Filha da Máfia

*27*

Os últimos dias.

Ahhhh, os últimos dias tem sido infernais.

Se foi difícil sobreviver ao meu aniversario, imagine ao meu casamento! Vamos dar um resumo básico da ultima semana.

A reunião foi um fracasso.Parece que estava tudo desandando na minha vida e na máfia desde a morte de meu pai. Brigas e mais brigas e a quase morte de mais dois capitães definiram a reunião. Estou sendo vista como inconsequente e infantil por metade da família. Isso por que Alec por varias vezes conseguiu fazer com que eu manter-se a calma e não matasse ninguém, não que não tenha me faltado vontade, isso teve de sobra. Mas ele tem sido a minha consciência nessa última semana. Nos aproximamos demais enquanto eu e Pietro só nos afastamos.

Eu queria ter me aproximado verdadeiramente do embuste, queria mesmo. Porém, quando eu tentei, ele fez o que faz no Brasil. Jogou na minha cara o meu erro. E eu não sei confiar, nunca aprendi, a máfia exige isso. Para ajudar, quando meu pai morreu ele veio e quis se aproximar por que achou que seria meu Consigliere. Tudo por interesse. Já basta ser meu marido. Não o quero querendo controlar mais nada. Pra foder a porra toda, ele tem estado muito amigo de Malik, que deixou bem clara sua desaprovação quanto a Alec. Se Pietro falar que foi eu quem atirou nele e Malik se manifestar, eu posso ser julgada por traição é condenada a morte, mesmo sendo a Capo. Por isso, estou andando sobre ovos em volta dos dois. Sempre deixando Malik e Pietro ocupados. Por conta do casamento e da mudança eu quase não tenho tido tempo para mim mesma. Flores e mesas e local e convites e , Aff. Um monte de frescuras. Mesmo tendo mandado Herrera se responsabiliza por tudo, se ela me manda o e-mail com todas as informações e eu não gosto, a mando refazer tudo. Isso aconteceu por 9 vezes. Mas ela não reclama, está sendo paga por isso.

Alec e eu... bem, nós estamos um tanto quanto unidos. Ele fez o jantar para mim por varias vezes nessa última semana, sempre solicito e prestativo. Me ajudou a tirar as tranças no meio de uma das minhas madrugadas insones. Parecíamos um casal. Sempre sorrirei lembrando.

Eu nem dormi, uns dois dias depois da reunião. Eram mais de 3:30am quando eu desço pra cozinha atrás de doces. Engordei 4 quilos nas últimas semanas.

Peguei uma caixa de bombons na dispensa e me joguei no sofá. Enquanto ligava a tv, me olhei e enjoei das tranças, então comecei a desfazê-las.

Estava na terceira quando ele apareceu com uma xícara de chá de erva doce para mim.

Ele não disse nada, apenas colocou a xícara na minha mão, se sentou ao meu lado e começou a destrançar. Quem não gostou nada disso foi Pietro, que fez um belo escândalo quando acordou e me viu quase que sentada no colo de Alec terminando de desfazer as tranças.

Ele tem me ajudado com meu problema de raiva, tem sido meu ponto de equilíbrio. Ele quem providenciou a maior parte dos guardas do casamento e da minha mudança.

O treinamento dele levou três dias, teve esse probleminha também. Após me ver com ele, Pietro me cobrou, dizendo que ele não poderia exercer o direito de Consigliere enquanto eu não cumprisse o prometido. Malik e o embuste providenciaram a tortura e todo o resto. 77 horas ao todo, apanhando e sendo alvo de inúmeras torturas, sem pestanejar uma única vez. Meu único pedido foi: sem nem uma cicatriz nas costas. Nunca iria me perdoar por danificar aquela tatuagem perfeita que ele tem.

Depois disso, a desconfiança sobre ele na família diminuíram um pouco, mas Malik e Pietro continuam firmes em sias opiniões. Mesmo que elas não me importem.