Acordei tarde, o que é raro, talvez por causa da ansiedade, estava ansiosa para a festa. Tomei um banho gelado e lavei os cabelos, hidratei meu corpo e vesti um vestido soltinho. Quando fui até a cozinha, Dora, a governanta, já servia o almoço.
- Boa tarde, Ísis. - Mamãe me encarou séria e depois sorriu. - Isso são horas, menina?
- A cama estava tão boa. - Beijei seu rosto e abracei Dora. - Bom dia, Dorinha.
Ela me serviu uma salada de frutas.
- Ansiosa pra festa? - Mamãe questionou.
- Muito. - Sorri.
- Tira fotos, hein. - Pediu, já que não sou nem um pouco fotogênica. - Quero ver tudo.
- Ok. - Dei ombros.
Ao acabar de comer, pedi mamãe pra me deixar no salão.
- Quando terminar, pede Sidney pra vir te buscar. - Avisou e me deu um beijo antes de seguir pro trabalho.
Pintei as unhas da mão de renda, fiz hidratação no cabelo e depilação. Saindo de lá, o Sidney, nosso motorista, me levou pra casa.
Comecei a me arrumar às 18:00 horas, vesti a fantasia, arrumei o cabelo e me perfumei. Fui pra casa de Jujuba, Joana se encontrava sentada na cama enquanto Jujuba se maquiava.
- Você vai assim, de cara limpa? - Joana segurou meu rosto e o analisou.
- Quê? - Jujuba se virou e veio até mim. - Nunca que você vai assim, quando eu terminar aqui eu vou te maquiar. - Voltou para a penteadeira.
- Chatas. - Resmunguei.
Jujuba me colocou sentada de frente pro espelho de camarim dela, a quantidade de maquiagem que havia naquela penteadeira é absurda. Ela passou base, corretivo e pó. Fez delineado gatinho, encheu meus cílios de rímel e passou um batom nude em meus lábios. Finalizou a maquiagem com um pó bronzeador. Fiquei me sentindo mascarada mas, confesso, me senti bonita maquiada.
- Arrasou, mana. - Joana bateu palmas.
O pai de Jujuba nos deixou no clube, a festa estava a todo vapor. As fantasias estavam sensacionais, tinha até Sílvio Santos. Jujuba e Joana já foram logo pegando copinhos de vodka e virando com tudo. Me deram um copo, eu peguei mas fiquei relutante.
- Vira vira vira. - As duas cantaram juntas fazendo pressão para eu virar logo.
Virei o copinho e fiz careta, a bebida desceu rasgando minha garganta. Pouco tempo depois já estávamos na pista dançando funk.
- Essa novinha é terrorista. - Joana cantava apontando para Jujuba.
Um menino chegou na Joana, em poucos segundos os dois estavam aos beijos. Jujuba rebolava em um menino fantasiado de vampiro. Me afastei um pouco delas porque não estava afim de segurar vela dupla. Me juntei a umas meninas da minha sala e fiquei dançando com elas.
- Vou te ensinar. - Sara me puxou me fazendo colocar a mão no joelho e rebolar a bunda.
- Vai com bumbum tam tam. - Cantei tentando rebolar no ritmo da música.

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Glock: Perigo A Vista
RomanceO mundo é repleto de amores impossíveis, porém, só alguns sobrevivem. Ísis é fruto de um amor impossível que se tornou possível graças ao destino. Sua beleza chama atenção por onde passa, puxou os olhos azuis da mãe e os dourados cabelos rebeldes do...