Capítulo 2

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Cheguei em casa pensativa, minha avó sempre percebe tudo, dessa vez não foi diferente.

- Lua o que houve?

-Nada, só estou cansada.

- Você não esta bem, você é sempre agitada.

- É só sono vó, agora eu vou a biblioteca, ok?

- Você passa muito tempo lá, porque você não vai a casa da sua amiga?

- Não vó, eu quero ler.

-Ta bom, toma a chave.

Minha vó sempre me incentivou a ler, hoje foi a primeira vez que ela me sugeriu outra coisa, isso foi estranho.
Ela cuida de mim desde que meus pais morreram em um acidente de carro, eu tinha cinco anos, hoje faz onze anos que eles se foram, acho que minha avó não lembrou, ela nem me chamou para ir ao cemitério. E eu também havia me esquecido, logo resolvo levar flores para os meus pais.
Peguei o meu vestido preto de manga e uma sapatilha preta, deixei meu cabelo solto, meus fios cor de mel tinham o mesmo tom dos meus olhos, que casavam perfeitamebte com o batom vermelho.
Fui no jardim e roubei algumas flores, peguei meu casaco já que estava frio,o cemitério não é longe da para ir apé.
Quando ja estava no caminho acabei encontrando o garoto.

- Ei! Como está seu braço?

- Bem, eu acho. Você está indo a algum enterro?

- Não. Porque?

- Ué, você está toda de preto.

- É porque eu vou ao cemitério levar flores para os meus pais.

- Sinto muito, Quando aconteceu?

- Quando eu tinha cinco anos.

- Entendo... meus pais se foram quando eu ainda era um bebê, pelo menos você pôde conhecer seus pais.

- Nossa, eu sinto muito, como eles se foram?

- Bom... Eu só sei o que minha tia me contou, acidente de carro.

Parei atônita.

- O-os meus também.

- Nossa! Jura? E... Eles estão enterrados aqui perto?

- Sim, porque?

- Nada, minha tia nunca me disse ao certo mais como esse é o único cemitério do bairro eu vou lá as vezes. Posso ir com você?

- Claro, Como você se chama?

- Luan, e você?

(Como assim? Os pais dele morreram do mesmo jeito que os meus pais, e o nome dele é bem parecido com o meu.)

- Eu também.

- Ham? Você se chama Luan?

- Ha! não, me chamo Luana.

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