Sexta feira é dia de festa para alguns, para mim é um dia normal. Acordar cedo e ir pra escola, como todos os dias úteis da semana.
- Chega aí, Sisi. - Joana me chamou. O grupo estava reunido no meio da sala, a professora ainda não havia chegado.
- É o seguinte. - Jujuba começou a falar. - Hoje nós combinamos de ir no aniversario de 18 anos do meu primo. Dessa vez você vai.
- Vocês sabem que eu odeio festas. - Revirei os olhos.
- Mulher, você está precisando agarrar uns boy, beijar na boca. - Jujuba começou a falar o que eu odeio ouvir.
- O que eu preciso é estudar. - Fui pro meu lugar.
Eles continuaram de picuinha. Eu não gosto de ser a "certinha" do grupo, sem querer eu acabo me excluindo. Nunca saio com eles, meus pais até falam que eu devia me divertir mais, que vou acabar ficando doida de tanto estudar. O problema é que eu sou medrosa, morro de medo de me acontecer alguma coisa.
Lá pelas sete horas da noite, mamãe entrou no meu quarto com o celular na mão.
- Jujuba perguntou se você quer ir no aniversário do primo dela. - Falou vindo até mim.
- Não. - Falei sem tirar os olhos do computador.
- Vai, filha, sai de casa um pouquinho. Até eu fico incomodada de ver você estudando o tempo todo. - Desligou meu computador.
- Mãe! - Protestei.
- Ela vai. - Falou no celular. - Daqui a 30 minutos eu levo ela aí.
Eu bufei, não estava com a mínima vontade de ir. Mamãe desligou a ligação e foi para meu guarda roupas.
- Vai tomar banho que eu vou te arrumar. - Ordenou.
- Eu sei me arrumar. - Revirei os olhos.
Fui para o banheiro e tomei banho, fiz um coque no cabelo e saí de roupão.
Mamãe me deu um short jeans branco e uma blusa preta, eu nem sabia que tinha essa roupa, ainda estavam com etiqueta, sinal que mamãe comprou e não me avisou. Depois que vesti a roupa, mamãe me pôs sentada na cama e desfez o meu coque, passou creme e modelou os cachos deixando-os soltos. Passou máscara de cílios, lápis de olho e finalizou passando batom rosa nos meus lábios. Me olhei no espelho e me senti uma boneca.
- Está linda! - Mamãe falou me olhando dos pés a cabeça.
- Pareço uma patricinha. - Bufei.
Calcei um tênis e peguei meu celular. Mamãe me levou até a casa de Juliana.
- Qualquer coisa me liga. - Falou assim que desci do carro.
Juliana e o resto do grupo me esperava na frente do condomínio.
- Ísis, é você mesmo? - Cadu me analisou de perto.
- Não exagera, Cadu. - Falei empurrando ele.
- Não é exagero, Sisi. - Joana sorriu. - Você está deslumbrante, nem parece aquela nerd chata.

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Glock: Perigo A Vista
RomanceO mundo é repleto de amores impossíveis, porém, só alguns sobrevivem. Ísis é fruto de um amor impossível que se tornou possível graças ao destino. Sua beleza chama atenção por onde passa, puxou os olhos azuis da mãe e os dourados cabelos rebeldes do...