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- Uau! Acho que não preciso de te dizer que estás linda... - diz, mostrando-me o seu maior sorriso que me faz corar.

- Tu também não estás nada mal - digo envergonhada e o sorriso estampado no seu rosto aumenta.

- Entra - desvia-se da porta fazendo espaço para que entre - Deixa-me tirar-te o casaco...

- Mas que atenciosos que estamos hoje. Que bicho te mordeu? - brinco enquanto me ajeito para que lhe seja fácil tirar-me o casaco que tinha vestido.

- O bichinho do amor - sorri, piscando-me o olho e eu tenho a certeza que corei no momento - Chegaste mesmo a tempo. Acabei agora mesmo de desligar o forno.

- Tu cozinhaste, André Miguel? - pergunto tanto surpreendida quanto entusiasmada.

- Não percebo a surpresa. Fica a saber que sou um ótimo cozinheiro - olho para ele com ar duvidoso - E fiquei duas horas a falar ao telefone com a minha mãe por isso tive uma pequena ajudinha - desmancho-me à gargalhada - Espero que esteja do teu agrado - diz enquanto me conduz à sala de jantar.

- O Afonso? - pergunto, percorrendo o meu olhar pela sala vazia.

- Expulsei-o de casa. Eu disse que esta noite te queria só para mim - diz com um sorriso maroto e rouba-me um beijo, surpreendendo-me - Bem, vou buscar o jantar.

[...]

- Isto está realmente muito bom André, estás de parabéns - confesso, depois de saborear a última garfada do prato que ele nos tinha preparado e ele agradece - Mas porquê tanto trabalho? É alguma altura especial do ano que eu desconheça?

- Não posso preparar um jantar romântico à minha namorada simplesmente porque quero? - as suas palavras ecoam na minha cabeça - Não me olhes assim, Mafalda - fala enquanto se levanta da cadeira e se ajoelha à minha frente, pegando nas minhas mãos - Sabes que é isso que quero que sejas para mim. Chega de fingir que não gostamos suficientemente um do outro para podermos ter algo mais do que uma amizade colorida. Eu gosto de ti e sei que, embora sejas uma caixinha de segredos, também gostas de mim e eu adorava poder apresentar-te ao mundo como minha namorada - conclui, procurando por alguma resposta da minha parte.

- Ao mundo? - franzo a cara, mas rio ao mesmo tempo.

- Podemos começar pela família - diz a rir - Então... Dás-me a honra de te poder chamar de minha namorada? - pergunta, olhando-me nos olhos com um sorriso nervoso na cara - Por favor...

- Não precisas de perguntar duas vezes. É claro que quero ser tua namorada - o seu sorriso nervoso é substituído por um sorriso completamente brilhante e as suas mãos vão ter à minha cintura, levantando-me da cadeira e segurando-me no ar - Sabes que me conquistaste assim que levei o primeiro garfo à boca - digo contra o seu pescoço e sinto-o a rir-se.

- Eu adoro-te, miúda - diz colocando-me de novo no chão, antes de me pregar um beijo na boca. Diferente daquele que me roubou no início do jantar. Um beijo longo. Escaldante e cheio de paixão. As minhas mãos vão parar ao seu pescoço, puxando-o ainda mais para mim, para que possa sentir o calor do seu corpo - Queres ir para o meu quarto? - pergunta entre beijos.

- E a sobremesa? - pergunto ainda ofegante.

- É disso que vamos tratar - rio-me com o que diz e ele faz o mesmo. Desta vez sou eu que inicio mais um beijo, puxando-o de novo para mim e as suas mãos vão ter às minhas pernas, enrolando-as no seu tronco. E é assim que vamos até ao seu quarto. Sem nunca separarmos os nossos lábios mais do que o tempo necessário para tomar um pouco de ar.

E posso dizer que a minha primeira noite com o André foi a melhor noite da minha vida e é dos momentos que mais me faz sentir saudade. Gostava de poder saber se ele sente o mesmo.

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Uau, eu não tenho mesmo jeitinho nenhuma para escrever coisas românticas. A minha cena é mesmo o drama ahahah.

Entretanto, FELIZ ANO NOVO PESSOAS! 🎇🎉

My Favourite Mistake | ASOnde histórias criam vida. Descubra agora