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  Lidar com meus sentimentos não é nada fácil mas eu deveria ter aceitado que eu mudei, mesmo sendo anos "em branco" na minha vida está tudo bem, não controlamos nossas mudanças e eu não deveria ter tentado controlar as minhas.
   Não posso me obrigar a sentir o que eu sentia com meus dezoito anos, estava na hora de deixar a mulher de vinte e quatro tomar conta de sua própria vida. Desci as escadas da casa de Kihyun seguindo o barulho das vozes que ouvi.
   O jovem homem estava andando de um lado para o outro enquanto mantinha sua total atenção na pessoa o outro lado da ligação. Ele percebeu minha presença e sorriu enquanto continuava a falar sobre alguma coisa relacionada a seu curso.

— Sobre o que estava falando? — Perguntei curiosa assim que ele desligou a ligação.

— Estava falando com a Yoona Ri, parece que o irmão dela quer uma opinião profissional sobre alguma coisa.

  Franzi o nariz e ele riu da minha expressão de contragosto.

— Tem algum problema em ficar sozinha? Ela me pediu para ir lá conversar. — Ele perguntou enquanto juntava papéis e jogava dentro de sua mochila, despreocupadamente.

— Não, pode ir. — Sorri.

SHIN HOSEOK P.O.V

Cada dia que passa, agora mais do que nunca, eue sinto mais motivado a continuar buscando por respostas ao caso de Hye Sun. Ávido e completamente imerso procurei pelo telefone do Manicômio que Changkyun estava para tentar, como policial, marcar uma visita.

  Minutos depois da ligação ter se encerrado sem sucesso continuei minha busca pelo telefone de seus pais adotivos.
  A atendente continuava a repetir que ele não estava em condições de receber visitas e que as mesmas eram proibidas sem autorização dos pais, também repetiu, com exagerado ênfase, que passar informações pessuais inflingia as normas do estabelecimento.

Soquei a mesa de leve tentando extravasar minha frustração. Joguei a cabeça pra trás cansado de andar em círculos quando Hye Sun cruzou as portas da delegacia, a mais nova sorriu e veio até mim.

— Temos algum progresso? — Perguntou esperançosa.

  Sorri empático e neguei com um sinal. Ela soltou um suspiro e sentou em minha frente.

— Eu não faço ideia de como vou conseguir esse número de telefone. — Falou bagunçando os cabelos.

— Nenhum de seus amigos tem? — Perguntei.

Ela negou e disse.

— Acho difícil, quando os conheci eu nem morava com meus pais mais.

— Você pode tentar ver com eles.

  Ela assentiu. Nós continuamos a conversar sobre as possibilidades que o caso nos fornecia, até que um de seus amigos foi buscá-la quando a noite caiu.

Lee Hye Sun P.O.V

  Entrei no carro ao lado de Kihyun agradecida por ele me buscar. Afivelei o sinto e sorri culpada.

— Desculpa ter saído sem avisar.

  Ele me olhou com sua expressão de "está tudo bem" e deu partida.

— Algum progresso? — perguntou.

— Na verdade não, você teria o número dos meus pais? — Perguntei despretensiosa.

— Eu não, mas o Minhyuk deve ter, quer dizer se eles não mudaram o telefone.

— Sério?! — Quase saltei.

— Sim, foi ele que avisou que você estava desaparecida.

— Você podia tentar conseguir para mim?

— Posso tentar. — Ele disse me olhando preocupado.

— Obrigada! Isso ajuda muito, eu quero muito falar com meu irmão.

— Ah, ao falar nisso, sabia que a Yoo RI tem uma irmã gêmea?

— O que? — Perguntei surpresa pela revelação, desviei meu olhar da paisagem lá fora e, boquiaberta, olhei para Kihyun. — Qual o sentido de colocar as filhas em escolas diferentes?

— Pelo que eu entendi Yoona estava mais interessada em música, então ela estudou num colégio próprio para isso.

— Eu nunca imaginei que ela teria uma irmã, quer dizer, nem eu nem ninguém.

  Ele deu de ombros tratando o assunto normalmente.

— Ela prefere não ter que lidar com a mídia, não era nem para eu esta te contando isso.

— Relaxa, não vou contar para nenhum dos meus amigos imaginários. — Falei com sarcasmo.

Ele riu e continuou.

— Ela parece ser o oposto da irmã, educada, tímida, gentil e até parece ser inteligente. Ela conseguiu bolsa nesse colégio e não é nada fácil de entrar.

— Qual colégio?

— Colégio Haneul de artes e música.

— Espera, o que?




  

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