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Não entendo como conseguiram invadir a porra da festa, está tudo muito bem protegido. Dou a volta com o carro nomeio da pista e acelero para casa. Era um comboio de 12 carros, 60 homens, no mínimo.

-Nós conversaremos sobre a sua palhaçada mais tarde. Abra a porta luvas e pegue as armas que estão aí.

Ele faz tudo silenciosamente, estamos tensos, não vejo a hora de chegar.

- Tem uma faca curta em baixo do só banco, quero que a pegue e corte meu vestido. - Ele hesita, olhando para mim como se eu fosse insana.

- Mas é um Valentino exclusivo!

-E EU TO ME IMPORTANDO? - GRITO. - PEGA A PORRA DA FACA E FAZ O QUE TO MANDANDO.

Ele pega a faca e corta o vestido, como não posso levantar, ele rasga a parte de trás quando levanto as pernas e fica encarando minhas coxas, pra ser mais exata, minhas cicatrizes.

Assim que chegamos no portão da propriedade já tenho uma ideia do estrago. Está tudo em chamas. O corpo de um dos guardas está queimando lentamente no meio do caminho. Passo por cima e acelero para a garagem, entrando o mais silenciosamente possível. Consigo ouvir o barulho dos tiros e vejo algumas pessoas escondidas dentro de seus carros. Pego a arma, prendo o cabelo em um coque e saio do carro juntamente com Pietro, que está sem o terno, apenas com a camisa. Uma Menina de aproximadamente 7 anos corre até mim.

-Tem pessoas más lá em cima titia, não suba, por favor.

Abaixo e fico de seu tamanho

-Quero que me faça um favor, tá? Fale pra todo mundo sair daqui, todos mesmo, okay?

Ela balança a cabeça e sai correndo de pessoa em pessoa repassando o que disse.

Engatilho a arma e subo as escadas com Pietro. Escuto o inconfundível som de uma AK-47. Espero que os soldados tenham chegado ao arsenal a tempo. Assim que chego no salão, sangue é tudo o que vejo, eles fizeram uma verdadeira chacina em meu aniversário. Levanto a arma em posição e vou andando por entre o sangue. Um belo par de Louboutans estragado pelo sangue. Cobrimos o perímetro e vou para a cozinha, Yulia está morta. Quase paro quando a vejo, mas continuo. Vou matar cada um deles. Estou prestes a sair para a sala de jantar quando escuto vozes. Olho para Pietro, hesito em falar, mas ele sabe o que quero. No escondemos e esperamos. Dois soldados da Máfia de Las Vegas passam. Atiro na cabeça de um e Pietro faz o mesmo com o outro. Escutamos passos vindos do salão. Devia ter pegado o silenciador na garagem. Andamos rapidamente para a sala de jantar e subimos para o segundo andar, com certeza os guardas e nossas famílias estão lá, é o protocolo de segurança que eu criei, temos mais controle da situação no segundo andar. Não sei por que não ativaram as bombas de gás ainda. instalei essas merdas para que mesmo?

Faço sinal para subirmos. Quando chegamos na escada, tiro meus sapatos e subo, indo diretamente para o escritório. Assim que o abro vejo meu pai, Malik, e a família de Pietro reunida. Corro para meu pai e o abraço. Assim como Pietro corre para sua mãe.

-Como eles conseguiram?

- Não sei. - Meu pai responde- foi do nada, Malik ligou e disse que haviam passado pelos portões e então eles já entraram e começaram a atirar. Você sabe que em festas não ficamos em posse de armas. -Ele olha para minha coxa- Nem mesmo armas brancas.

- Agora não, Pai, temos coisas mais importantes para resolver. Por que não liberaram o gás ainda?

-Pensamos que tinham pessoas lá em baixo ainda.

-Estão todos na garagem, disse para que saiam, não tem ninguém guardando o portão, formação malfeita. - Digo, com raiva- todos que estão lá embaixo estão mortos ou são soldado, pode liberar o gás mostarda concentrado e tive o sinal para que nossos soldados saiam e tomem cuidado.

Filha da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora