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(N/A: reparei que no capítulo anterior, quando a Vitória chegou ao Porto disse a Afonso que no dia seguinte, ou seja dia 17, iriam ver o André a jogar pela seleção. Infelizmente no dia 17 André estava em Milão e treinou no seu primeiro dia no clube italiano, o que significa que a Vitória continuará em Portugal e André em Itália.)

18:30, 17 de Julho, Sábado, Porto, Portugal.

Olho uma última vez ao espelho ajeitando a minha blusa que estava um pouco engenhada.
Os pais de André convidaram-me para um jantar entre a família Valente/Silva e como sou a atual namorada do André ela insistiu que eu participasse no jantar.

Faço umas festas a Marley antes de vestir o meu casaco para sair. Deixo um recado em cima do móvel da entrada para quando a minha mãe chegar do trabalho soltar um pouco Marley no jardim daqui de casa.

Pego na minha bolsa, coloco-a ao ombro e desço até ao andar de baixo onde se encontra o meu jipe.
Dou à chave e conduzo para fora da vivenda.
Ligo para Afonso e aguardo que o moreno me atenda o telemóvel.

- diga Vitória! - a sua voz grave soa pelo jipe.

- espero que estejas pronto Afonso. Apanho-te em casa dentro de 15 minutos. Vê se não te atrasas. - falo com uma voz autoritária e desligo a chamada.

Solto um pequeno riso maléfico e coloco o pé no acelerador. Não gosto de chegar atrasada e fazer esperar as pessoas é uma falta de educação.

Sinto o vibrar do meu telemóvel e vejo no ecrã Pai.
Atendo a chamada e rezo para que não seja nada de grave. O meu pai só me liga em caso extremo.

- Vitória? Estás aí? - a sua voz é baixa e aumento o volume para que seja mais audível.

- sim pai, diz. - suspiro e coço levemente a testa.

- precisava de ti para uma reunião que vou ter daqui a umas horas. - sua voz é autoritária.

- desculpa mas não vai dar... tenho um jantar importante em casa dos pais do André. Desculpa! - coloco o pé no acelerador e dentro de poucos minutos estaria em frente ao prédio onde Afonso mora.

- Vitória isto é importantíssimo para a empresa! Se queres ser a herdeira tens que começar a ser autónoma.

Solto um pequeno riso e um grande silêncio reinou no meu jipe.

- talvez eu não fosse feita para essas coisas pai... sabes perfeitamente que o teu braço direito sempre será o Paulo... confias nele de olhos fechados, por que raios a tua filha que se especializou em artes iria tratar de uma empresa? Pai eu não nasci para isso... posso perfeitamente ser herdeira e dar um salário ao Paulo por ele cuidar das encomendas e todas as coisas necessárias. - tento acalmar a tensão que há entre nós. - eu prometo que amanhã passo pelo pavilhão e metemos tudo em ordem.

- está bom Vitória. Conto contigo. Não me desiludas. - a sua voz é mais calma o que me fez acalmar involuntariamente. - beijinhos.

Desligo a chamada e estaciono à frente do enorme prédio.
Pego no telemóvel e dou um toque ao moreno.
Verifico as horas e vejo que ainda tenho algo tempo pela frente.

- olá! - Afonso abre a porta o que me faz sobressaltar. - isso cheira-me a distração. - ele sorri depositando dois beijos nas minhas bochechas.

Lost On You || André Silva (2° temporada de Vitória)Onde histórias criam vida. Descubra agora