Just another page (Hiatus)

1.12

   LEE HYE SUN P.O.V

  — Oi de novo, sou Chae Hyungwon, sobrinho do proprietário.

O garoto dos cabelos rosados, digo, Hyungwon, falou sorrindo divertidamente. Ergui uma das sombrancelhas me perguntando o qu era tão interessante na situação, olhei na direção de Minhyuk  sem saber o que dizer.

" O que eu tenho que falar?"

  Minha boca não emitia nenhum som, Minhyuk me lançou um olhar de "não sei ue, se vira" e voltou a prestar atenção na televisão. Praticamente botei fogo nele com o olhar e simplesmente fui ignorada voltando a atenção para o garoto na porta.
  A única resposta que se passava pela minha cabeça no memento era "ta".
  Abri a boca para falar algo mas nada saiu então ele tomou a iniciativa.

— Caso precisem de mim, estou na porta ao lado.

  Ele falou sumindo pelo corredor, parei para pensar na situação por alguns poucos segundos sem entender, que tipo De pessoa ainda faz isso? " ah oi sou seu novo vizinho". Eu realmente não sei reagir a coisas do gênero.

— Isso foi meio bizarro... — Voltei para meu lugar.

— Sunny, preparei algo para você, é como se fosse um cronograma de estudos e...

  Minhyuk fez uma pausa franzindo o cenho ao ver meu olhar desinteressado, em minha defesa, a culpa não era minha. O que poderia ver de bom em algo que tem estudos no nome?

— Você tem vinte e quatro anos por fora mas ainda é uma aluna rebelde por dentro. Imagino como se sairia na faculdade.

— Eu acho que aprender sobre o que eu gosto me faria estudar. — Dei de ombros.

" E a faculdade?" a pergunta ecoou na minha mente entrando para a lista de  pergunta sem resposta da minha vida me fazendo lembrar da pergunta original
" o que seria de mim se nada tivesse acontecido". Balancei de leve a cabeça, determinada a só prestar atenção no garoto a minha frente, joguei os problemas para longe.

  Fiz um gesto para que ele continuasse a falar, ele sorriu e pegou uma pasta com um branco fosco.

— É uma pasta para o estudo do passado, até o momento.

— Como assim? Perguntei com um sorriso confuso.

  Ele se remexeu no lugar e respirou fundo.

— É para você saber tudo que aconteceu enquanto... Você não estava aqui.

  Três pontinhos... Minha vida, meus pensamentos, as minhas perguntas, tudo estava cheio deles. Um pequeno espaço com infinitas possibilidadades, malditas reticências.

— Minhyuk, tudo bem, você pode dizer "o tempo que você estava em cativeiro", eu não tenho nenhum trauma, eu não lembro como foi.

  Tentei soar gentil mas falhei miseravelmente, me senti um pouco culpada. Sussurrei um " desculpe". Eu não deveria descontar minha frustração nele, aquilo era um sentimento amargo que eu não conseguia me livrar, " me desculpe foi egoísta da minha parte".
   Falei outra vez. Ele sorriu e balançou a cabeça.

— Talvez tenha sido egoísta da minha parte também..

— Você que viveu os seis anos da minha ausência e para mim tudo isso foi só um borrão.

—  OK, vamos falar da minha pasta.

Sorri e concordei.

— Vamos começar pela formatura, a primeira coisa que você não se lembra.

— o Dia#0.

  Ele puxou o álbum em perfeito estado e o colocou em meu colo. Abri na primeira foto dele ao lado de sua mãe e de seu pai.

— Seu pai foi...  — Sorri captando cada detalhe da foto.

— Foi a última vez que eu vi ele, aí ele voltou a sumir do mapa e só dar sinal de vida a partir do dinheiro.

  Ele fez uma careta e me deixou um pouco confusa.

— Mas você sempre achou melhor assim...

—  Claro. Sempre que ele aparece ele quer bancar o pai do ano se metendo em coisa que ele não entende.

  Suspirei aliviada, minhas memórias não eram um caso totalmente perdido,  Minhyuk continuava o mesmo e isso era uma das coisas que eu mais gostava em estar com ele, era um porto seguro para mim, isso sempre me passou segurança.
  Era muito difícil fazer ele mudar de ideia.

— Por que está me encarando Hye Sun?

  Ele falou percorrendo os olhos pelo meu rosto, era sempre um mal sinal quando ele me chamava pelo nome... Quase estremeci em baixo de seu olhar. Isso me causava um frio na barriga quase que surreal.
  Ele se aproximou e repetiu a pergunta. Seu rosto estava tão próximo do meu que eu quase não resisti em tocá-lo. Não... Encolhi minha mão e a coloquei de baixo da minha coxa.

— Me desculpe. — Falei me afastando.

Tinha vezes que eu me perguntava o por quê eu fazia essas coisas, mas eu não posso fazer isso... Minhyuk é meu melhor amigo assim como o Kihyun. É melhor eu continuar me fazendo de sonsa e não estragar a amizade que eu tenho com Kihyun por causa de um sentimento que pode ser mudado tão facilmente. Qualquer hora Minhyuk irá enjoar de mim.
   Ele virou a página e sorriu.

— Você estava linda.

  E lá estava eu... Meus cabelos batiam na cintura, meu rosto era um pouco mais jovem e eu estava com um sorriso de orelha a orelha. Sorri para minha jovem eu.

— Mas eu gosto ainda mais do que você se tornou.

  Ele sussurrou, meu coração não parava de acelerar e eu ainda sentia o nó no estômago.

— Você também não estava nada mal.

  As palavras vazias escaparam da minha boca. Olhei para o homem ao meu lado e sorri.

— O tempo foi gentil com você.

  Eu senti um nó se formar na minha garganta. Ele tinha se tornado um homem completamente.... Fascinante.
  Cada momento que eu parava para prestar atenção eu me surpreendia.
  O tempo parou mais uma vez com seu olhar no meu.

  Ele levou suas mãos até minhas bochechas seu toque era suave e ao mesmo tempo eletrizante. A distância diminuiu e mais uma vez me vi na função de impedi-lo.

— Lee... — coloquei minhas mãos em seu peitoral para o impedir de avançar.

Ele me ignorou e senti uma de suas mãos se interrarem em meu cabelo enquanto a outra passeava por minha bochecha.

—.... Minhyuk. Deveríamos... — Ele me impediu de acabar a frase me beijando vorazmente com tudo que foi guardado por anos emergindo para fora
  As mãos que o impediam de se aproximar o puxaram para mais perto, envolvi o braço em seu pescoço num momento de insanidade.
  Me entreguei completamente a ele sem pensar nas consequências. Suas mãos passaram pelo meu corpo e os beijos foram descendo pelo meu rosto, meu pescoço e por todo o lugar que minha pele estava exposta. Suspirei tentando tomar coragem para pará-lo. Seu corpo estava quase sobre o meu.

— Min...

— shhh...— Ele afastou sua boca de minha pele por um segundo me fazendo arrepiar. — Depois a gente conversa sobre isso.

GENTEEE MIL DESCULPAS era para ter saído na quinta só que minha internet não deixou... Mil desculpas.

XOXO