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YOO KIHYUN P.O.V

  Desliguei o celular na cara de Minhyuk torcendo para que eu não tenha esquecido seu endereço, peguei um casaco e quase esqueci de calçar meus sapatos, desci pelas escadas sem paciência para esperar o elevador.

  Entrei no carro dando a partida e pisando no acelerador torcendo para que meu cérebro, que não parava, não me causar nenhum acidente, dirigi o caminho todo automaticamente sem nem me dar conta. Desci do carro apressado entrando no prédio.

LEE HYE SUN P.O.V

  O calor do abraço de Minhyuk era a melhor sensação do mundo, só de pensar que eu passei seis anos longe dele meu coração já doía. Já percebi que não posso pensar nessas coisas porque tudo que eu passei nesses anos, volta.

  Eu não entendo como tenho os sentimentos mais não tenho as memórias. O policial pigarreou fazendo eu e Minhyuk finalmente desfazer nosso abraço.

— Posso conversar com você um instante?

  o policial se referia a Minhyuk. Fiquei onde estava tentando ouvir a conversa sem muito sucesso.

— Sua amiga foi encontrada em um lugar onde até agora só foram encontrados cadáveres, ou seja ela pode ser a chave para desvendar um assassinato mas infelizmente sua memória do sequestro foi apagada.

— Como assim apagada? — Minhyuk perguntou ao policial.

— Ela não tem registro de nada que tenha ocorrido mas parece que lembra as sensações. Isso nunca ocorreu antes e o médico suspeita que possa ser algum tipo de droga, tente ajudá-la a lembrar, ela está em suas mãos.

— Em minhas mãos?

— Como ela não tem família por perto e já é  maior de idade não podemos fazer muito. Mas eu manterei contato. Tenha um bom dia.

  O policial se foi e eu voltei a encarar a parede  como se não tivesse ouvido nada.

— Que incompetentes... Quem vai te proteger quando eu estiver fora? E se o seqüestrador tentar de novo.

— Acho improvável...

Falei a ele que me olhou como se eu tivesse louca.

— Se ele precisasse de mim não me deixaria ir. Eu apareci inconsciente, tenho certeza que não fugi.

Ele ficou em silêncio parando para pensar.

— Você está fazendo faculdade? De quê? — Perguntei curiosa com um sorrisinho.

— Arquitetura...

— Mas isso era o que eu...

  Fui interrompida por Kihyun que me puxou para um abraço afundando meu rosto em seu peito. Retribui o seu abraço.

— Também senti saudade.

Falei sorrindo.

— Você não Sabe o quanto eu pensei em você. O quanto sofri por pensar que você poderia estar sofrendo.

Ele me soltou olhando em meus olhos.

YOO KIHYUN P.O.V

    Olhei no fundo se seus olhos sorrindo involuntariamente e percebendo como ela tinha amadurecido físicamente.

— Seu cabelo... — Falei ao lembrar de como ela era relutante e insistia em nunca cortá-lo.

— Você e Minhyuk falaram a mesma coisa. — Ela disse sorrindo.

— Você sabe que somos quase clones, Sunny. — Minhyuk disse com um sorrisinho cínico.

— Não é hora para brincar, Minhyuk.

— Não, tudo bem. Em prefiro assim. Hajam como se eu fosse alguém normal.

Ela falou olhando para mim.

— Você é alguém normal. — Minhyuk falou acariciando a bochecha dela roubando sua atenção.

— Onde você vai ficar, sun?

— Aqui mesmo. — Minhyuk respondeu em seu lugar.

  Quase dei uma risada irônica, Isso não é possível, logo agora que ela precisa de cuidados e extrema atenção vão deixá-la com Minhyuk? Que não consegue cuidar nem do próprio nariz?

— Você está brincando não é? Vai deixá-la sozinha o dia inteiro?

— Você não é menos ocupado, o que está dizendo?

— Olha o estado da sua casa, ela não pode ficar aqui, e ela precisa comer mais coisa do que cereal e comida enlatada.

— Então você sugere que ela fique com você pelo simples fato de que você cozinha melhor?

Ele perguntou indignado.

— E que minha casa é mais limpa.

Cruzei os braços. Ele riu com deboche.

— Não acha que essa é uma escolha dela?

  Ele perguntou levantando a sobrancelha.

— Não acho que você seja a melhor opção nessa situação.

— EIEIEI, já chega! Kihyun, eu não estou doente e posso cozinhar para mim mesma. Parem de discutir, vocês não mudaram nada.

  Ela se meteu entre nós dois nos afastando e revirando os olhos, a última frase não pareceu ser um elogio.

— Você prefere ficar com ele então?

  Perguntei nitidamente incrédulo e inconformado e decepcinado com o resultado.

— Não é questão de preferência, eu realmente acho que Minhyuk precisa mais de mim, como você disse, olha essa bagunça.

  Ela apontou para dento do apartamento, antes que eu pudesse protestar ela disse.

— E nem queira me impedir de limpar, eu quero voltar a viver, então me tratem normalmente.

— Você já pode ir.

Minhyuk me olhava vitorioso, ele colocou as mãos nos ombros de Lee e a guiou para dentro do seu apartamento.

LEE HYE SUN P.O.V

  — Finalmente. — Minhyuk revirou os olhos apoiando seu corpo na porta.

— Kihyun tem razão, aqui está pior que um chiqueiro.

  Falei rindo e olhando em volta. Nunca imaginei o Minhyuk crescido e com um apartamento próprio, se eu fiz isso provavelmente seria exatamente assim.

— Bom, eu só tenho uma cama, se quiser eu durmo no sofá.

  Ele falou interrompendo meus pensamentos.

— Não, eu durmo no sofá.

— Você tem um sono muito leve, Sunny. Não vai conseguir dormir.

— Mas eu não vou te tirar da sua própria cama. Sem querer sair do assunto, você sabe se meu irmão ainda está em nossa casa?

— Não, assim que você sumiu ele foi embora, sem falar para onde para ninguém.

— Anh tá.

  Eu falei um pouco decepcionada, mas eu posso enteder ele, pode ser que ele não tenha aguentado olhar na cara das mesmas pessoas e saber que eu não estaria lá.

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