Eu te amo, Shedown. -ele diz antes de apagar.

— Também te amo. -digo mesmo sabendo que já estava dormindo agarrado à mim.