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Mas, Maria ! Não tinha necessidade de matar a mãe dele, isso foi uma atitude drástica.

E, Desde quando eu preciso ter a necessidade de fazer algo ? Se eu quero, eu faço. Eu não matei ele por que, mesmo que eu tenha inúmeros jeitos de vencer essa guerra, não posso me dar ao luxo de brigar com Chicago também. Pietro esta desmaiado em cima do corpo de sua mãe, e Enrico apenas observa a cena da porta. Sem abrir a boca para falar um "A" sequer. Atirar no meu marido é uma coisa bem diferente de atirar na primeira dama de um Capo, não sei se quero encarar as consequências que isso poderá me trazer.

-Chame os médicos antes que Pietro morra e tire o corpo da Alicia da minha frente.

Malik anda ate eles e coloca dois dedos no pescoço de Alicia.

-Ela ainda esta viva.- ele diz. Reviro os olhos. Claro que esta.

-Providencie os cuidados para eles, para ontem! - Olho para Alec, que esta impassível atrás de mim- providencie para que a viagem e mudança para chicago sejam adiadas ate que eles estejam em condições de viajar, o que eu acho que infelizmente vai demorar um tempo.

Ele acena que sim com a cabeça e sai da sala, fazendo a minha atenção se voltar para Enrico

-Vamos, temos que conversar sobre isso.

Ele não diz nada, apenas vira as costas e segue para o meu escritório. A casa esta em um silencio quase que incomodo. Fazia tempo desde a ultima vez que perdi o controle desse jeito, meu pai sempre sabia como me controlar...

Entramos na minha sala e eu me jogo na minha cadeira. Agora percebo que enrico esta tenso, tenho a impressão de que isso não é um bom sinal.

-Pode falar.

-Você sabe que...-ele começa, a voz perigosamente calma-...o que você fez foi uma declaração de guerra clara, certo ? Atirar na sua própria sogra ?

-Você tem sorte que eu não matei o seu filho. Ele bateu na minha cara na frente de muitas pessoas importantes dentro da família e não vem me falar que isso acontece em um casamento. Você pode até bater em Alicia, mas o meu pai não me colocou no mundo para apanhar de homem nenhum, muito menos de um misógino infantil como o Pietro.

- Eu devia ter puxado a arma e te matado na mesma hora, muitos me agradeceriam por isso, sabia ?

Pego a minha arma e a engatilho por segurança, se isso não foi uma ameaça, nem sei o que é.

-Sim, e aposto que teria feito isso se não estivesse querendo algo em troca. Algo realmente importante.

Ele me encara e sorri.

- É, seu pai te criou bem.

Ele anda lentamente pela minha sala, acompanho seus passos com os olhos. Ele se senta na minha frente, um sorriso um tanto astuto no rosto.

-Sabe, eu percebi que você não precisa de muita burocracia pra importar e exportar as drogas. Você provavelmente tem seus contatos no DEA e no FBI. Eu quero esses contatos

- Isso é o de menos, Enrico. Com o casamento é claro que eu ia compartilhar os contatos que tenho la dentro com vocês, não vou deixar nenhuma das duas máfias afundarem.

-Sim, e tem mais uma coisa. Quero que o trafico de mulheres continue.- O encaro estagnada. Todos. TODOS sabem que a Bratva repudia o trafico de mulheres. As que trabalham nos bordeis estão la por livre e espontânea vontade.

-Eu não posso fazer isso. Essa lei vem de antes do meu nascimento. Não vou desrespeitar os princípios da minha família.

-Então eu acho que terei que te matar. Ou melhor. Mostrar um vídeo muito interessante que eu vi a uns dias atrás. Você e Alec parecem bem íntimos nele.

Filha da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora